tag:blogger.com,1999:blog-91576587269845806152024-03-12T18:38:35.440-07:00ContrapontoMariano Andradehttp://www.blogger.com/profile/11834326288965556253noreply@blogger.comBlogger138125tag:blogger.com,1999:blog-9157658726984580615.post-28575677722465773692024-02-24T14:08:00.000-08:002024-02-27T12:06:44.150-08:00Cempre serto<p> (Por: Mariano Andrade)</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><i>"So you think your schooling is phoney, I guess it's hard not to agree (...)
Right, you’re bloody well right.” (Supertramp)<o:p></o:p></i></p>
<p class="MsoNormal"><i>"Alô, Ambev, dobra a produção aí que a gente bebe.” (Zé Neto & Cristiano)<o:p></o:p></i></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial",sans-serif" style="background: white; color: #202124; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal">O filme “Show de Truman” de 1988 mostra um <i>big brother</i>
tamanho família. Na trama, Truman Burbank passou sua vida numa cidade
cenográfica sem saber que aquelas pessoas com quem convivia eram atores. Sem realizar
que era um astro da TV e protagonista de um <i>reality show</i> bizarro, Truman
não tinha motivo para desconfiar da simpatia das pessoas e do fato de tudo
funcionar na sua “vida”.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Christof, o diretor do programa, observava cada passo de
Truman através de imensos telões, orientando os atores para que criassem momentos
memoráveis ou para que evitassem situações constrangedoras. Quando algum assunto
podia arriscar a integridade da farsa, rapidamente os atores mudavam de assunto.
Christof conduzia o elenco para criar e alimentar uma fobia de aviões e barcos
em Truman, de modo que ele não desejasse sair de sua “cidade”, ali era o mundo
perfeito. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Lula é como Truman. Vive num mundo fictício onde tudo é
perfeito e todos concordam com ele – Gleisi, Mercadante e afins. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Lula também tem seu Christof – nos seus dois primeiros
mandatos, atendia pelo nome de José. Christof comanda o show, mas Lula pensa
que é o dono do poder e que as pessoas realmente gostam dele e admiram suas
ideias e falas. Neste lastimável terceiro mandato, não está muito claro ainda
quem é o Christof, mas há vários suspeitos óbvios.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Ao contrário do filme, nosso Truman não tem medo de avião –
pelo contrário, adora viajar e se hospedar em hotéis com diárias de R$ 100 mil
mundo afora, uma gastança obscena. Mas, com absoluta maestria, o(s) Christof(s) da vez fazem tudo “dar certo”
para Lula, abafam qualquer crítica e assim incutem nele uma vaidade ainda mais grandiosa. No lugar de fobias, nosso Truman tem uma petulância infinita , agora misturada com toques de senilidade e, claro, do eventual goró. O
elenco é instruído a preservar esse faz-de-conta sem freios. O astro falou, tem
que aplaudir, se orgulhar, postar, repostar, tuitar e retuitar.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Lula está sempre certo, e isso não é de agora – só piorou. Se
ele quer expulsar um <a href="https://c-ponto.blogspot.com/2019/06/o-rohter-e-o-esfarrapado.html">jornalista americano</a>, isso é correto e – de forma alguma –
antidemocrático. Se Lula diz que no STF faltam mulheres “de grelo duro”, isso
não é ofensivo ou misógino e as mulheres do STF se calam e consentem. O <i>cast</i>
é comandado pelo diretor e o <i>script</i> é monotônico.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O ignorante Lula jamais procurou se aperfeiçoar em qualquer
coisa (aliás, isso vale para 99% dos políticos). Nunca se preocupou em aprender outro idioma (nem mesmo o português
correto) ou estudar algum assunto, apesar de pouco ter trabalhado nos últimos 40
anos. Ele já sabe tudo, nessa produção kafkiana é onisciente. Então, quando ele
diz que os livros de economia estão ultrapassados, sem sequer ter lido qualquer
livro de economia na vida, o elenco tem que fazer a situação funcionar.
Questioná-lo ou constrangê-lo? Jamais. Se Lula argumentasse que a grafia do título
deste artigo está correta, Gleisi, Genoíno, Janones e outros tantos correriam
para aplaudí-lo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Lula é tão especial que consegue plantar uma oliveira que
dará uvas. Nem Jesus Cristo conseguiu essa façanha.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">No filme, há situação ridículas. Pessoas comuns tentam
invadir o estúdio para alertar Truman de que sua vida é fake. Há uma cena em
que um paraquedista consegue pousar na cidade cenográfica e é sumariamente
recolhido pela “polícia”. Igual ao Lulashow: se alguém discorda do astro
principal, rapidamente o consórcio entra em ação para lamber as botas de nosso "estadista" e ejetar o insolente que o contestou.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Essa prática, tal qual no filme, gera situações ridículas.
Outras gravíssimas.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Na campanha eleitoral de 2022, Lula criticou o programa Casa
Verde e Amarela do governo Bolsonaro por não deixar o povo escolher a cor das
suas casas – “Por que só pode pintar de verde e amarelo?”, indagou. Afirmou
ainda que era um absurdo os apartamentos não contarem com uma varanda para que
os moradores pudessem soltar um pum com tranquilidade. Foi aplaudido.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Ainda em 2022, Lula disse que o Brasil poderia ajudar a evitar
o conflito na <a href="https://c-ponto.blogspot.com/2022/04/nessa-mesa-de-bar.html">Ucrânia</a>. Nosso luminar indicou que as diferenças entre Putin e
Zelensky deveriam ser resolvidas numa mesa de bar regada a cerveja “até que
terminassem as garrafas”. E tome palmas do público. Dado que Lula já tem a
caneta há mais de um ano e adora um holofote, poder-se-ia perguntar por que ele
não botou sua “ideia” em prática? Será que acabaram as cervejas? Alô, Ambev,
dobra a produção aí... Pouca gente denunciou o absurdo da fala de Lula, um
desrespeito àqueles que morreram na guerra e suas famílias, e uma simplificação infantil e cretina sobre uma questão complexa e relevante.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A coisa fica pior. Bem pior.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Lula afirmou em cadeia nacional que considerava um absurdo
colocar amigos na suprema corte. Indicou dois: seu advogado pessoal e seu aliado
político, este último afastado da prática advocatícia há quase 20 anos. Se Dino
tem notório saber jurídico num país onde as leis mudam amiúde, toda a
comunidade de advogados é, por lógica, incompetente. Pouca gente reclamou, e a claque de
Lula o saudou. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Como mandatário, Lula recebeu o ditador <a href="https://c-ponto.blogspot.com/2023/05/varnezuela.html">Nicolás Maduro</a>
com pompa e circunstância. Não bastasse acolher um tirano sanguinário, Lula
relativizou o drama venezuelano (pobreza, desnutrição e êxodo populacional
recordes) dizendo que é apenas uma “narrativa”. O elenco lulista, é claro, adorou
o “discurso” e aproveitou para sair na foto com Maduro. A imprensa franziu a
testa para o “deslize” de Truman, mas depois esqueceu o assunto quando novas
verbas de publicidade bateram no caixa.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">E, então, eis que somos atropelados pelo ápice da ignorância,
burrice e prepotência.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Mais recentemente, nosso astro-mor afirmou que as ações
militares de Israel em Gaza, em resposta ao ataque hediondo do Hamas ocorrido
em outubro de 2023, são um “genocídio” e que o único paralelo na História é o holocausto
nazista. Não bastasse o descalabro da declaração, Lula proferiu tal barbaridade
enquanto rodeado de ditadores assassinos. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A ignorância de Lula sobre História ou qualquer outro
assunto não é salvo-conduto. Lula trouxe vergonha aos brasileiros de bem e desencadeou
uma crise diplomática com Israel, país democrático cuja amizade com o Brasil é
histórica e desejável. Mas seu séquito idiótico fez eco. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A comparação de Lula é considerada absurda por pessoas
qualificadas como Rubens Ricupero e vários diplomatas. Políticos como Rodrigo Pacheco
e Jacques Wagner já a repreenderam publicamente. O elenco mais próximo ficou
dividido, muitos se calaram covardemente, mas fica claro que Lula há muito não
é mais “o cara”. Claro que sua trupe mais próxima e mais idiota (pleonasmo)
segue tuitando e repetindo suas asneiras, grosserias e ignorâncias, mas esses
são robôs também pilotados por Christof.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Alguns tentaram consertar dizendo que Lula se referiu ao
governo de “extrema-direita” de Israel e não aos judeus. Isso obviamente não
cola – Lula e Celso Amador (oops, Amorim) já defendem o Hamas há décadas, fosse
o governo de Israel de qualquer orientação ideológica. Nunca tentaram esconder
o antagonismo a Israel. José Genoíno, esse sim, fez como os nazistas e
publicamente pediu boicote aos estabelecimentos de judeus. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Uma pergunta baixando ao nível petista: Lula, não tem
cerveja em Gaza ou o Zelensky já bebeu todas? Vai lá e resolve, você é um pacifista!<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Lula não pede desculpas. Nunca o fez. Sobre o petrolão, teve
diversas oportunidades para fazer um <i>mea culpa</i> perante a sociedade
brasileira, mas é incapaz de admitir um erro. Vive num mundo de fantasia onde a operação lava-jato
foi um "complô" dos EUA porque “nunca aceitaram o Brasil ter uma empresa como a
Petrobrás”, segundo delírio recente. Neste <i>show</i> que nada tem de <i>reality</i>,
o dinheiro que foi devolvido pelos corruptos é apenas um esmero da produção.
Para Da Silva, também escapa o fato de que a Aramco, por exemplo, tem um valor
de mercado de cerca de 20x o da Petrobrás (a preços de hoje), de modo que os
EUA deveriam ter outros alvos prioritários em eventuais complôs. Truman tem que
ser o centro do mundo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Lula não se desculpou por Dilma, a responsável pela maior
recessão da história republicana brasileira. Ao contrário – a premiou com um
cargo no Banco dos BRICs. Assim como tentou (e seguirá tentando) emplacar Guido
Mantega em alguma posição de destaque, onde possa destruir muita riqueza.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Sobre a recente comparação ao holocausto, vários membros do <i>cast</i>
já sugeriram a Lula uma retratação. Mas Lula está sempre <i>bloody well right</i>
e, na verdade, resolveu repetir a fala grotesca e bárbara em outros eventos
subsequentes, dobrando e triplicando a aposta. Sua militância faz coro: convocou um evento na Avenida Paulista contra
Israel – no panfleto diz “Lula tem razão”, ora, que dúvida!! O Brasil voltou... voltou à latrina da diplomacia. <o:p></o:p></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhewH0vVZu20eZmaW7QPTERVCw0ZuAy2j6Xdt7N-Je7kQ-HOwWTYdY0LkxlrRRVbSMSV__WaWo0NjXmLrAdSoqcywQiyirbzn5ur6FVQKGFSOMBlyCkkJ_CcDIA8q9LBlvBbvBAIjTFLa89CgUfnLcqvPErKMzYJDd5tu5B1Mu1KzvkCv3lsFHbQJUcB8j0" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="582" data-original-width="886" height="263" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhewH0vVZu20eZmaW7QPTERVCw0ZuAy2j6Xdt7N-Je7kQ-HOwWTYdY0LkxlrRRVbSMSV__WaWo0NjXmLrAdSoqcywQiyirbzn5ur6FVQKGFSOMBlyCkkJ_CcDIA8q9LBlvBbvBAIjTFLa89CgUfnLcqvPErKMzYJDd5tu5B1Mu1KzvkCv3lsFHbQJUcB8j0=w400-h263" width="400" /></a></div><br />
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Alguns ponderam que a fala de Lula não foi improvisada, e
sim faz parte de um plano para afastar o Brasil do ocidente e nos aproximar do
eixo do mal (Rússia-China-Irã). Pode até ser, mas isso seria um movimento de Christof,
não de Truman. O mais provável é que Lula (oops, Truman) seja somente um idiota
latino-americano mesmo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Israel tem condições de expor Truman. Certamente seu serviço
secreto tem informações comprometedoras sobre os malfeitos do “pai dos pobres”
e seus técnicos de informática seriam capazes de penetrar as <a href="https://c-ponto.blogspot.com/2022/06/tempo-de-matutar.html">urnas invioláveis</a>
em poucos minutos. Os <i>hackers</i> americanos já o fizeram em modelos antigos,
também “invioláveis” à época. Pasmem, está inclusive no G1 – o estagiário deve
ter esquecido de apagar a matéria. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://g1.globo.com/globonews/estudio-i/video/conferencia-de-hackers-nos-eua-reprova-urnas-video-exibido-em-7-de-agosto-de-2017-6061807.ghtml">https://g1.globo.com/globonews/estudio-i/video/conferencia-de-hackers-nos-eua-reprova-urnas-video-exibido-em-7-de-agosto-de-2017-6061807.ghtml</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Mãos à obra, senhor Katz!<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">(P.S. Lula, ao contrário de Truman, não deveria procurar
sair da bolha do <i>reality show</i>. No mundo real fora da bolha e sem o
consórcio, não se consegue encontrar o tal <a href="https://c-ponto.blogspot.com/2023/03/faz-o-v.html">amor</a> que venceu. Basta ver a multidão
que o amor arrastou no último 7 de setembro.)<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">(P.S. 2 – Fux e Barroso não têm nada a dizer? Silencioso Tribunal Federal.)</p>
<p class="MsoNormal">(P.S. 3 – O mais incrível é constatar que há isentões e
judeus que se chocaram com a fala de Lula. Pior, há JUDEUS que afirmam que
votariam em Lula de novo pois era preciso evitar Bolsonaro, este sim um
ditador, tirano e destruidor de instituições. Assim como Lula, são incapazes de admitir um erro, estão "cempre
sertos". Para eles, fica a imagem abaixo, melhor do que gastar saliva ou teclado.)</p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgA-NsG_31y0j0iixM14jEr9rPePWkDDPubAKz7j1rlpuKsFauHcSbD6RtEqErc61wMw_xviwPdqw_ZHhJMNeVl_5LVD0cRVLvm7o2clYRf1s9j831Nlw8euVX9TgeqdiaTzl9v0gQVWdg2P5gauqMbkfobO5j4LGLuNGQkNEBEXg8F4ki4AyVVz4EE5wSq" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="464" data-original-width="634" height="293" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgA-NsG_31y0j0iixM14jEr9rPePWkDDPubAKz7j1rlpuKsFauHcSbD6RtEqErc61wMw_xviwPdqw_ZHhJMNeVl_5LVD0cRVLvm7o2clYRf1s9j831Nlw8euVX9TgeqdiaTzl9v0gQVWdg2P5gauqMbkfobO5j4LGLuNGQkNEBEXg8F4ki4AyVVz4EE5wSq=w400-h293" width="400" /></a></div><br /><br />Mariano Andradehttp://www.blogger.com/profile/11834326288965556253noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-9157658726984580615.post-48827846603635020752024-02-14T06:05:00.000-08:002024-02-14T12:25:12.113-08:00Woke'n Roll<p>(Por: Mariano Andrade)</p><p><br /></p><p class="MsoNormal">A mentalidade woke vem poluindo diversas agendas importantes
com enormes custos econômicos e sociais. A necessidade de categorizar pessoas, organizações
e governos como “opressores” ou “oprimidos” leva a um debate em nível baixíssimo,
com argumentação digna de 4º ano do ensino fundamental.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Tudo que se opõe a esse tipo de maniqueísmo, mesmo sem tomar
partido e apenas criticando a ditadura das minorias, vira “extrema direita”. E,
dessa forma, o mundo emburrece a passos largos. O cartoon abaixo resume bem o
tema. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><br /></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmcrMWkGzyaB9-0fwlAYQ5On6V7RRsptv6D-5NGASM2xDR0VJfdougdNb0SU_M-ywfSTzyXkn5C6bEZTwHSaIa_z_9vE0NPnwGufIiW0F1YO4KVm16nsR9LhiFsegNGDJQIRprzgZ1FqlYSANRcszPaGvnimAjCqKxRxeVyPvE0B9fXCiY_jqu_LSfOj-K/s1088/IMG-20240206-WA0002.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="645" data-original-width="1088" height="238" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmcrMWkGzyaB9-0fwlAYQ5On6V7RRsptv6D-5NGASM2xDR0VJfdougdNb0SU_M-ywfSTzyXkn5C6bEZTwHSaIa_z_9vE0NPnwGufIiW0F1YO4KVm16nsR9LhiFsegNGDJQIRprzgZ1FqlYSANRcszPaGvnimAjCqKxRxeVyPvE0B9fXCiY_jqu_LSfOj-K/w400-h238/IMG-20240206-WA0002.jpg" width="400" /></a></div>
<p class="MsoNormal">Na música, não é diferente. Nos dias de hoje, opinião
política e orientação sexual podem facilmente substituir o <a href="https://c-ponto.blogspot.com/2017/10/nao-perturbe.html">talento</a>. Resultado:
bizarrices sem qualquer valor artístico sendo lançadas ao estrelato. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">E os clássicos do rock sob a lente woke? O que dizer deles?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**</p>
<p class="MsoNormal">O rock’n roll é insensível e não enxerga a função social do
crime. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O narrador de <i>Bohemian Rhapsody</i> vai para a cadeia depois de
ter matado um homem. Apesar de ser <i>“just a poor boy from a poor family”</i>,
ele não é “poupado da monstruosidade” da prisão. Em <i>18 And Life</i>, Ricky era um
garoto pobre que dizia que <i>“accidents will happen”</i> – por conta de um
acidente, ele matou um jovem e – aos 18 anos – pega prisão perpétua. Hoje em
dia, o “18” seria apenas a quantidade de minutos da audiência de custódia, com
direito a café e regulagem da temperatura do ar-condicionado até Ricky ser solto.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O Rush é mais explícito e pede para guardar os maus
elementos atrás das grades – <i>“I don’t wanna face the killer instinct (...)
so we keep it under lock and key”</i>. Como o Canadá mudou para pior desde então...<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Muitos dos clássicos do rock são racistas e não hesitam em usar
termos absurdos, do calão de "caixa preta" ou "buraco negro".<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Em Fade To Black, o Metallica retrata alguém que perdeu o
apreço pela sua vida. Por que <i>“black”</i>? Já o Deep Purple em Black Night
afirma que <i>“Black night is not right, I don’t feel so bright”.</i> <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><i>Back In Black</i> é uma referência ao luto pela morte de Bon
Scott. Por que o luto tem que ser preto?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Nem Rita Lee escaparia, apesar de suas críticas a Bolsonaro – Ovelha
Negra? Por que a pessoa que não se “encaixa” é ovelha negra e não ovelha cinza,
verde ou azul? <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">O que dizer de Black Dog? Racismo gratuito, pois a letra da canção nem repete essas palavras. E Fear Of The Dark? Por que o Iron Maiden tem medo do escuro?</p>
<p class="MsoNormal">Fica uma pergunta difícil: Qual banda de homens brancos tem
o nome racista, Black Sabbath ou Whitesnake? Deu nó... os wokes vão ficar <i>"dazed and confused"</i>.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Há ainda os stalkers.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><i>"Every move you make, every step you take, I’ll be watching
you”</i>. Mega stalker, Sir Sting, que vergonha. E, na mesma música, ainda
ouvimos <i>“oh can’t you see, you belong to me”.</i> Possessivo e opressor. Só chamando a polícia mesmo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Em Jesse’s Girl, o narrador fica à espreita observando os
namorados. <i>“And she’s watching him with those eyes, and she’s lovin’ him
with that body”</i>. Voyeurismo ofensivo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Vários temas do rock’n roll usam termos sabidamente opressores.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A clássica Smoke On The Water fala sobre <i>“some stupid
with a flare gun burned the place to the ground”</i>. Por que é necessário
chamar o cidadão de estúpido? Meu Deus, ele apenas ateou fogo a um prédio com
um sinalizador. Quanta intolerância.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O mesmo Ian Gillan, desta vez em Trashed do Black Sabbath, detona
<i>“I was laughing, the bitch was trashed”</i>. Termos depreciativo e misógino.
Hoje em dia, usá-lo é mais perigoso do que um acidente de carro em alta velocidade como aquele retratado na canção.</p>
<p class="MsoNormal">Crest Of a Wave do saudoso Rory Gallagher manda <i>“or do
you feel like you’re standing on a wooden leg, or a poor man much too proud to
beg”</i>. Esculacha os deficientes e as pessoas pobres em apenas dois
versos. Absurdo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Por falar em pobreza, o rock’n roll clássico promove uma
meritocracia opressora e detestável.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Em We Are The Champions encontramos mais uma vez o
Queen ofendendo os wokes mundo afora: <i>“no time for losers, 'cause we are the
champions”</i>. Que falta de compaixão.</p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Algumas canções seriam homofóbicas?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Simple Man do Lynyrd Skynyrd é sobre uma mãe dando conselhos
a seu único filho – <i>“then find a woman and you’ll find love”</i>. Por que
precisa ser uma mulher? Não pode ser uma pessoa com vagina? Ou uma pessoa com pênis?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Outras músicas certamente são racistas.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Money For Nothing nem disfarça: o percursionista do clip na MTV está <i>“bangin'
on the bongos like a chimpanzee”</i>. Bem em linha com nosso Lula,
segundo o qual todo afrodescendente gosta de um batuque.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">E o etarismo?</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O Queen, mais uma vez,
descasca em We Will Rock You: <i>“buddy you’re an old man (...) somebody better
put you back into your place”</i>. </p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Mas, no fim das contas, o Queen – que tanto oprimiu em
diversas canções – conseguiu resumir bem as aspirações do mundo woke (leia-se: só direitos,
nenhum dever):<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">I want it all<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">I want it all<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">I want it all<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">And I want it now.<o:p></o:p></p>Mariano Andradehttp://www.blogger.com/profile/11834326288965556253noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157658726984580615.post-37931565359692543552024-01-09T18:13:00.000-08:002024-01-10T04:32:07.288-08:00A forca do hábito<p> </p><p>(Por: Mariano Andrade)</p><p><br /></p><p></p><p class="MsoNormal"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">“Life doesn’t imitate
art, it imitates bad television” (Woody Allen)</i> </p><p class="MsoNormal"><br /></p>
<p class="MsoNormal">O filme “Bananas” (1971) de Woody Allen se passa em San
Marcos, uma república latino-americana fictícia. Há um golpe de estado pelos
militares e Fielding Mellish, o protagonista do filme, sai dos EUA para visitar
San Marcos, no intuito de impressionar uma ativista política por quem se
interessava.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Uma trama cheia de passagens do gênero pastelão-improvável
leva Fielding a se tornar um revolucionário. Nessa trajetória, há cenas
extremamente toscas: no seu treinamento, Fielding tira o pino de uma granada e
atira o pino para longe, ao invés do explosivo. Num encontro oficial na sede do governo golpista, um
garçom aparece para cobrar o consumo dos convidados. Em outra ocasião, Fielding volta aos EUA para negociar com as autoridades americanas usando uma barba postiça absolutamente ridícula, e por aí vai.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A suposta tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023 completou
um ano. O filme “Bananas” já é cinquentenário, mas a realidade finalmente superou
a ficção. A insistência das autoridades e grande mídia em qualificar aqueles
atos como golpe, bem como uma cerimônia oficial celebrando um ano da “vitória
da democracia”, conseguem ser mais bisonhos do que o filme.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Houve vandalismo e baderna? Sim. Havia pessoas ali que, se
tivessem a oportunidade, agrediriam autoridades federais com risco de sérios ferimentos e até morte? Provavelmente sim.
Foi uma tentativa de golpe? Não. Foi uma tentativa de golpe acima de qualquer
suspeita que justificasse prisões em massa? Certamente não.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Uma tentativa de golpe precisa de um mínimo de organização –
armas, suporte do exército, plano de tomada dos meios de comunicação e,
fundamentalmente, uma lista de pessoas a serem capturadas e mantidas sob
custódia. Uma tentativa de golpe num domingo, com os prédios públicos vazios é
realmente um mau começo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Se realmente era um exército golpista, daria inveja a
Brancaleone: vários soldados acima do peso, com o popular “cofrinho” aparecendo,
parando a missão para postar <i>selfies</i> e quebrar vasos. Totalmente
desorganizados, sem máscaras para esconder o rosto, sem armas de fogo, sem
comando – mais parecidos com entrada de torcida em estádio de futebol do que
qualquer outra coisa. E, mesmo que fosse um golpe e que conseguissem tomar os
prédios públicos desertos num domingo – e daí? Nem em Andorra seria suficiente,
que dirá num país do tamanho do Brasil.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Se um assaltante rouba o celular de uma pessoa e acessa sua
conta no Itaú, isso não é um ataque <i>hacker</i> conspiratório ao banco Itaú. Ninguém
sustentaria algo tão ridículo. Mas é mais ou menos essa a desproporção da
narrativa de “golpe” de 8 de janeiro de 2023.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Sim, a narrativa de golpe é bastante conveniente. Ela ajuda
a manter o ambiente polarizado e cria espaço para a proposição de medidas que
limitam liberdades individuais. Qualificar como conspiração os atos de vandalismo virou força do hábito. Assim como tachar toda e qualquer medida restritiva de
fascismo, criando algumas situações tão esdrúxulas que os livros de História se
contorcem. Um exemplo? Diminuir o tamanho do estado = fascismo... hein?. E nessa
mesma comédia distópica, "a vitória da democracia sobre o golpe" fomenta
cassação de liberdades individuais, prisões políticas e inquéritos
intermináveis sobre "crimes" não-tipificados. Enganou-se Woody Allen: nem uma
produção “B” de televisão seria capaz de capturar tanta aberração. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O ministro Alexandre de Moraes veio a público afirmar, num
depoimento quase psicodélico, que havia um plano para enforcá-lo, sendo que –
no dia da deflagração do suposto golpe – ele estava em Paris. Ou os vândalos tinham uma unidade
avançada na França, ou erraram a data da invasão a Brasília ou então fica difícil
de acreditar. Qualquer blogueiro ou jornalista (espécie em extinção) que
suscitasse uma hipótese tão improvável sobre qualquer tema político seria
instado pelo próprio ministro a apresentar provas em 48 horas. O ministro falou
sobre o suposto plano, sobre a participação de forças especiais e não
apresentou qualquer comprovação disso.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O próprio <i style="mso-bidi-font-style: normal;">timing</i>
dos golpistas e do exército traidor seria a maior expressão de incompetência da
história universal dos golpes. Lula foi declarado vencedor das eleições em 30
de outubro de 2022 e tomou posse em 1º de janeiro de 2023. Por que os golpistas
e Bolsonaro (o pai de todos os males e, portanto, “mentor” do golpe) esperariam
DOIS MESES para tomar de assalto o país? Por que esperariam que o novo
presidente assumisse o controle das Forças Armadas para OITO DIAS depois
fazerem a investida? Nem Woody Allen imaginaria tamanha tosquice.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A hipótese sustentada é tão infantil quanto o popular jogo
da forca. Mas já virou hábito.<o:p></o:p></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhQCbAfBi5SNcTaC6EHgRZ52HPrK7erD4dJpZ_Nm0ru9ILa0uiJDcU0gqUp2mE8JFrWaMWZP0E9n2aqm7YbOxpz9Ge8k3HOOFC-JxAY7arO282bsDYJOFmGWeU9pxZFiWY7oFsvOMLWZrEkZyFOfuLIv7js4o4bie8-Cq4qIITGNbZmUnit49apC7YU2mvn" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="93" data-original-width="93" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhQCbAfBi5SNcTaC6EHgRZ52HPrK7erD4dJpZ_Nm0ru9ILa0uiJDcU0gqUp2mE8JFrWaMWZP0E9n2aqm7YbOxpz9Ge8k3HOOFC-JxAY7arO282bsDYJOFmGWeU9pxZFiWY7oFsvOMLWZrEkZyFOfuLIv7js4o4bie8-Cq4qIITGNbZmUnit49apC7YU2mvn" width="240" /></a></div>
<p class="MsoNormal">** <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Lula, por sua vez, não deixou por menos. Disse que “não se
pode perdoar aqueles que atentam conta a democracia”. Certíssimo. Faltou explicar
o porquê de sua amizade com o falecido Hugo Chávez, sua admiração por Fidel
Castro (mais de 50 anos no poder, zero votos obtidos), sua proximidade de
Daniel Ortega e a vexaminosa recepção oficial ao ditador Nicolás Maduro há
menos de um ano. Esses seriam democratas? <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Ah, esperem... Segundo Lula “democracia é um conceito
relativo”, foi o argumento que ele usou para maquiar seus amigos como caras “do
bem”. Mas, se o conceito é relativo, então também não se pode atentar contra a
democracia: classificar um ato como “antidemocrático” torna-se, segundo a
cartilha lulista, relativo e discutível. Não havendo crime definitivo, não há o
que se perdoar e o discurso de Lula cai por terra. Em última análise: por que
mesmo o ato de um ano do golpe se é tudo relativo? <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">(Parênteses – Se democracia é um conceito relativo, a
patética “carta pela democracia” pleiteava qual matiz de democracia?)<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Para Lula, não há perdão para algo que ele mesmo define como
relativo, mas ele e sua trupe defendem a saidinha de Natal para assassinos com
múltiplas condenações no currículo – uma espécie de perdão para criminosos
menos perigosos, afinal não são golpistas. A saidinha acaba sendo de Natal,
Carnaval, Páscoa e São João, porque esses coitadinhos simplesmente não retornam
ao cárcere e voltam a matar cidadãos inocentes, pais de família e até
policiais. Já para os presos políticos não há indulto, não há individualização das
ações e, ultimamente, não há aplicação de justiça.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O ministro Alexandre de Moraes ainda declarou que quem
comemorasse o 8 de janeiro estaria cometendo um crime, pois não se comemoram
golpes. Pelo que consta oficialmente, temos no Brasil dois feriados nacionais
que celebram golpes – Tiradentes (21 de abril) e Proclamação da República (15
de novembro). Aliás, golpes são celebrados mundo afora. A queda da Bastilha na
França (14 de julho) e a Revolta dos Cravos em Portugal (25 de abril) são
apenas alguns exemplos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Tiradentes queria a independência do Brasil, uma insurgência
contra a Coroa Portuguesa – esse sim terminou enforcado. Sua coragem pavimentou
o sentimento nacionalista e foi premiada com o feriado. Não há feriado para
Joaquim Silvério dos Reis. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A Proclamação da República, por sua vez, foi um golpe
militar (os dois primeiros presidentes foram marechais), misógino (a herdeira
do trono era uma mulher), xenófobo (o marido da futura imperatriz era francês e
havia o temor de ele ser a eminência parda do 3º Reinado) e escravagista (uma
retaliação à proclamação da Lei Áurea). Ainda assim, comemora-se a tomada de
poder com um feriado nacional.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Certamente o ministro não é tão inculto. Sozinho, ele vai se
enforcando com seu hábito e sua obsessão pela narrativa.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Quando o Brasil é pejorativamente chamado de “Bananil”, não
estamos fazendo jus às várias repúblicas das bananas mundo afora (ou de outrora).
Nessas republiquetas, não há esse teatro todo de mídia independente, divisão de
poderes, inquéritos plurianuais, “estado democrático de direito”, sabatinas para
candidatos à suprema corte. É uma pessoa que manda e pronto. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">As instituições brasileiras estão virando pó, mas não temos
coragem de enterrá-las de uma vez por todas. E, assim, vamos vivendo numa
realidade muito mais cômica do que Woody Allen seria capaz de imaginar.</p><p class="MsoNormal"><o:p><i>(P.S. Compare-se a situação dos presos de 8 de janeiro com o que aconteceu com os "7 de Chicago". Um </i>donut<i> para quem adivinhar em qual país o sistema de </i>"checks and balances"<i> do poder judiciário funcionou e bananas à vontade para quem errar.)</i></o:p></p><p></p>Mariano Andradehttp://www.blogger.com/profile/11834326288965556253noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157658726984580615.post-3704204426400160282023-11-24T17:14:00.000-08:002024-01-30T08:42:20.249-08:00Dúvida histórica<p> (Por: Mariano Andrade)</p><p><br /></p><p></p><p class="MsoNormal"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">“A dívida é a
escravidão do homem livre” (Plúbio Siro)</i></p>
<p class="MsoNormal">A comédia <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“Soul Man”</i>
de 1986 foi estrelada por C. Thomas Howell, no papel de um jovem que se passa
por afro-americano para conseguir uma bolsa de cotas raciais em Harvard, depois
que seu pai milionário se recusa a pagar o curso. O filme é mediano (na melhor
das hipóteses), abusando de clichês e estereótipos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">** <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O sistema de cotas universitárias vigora no Brasil desde
2012 e recentemente foi prolongado por mais 10 anos. O regime confere
privilégio de acesso a universidades públicas para estudantes de certos grupos
étnicos e para alunos oriundos de escolas públicas. Teoricamente, o objetivo é
reparar a “dívida histórica” com pretos, índios e quilombolas.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Sem entrar no mérito de que os pretos africanos já
escravizaram outros povos ou de que havia muitos escravos no Brasil pertencentes a
pretos alforriados, considere-se que existia a tal dívida histórica. Bem, se há uma dívida e a sociedade vem pagando seu débito desde 2012, sem que ele sequer tenha sido quantificado, em algum
momento a obrigação deve ser quitada. Neste aspecto, o prolongamento do sistema
de cotas sem qualquer embasamento é absolutamente bisonho – pode ser rolado até
quando? Indefinidamente? Esta dívida será uma escravidão para a sociedade
livre? <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O estado brasileiro tenta corrigir a desigualdade social da
maneira mais ineficiente possível. Se o remédio é ineficaz, o estado – como
agente do “credor” da dívida – ao invés de buscar um sistema mais eficiente,
opta por estender aquele que não funcionou até agora. É análogo ao credor de
uma dívida financeira querer continuar cobrando o débito <i style="mso-bidi-font-style: normal;">ad aeternum</i> porque gastou mal (leia-se: torrou) o dinheiro que já
recebeu do seu devedor.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O sistema de cotas não tem os “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">checks and balances”</i> necessários. Deveria haver uma medição de
representatividade de profissionais pretos, indígenas e quilombolas nas várias
profissões e, à medida que turmas novas logrem a formatura, essa
representatividade deveria ser ascendente. Mas não se faz tal censo
regularmente – tente o leitor encontrar na internet o percentual de advogados
ou médicos pardos ano a ano desde 2012. O que se acha são notícias esparsas e
não necessariamente usando o mesmo critério: de toda forma, a pouca evidência
que há mostra o fracasso retumbante do aparato. Os dois artigos abaixo dão o
tom: “ninguém sabe quantos médicos são pretos”, ou “apenas 3% dos médicos são
pretos”.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://portugues.medscape.com/verartigo/6508199?form=fpf">https://portugues.medscape.com/verartigo/6508199?form=fpf</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2022/11/30/conselho-federal-de-medicina-aponta-que-apenas-3percent-dos-medicos-sao-negros.ghtml">https://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2022/11/30/conselho-federal-de-medicina-aponta-que-apenas-3percent-dos-medicos-sao-negros.ghtml</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Ou seja: a dívida continua pesando sobre a sociedade, o
dinheiro é mal aplicado pelo estado e – pior de tudo – ninguém mede o resultado
ou a efetividade do mecanismo imposto. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Por que o sistema de cotas falha grosseiramente? Porque é a
moeda errada para servir uma suposta dívida. Sozinho, mesmo que vigorando por
mil anos, ele jamais será capaz de corrigir a desigualdade social no Brasil, e talvez
até contribua para piorar o quadro.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Um curso universitário sério pressupõe que o aluno tenha uma
base formativa. A seleção com base no Enem e suas questões politizadas já torna
o processo viciado – entram os alunos que mais criticam a direita, o homem
branco e outros entes opressores.
Chega-se ao ridículo de, numa prova de história de 20 questões, somente 2 ou 3
delas abordarem eventos históricos. Além disso, dada a péssima qualidade do
aprendizado na rede pública – não por culpa dos professores, esses são heróis
de fato – os cotistas tendem a ingressar no 3º grau com sérias deficiências de
conteúdo e instrumental.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Para embasar o ponto: entre alunos de 57 países, as crianças
brasileiras ficaram em 52º lugar na habilidade de leitura.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://www.poder360.com.br/educacao/brasil-fica-em-52o-lugar-em-ranking-internacional-de-leitura/">https://www.poder360.com.br/educacao/brasil-fica-em-52o-lugar-em-ranking-internacional-de-leitura/</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Outros resultados recentes são igualmente lastimáveis:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/educacao-brasileira-esta-em-ultimo-lugar-em-ranking-de-competitividade/">https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/educacao-brasileira-esta-em-ultimo-lugar-em-ranking-de-competitividade/</a><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><br /></p>
<p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhwDdTpE8w7iE3x91BbSQ5ZZ7fnhTRMjsQh_okD0e_pST_OfuYQdbV0_ZQkRoIePutdcE7qMp4lEpRI2tARwzJWzw4kahexYbqdEPU5LqUr3prvYbff5DMrSr9vEcrRp9_gNEjuJrpnJ5IR140JUJfj0N8DvQTNx3UP_0GMKtyYk6xqkX-U4tZZe4MnIoht" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="315" data-original-width="567" height="178" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhwDdTpE8w7iE3x91BbSQ5ZZ7fnhTRMjsQh_okD0e_pST_OfuYQdbV0_ZQkRoIePutdcE7qMp4lEpRI2tARwzJWzw4kahexYbqdEPU5LqUr3prvYbff5DMrSr9vEcrRp9_gNEjuJrpnJ5IR140JUJfj0N8DvQTNx3UP_0GMKtyYk6xqkX-U4tZZe4MnIoht" width="320" /></a></div><br /><p></p>
<p class="MsoNormal">Há ainda um outro problema. Muitos cotistas precisam de
renda, seja para sustento próprio ou para complemento de renda familiar. Além
disso, o curso universitário atrai despesas de transporte e alimentação, bem
como investimentos em livros, software e material de trabalho – no caso de
médicos, dentistas e arquitetos, o montante pode ser relevante. Para muitos
alunos, a conta não fecha e eles são obrigados a se arrastar no curso ou,
ultimamente, abandoná-lo por completo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Em resumo – o sistema de cotas raciais infelizmente privilegia
alunos que, majoritariamente, não estão preparados para a universidade, esperando que eles atinjam o final do curso e se coloquem no mercado em posições de
destaque. E, de forma bizarra, segue vigorando sem qualquer medição dos resultados
alcançados. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Na prática, depois de mais de 10 anos de vigência do mecanismo
de cotas e diversas turmas formadas nas mais diversas carreiras, não se vê
maior representatividade de advogados, médicos, nutricionistas, engenheiros,
psicólogos ou economistas pretos ou pardos. Ao contrário, o que se observa são
algumas empresas lançando programas de contratação exclusivos para pretos. O
observador casual vai louvar a atitude como um movimento ESG, mas basta um
mínimo de pausa para deduzir que, se tais programas são necessários, o sistema oficial
desenhado para reduzir a desigualdade falhou por completo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">(Claro, existem casos individuais de sucesso e eles devem
ser enaltecidos. Mas a política pública não deve ser guiada pelas exceções).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Tentar consertar a pirâmide educacional e de oportunidades
“por cima” é uma tolice, tanto no âmbito da educação pública como na esfera
privada com programas de contratação específicos. É o mesmo que enxugar gelo –
ao contrário do que governos progressistas tentam sofismar, o mercado de
trabalho é darwiniano e sobrevivem à seleção natural aqueles que têm uma sólida
base de aprendizado. Dito de forma mais dura, não adianta o estado fornecer um
diploma de advogado a um cotista oriundo de um sistema de ensino
fundamental que ocupa a 52ª posição num ranking de leitura envolvendo 57 países.
De novo, pode haver exceções, mas a lei dos grandes números vai empurrar o
resultado final para o fracasso absoluto.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A idiotia atinge o nível <i style="mso-bidi-font-style: normal;">hard</i>
quando o sistema estende a primazia de vagas também a alunos que
cursaram o ensino médio na rede pública. Resultado esperado pelo estado:
ampliar ainda mais o ingresso na universidade aos alunos mais pobres. O que vai
ocorrer na vida real: alunos que têm condições de pagar escola privada (e até
universidade privada) migrarão para escolas públicas buscando acesso facilitado
aos cursos mais concorridos (medicina, por exemplo), já que as cotas raciais
consomem muitas vagas – é o famoso “caminho de menor resistência”, é o ciclo
vicioso se realimentando. Famílias humildes serão prejudicadas e a desigualdade
marcará mais um ponto.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Os recursos despendidos pelo estado na educação terciária
poderiam (e deveriam) ser empregados na educação fundamental, garantindo a
todos os cidadãos uma formação básica de qualidade. Isso sim seria mirar no
problema, tirando o Brasil de posições tão vexaminosas em comparativos
internacionais. Não só é obrigação do estado, bem como a única maneira de escapar da atual narrativa escravizante. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A educação básica de qualidade, no longo prazo, é a única
alavanca para diminuir a desigualdade social e, aí sim, “quitar” a dívida
histórica. Diz o provérbio chinês: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“Se
planeja para um ano, plante arroz. Se planeja para dez anos, plante árvores. Se
planeja para cem anos, eduque o povo”.</i> Qualquer tentativa de encurtar ou acelerar o
processo será fútil, drenando recursos públicos, perpetuando e piorando o
quadro de desigualdade – exatamente a péssima escolha que o Brasil fez para os próximos
10 anos. <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></i><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O sistema de cotas no Brasil é mais injusto e mais
tragicômico do que o filme pastelão. Chance de funcionar? Zero. Nenhuma dúvida.<o:p></o:p></p><br /><p></p>Mariano Andradehttp://www.blogger.com/profile/11834326288965556253noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157658726984580615.post-60135439885273548802023-11-22T18:39:00.000-08:002023-11-23T03:26:06.216-08:00"Deu merdas tour"<p> (Por: Mariano Andrade)</p><p></p><p class="MsoNormal"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">“Incompetence is the
true crisis” (Albert Einstein)<o:p></o:p></i></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">Albert Einstein esteve no Brasil em 1925, na ocasião já um
cientista consagrado e agraciado com o Prêmio Nobel de Física. Nos diários de
sua viagem à América do Sul, a respeito da visita ao Rio de Janeiro, ele
registrou incômodo com o calor, com o excessivo barulho das ruas e com a
bajulação dos políticos. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Taylor Swift recentemente esteve no Rio de Janeiro com sua
“The eras tour”. Como seria o diário de viagem da cantora nas páginas dedicadas
à “cidade maravilhosa”? Podemos imaginar...<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">“Cruel summer</i>. Que calor! Se bem que ainda nem é verão... Mas como
vou fazer um show nessa temperatura? Será que nenhum <i style="mso-bidi-font-style: normal;">mastermind</i> na minha equipe pensou em adiar o show mais cedo ou acharam
que teria <i style="mso-bidi-font-style: normal;">snow on the beach</i> ao
entardecer?”<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;"><v:shapetype coordsize="21600,21600" filled="f" id="_x0000_t75" o:preferrelative="t" o:spt="75" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" stroked="f">
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<v:imagedata o:title="Taylor Swift lamenta morte de fã em show no Rio de Janeiro - ISTOÉ Independente" src="file:///C:/Users/Mariano/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image001.jpg">
</v:imagedata></v:shape></span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgqE2queUxeFyzim5QWFeE-otnToJm0WhQ3pagAx8nk293b1ISRx_Q_IjMBh1DX-vzJ5wyDy-__E5zX536b-tIMApKKUf7L14OE9s4zMv6bNmXBKBhfbsDRkPWed5MbBH5BTU405Oq83fkmJ-UKeHPqIdsfw-o-7SeLYPVW2W4hMBPZc1sDGs3xs2Kd3Gwd" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="378" data-original-width="567" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgqE2queUxeFyzim5QWFeE-otnToJm0WhQ3pagAx8nk293b1ISRx_Q_IjMBh1DX-vzJ5wyDy-__E5zX536b-tIMApKKUf7L14OE9s4zMv6bNmXBKBhfbsDRkPWed5MbBH5BTU405Oq83fkmJ-UKeHPqIdsfw-o-7SeLYPVW2W4hMBPZc1sDGs3xs2Kd3Gwd" width="320" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal">Pois é, Taylor. Não neva na praia, pelo menos nessas terras.
Então, com as os fãs já a postos no gramado, tendo esperado longas horas, tendo
vindo de outras cidades, tendo se deslocado até o estádio, adiar o show faltando
uma hora para o início da atração de abertura foi um tremendo desrespeito. As
pessoas não estavam apenas a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">thirteen
blocks</i> de suas casas. Será que depois, já no seu confortável quarto de hotel, você se deu conta, pensou em seus fãs e exclamou <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“I forgot that you existed”</i>?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Mas se os erros tivessem parado por aí, tudo bem. Um baita
prejuízo para aqueles que não puderam ir ao show remarcado, ainda assim <i style="mso-bidi-font-style: normal;">all too well</i>. Infelizmente, a passagem
de Taylor pelo Rio não ficará marcada apenas por perdas materiais e três megaproduções para os fãs mais afortunados: está manchada
por ter escancarado a incompetência que impera no Brasil. A conta: duas mortes.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A baderna começou bem antes de Taylor chegar. As filas
virtuais para a venda de ingressos mal atingiam a posição 1000, sendo que havia
um máximo de 4 ingressos por compra. Com 60.000 ingressos por show à venda,
claramente essa conta não fecha. A matemática é tão simples que, pela primeira vez
na sua história, o PSOL deu uma bola dentro – duas deputadas psolistas levantaram a
bola de que o sistema privilegiava cambistas e propuseram a “lei Taylor Swift”
para criminalizar venda ilegal de ingressos. <a href="https://c-ponto.blogspot.com/2018/05/psol-ou-nao-sou.html">Daqui a 100 anos o PSOL vai acertar outra.</a> <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Com Taylor já a postos no Rio, o calor extremo que fez na
sexta-feira 17/11, data do primeiro show, realmente submeteu os fãs a condições
perigosas. Não passou pela cabeça dos organizadores da turnê, da equipe da
artista, do prefeito da cidade, ou dos poderes estadual e federal, que seria
necessário fornecer hidratação ao público? Uma jovem perdeu a vida pela apatia,
indiferença, inconsequência e inépcia dos envolvidos, todos sintomas da
incompetência.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">No dia seguinte, o show foi adiado pelas altas temperaturas
que persistiram, mas a trupe de incompetentes deixou para fazê-lo absolutamente em cima da
hora. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Call it what you want</i>,
irresponsabilidade, desrespeito, burrice – tudo converge na incompetência.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A despeito da tragédia do dia anterior e no auge da bagunça
do dia 18/11, o prefeito Eduardo Paes deu-se ao trabalho de ir às redes para pedir que as
pessoas ficassem “tranquilas” porque o show aconteceria dois dias depois. Dudu,
tomara que, na sua próxima viagem ao exterior, seu vôo atrase dois dias, você
tenha que ficar em pé por 8 horas para conseguir alguma informação, o ar condicionado
do aeroporto pife, você tenha que dormir na cadeira do saguão e o CEO da
companhia aérea te mande uma mensagem com um sorriso cínico no rosto pedindo “tranquilidade”, afinal “em
apenas dois dias você estará a caminho de casa”. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Stupid boy</i>.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Nesse fatídico sábado, não houve show mas houve morte. Um
jovem mato-grossense que, de outra forma estaria curtindo o espetáculo,
passeava pela praia de Copacabana à noite e foi esfaqueado 23 vezes, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">death by a thousand cuts</i>. O assassino
havia sido preso dias antes, mas nosso honorável poder judiciário o soltou. Einstein estava
correto – incompetência é a verdadeira crise, e ela leva à morte. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Na família desses jovens, sempre haverá um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">blank space</i>.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Irreplaceable.<o:p></o:p></i></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A tragédia continuou. Longe do show do dia 20/11 no Rio, mas
retratando o fracasso brasileiro, um preso político, detido ilegalmente e
contrariando diversos apelos médicos, faleceu na penitenciária da Papuda no
Distrito Federal. A morte de Cleriston da Cunha é resultado do autoritarismo do
STF, da omissão dos senadores e da incompetência dos eleitores brasileiros. Sem
muito risco de errar, poderíamos olhar nos olhos dos indivíduos de cada um desses
grupos e constatar: “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">you’re not sorry</i>”.
Nem os prevaricadores juízes (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">false gods</i>)
e senadores, tampouco os eleitores idiotas: a turma não se arrepende de suas
ações, de sua inação ou de seu voto... todos diriam “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">don’t blame me”</i>!<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">No dia 21/11, não teve Taylor, mas teve Brasil x Argentina
no Maracanã, partida válida pelas eliminatórias do mundial de 2026. Cerca de 65
mil pessoas foram ao estádio para ver Messi ou para torcer pelo péssimo
selecionado brasileiro. Os organizadores, mais uma vez provando a máxima de
Einstein, deixaram setores mistos no estádio: isto é, brasileiros e argentinos
lado a lado num jogo de futebol. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Sparks
fly</i>, <a href="https://c-ponto.blogspot.com/2016/08/vaia-que-e-tua-brasil.html">bastou que os brasileiros vaiassem o hino nacional argentino</a> e o fogo se espalhou. Pancadaria, confusão, crianças acuadas
e chorando. Felizmente, desta vez a incompetência não custou vidas. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Taylor, deu merda geral e ficou patente que o Rio “já era” (e a sátira "já era tour" virou meme no primeiro dia da bagunça)... não volte, pois não temos condições de sediar nenhum evento para mais de 100 pessoas.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">No mais, fica claro que não precisamos da nova duplinha Freixo e Paes tocando a “gestão”
do Rio de Janeiro. O judiciário, de cabo a rabo, já deu a chancela para o Rio
ser uma cidade sem lei: os bandidos estão soltos e assim ficarão, alguns deles no
comando. De vez em quando, um representante do governo federal vai passar por
aqui para checar se o crime está operando dentro dos conformes. <a href="https://c-ponto.blogspot.com/2019/05/fecho-com-freixo_22.html">Não precisamos de Freixo</a> pedindo o fim da polícia militar ou a soltura de presos, isso já está rolando sem
a contribuição dele. Tampouco precisamos da cara-de-pau do inepto Dudu, o
“soldado do Lula” e autor de posts ridículos. Já estamos entregues. Partiu
Maricá!<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">As críticas de Einstein foram baratas. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Sad beautiful tragic.<o:p></o:p></i></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><p></p>Mariano Andradehttp://www.blogger.com/profile/11834326288965556253noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157658726984580615.post-57673516090383517712023-11-03T13:27:00.014-07:002023-11-07T03:54:55.643-08:00A Amazônia não é aqui<p> (Por: Mariano Andrade)</p><p class="MsoNormal"></p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal"><i>"I didn't pay my taxes for years." (Noam Chomsky)</i></p><p class="MsoNormal"><i>"You don't pay taxes – they take taxes." (Chris Rock)</i></p><p class="MsoNormal"><br />A floresta
amazônica ainda tem sua área majoritariamente situada no território brasileiros. Os
governos brasileiros têm feito força para que isso deixe de ser verdade e Lula segue a tradição, parecendo almejar o recorde de desmatamento por incêndios. Se o amor venceu,
não foi o amor pelas árvores.</p><p class="MsoNormal"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiPEZ1lO_zZzit31JpkRWbqn1F7Wnvq7AMOPz7jvfdieeSXUy9hf1g_fmORQZJ77zFsXZ7FGCCGUZf0_8-IC7AS_ft3mq4_L3xAnTax2fegSFSnbPDFVwn22Q4RlpklVVHlSbzLC0sJp8bj9rv3KpfrjEREaAqOitXKu5tUWGwmvkekH-mJQUStOSFTndgd" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="656" data-original-width="984" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiPEZ1lO_zZzit31JpkRWbqn1F7Wnvq7AMOPz7jvfdieeSXUy9hf1g_fmORQZJ77zFsXZ7FGCCGUZf0_8-IC7AS_ft3mq4_L3xAnTax2fegSFSnbPDFVwn22Q4RlpklVVHlSbzLC0sJp8bj9rv3KpfrjEREaAqOitXKu5tUWGwmvkekH-mJQUStOSFTndgd" width="320" /></a></div><p></p>
<p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Lula
também dá espaço para que a soberania da Amazônia brasileira seja debatida,
mais uma de suas idiotices e expressão do mais puro nanismo diplomático.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Em suma:
talvez em algum tempo, a Amazônia (ou o que sobrar dela) realmente não seja mais aqui.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal">**</p>
<p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Fernando
Haddad é um homem com uma missão: encontrar receita em qualquer canto possível, revirando cada pedrinha.
Se não puder taxar importação até 50 dólares, taxa aposta esportiva. Se não
puder taxar apostas, antecipa impostos de fundos fechados. Se nada disso
funcionar, vai inventar novas frentes, cada vez com maior prejuízo à atividade
econômica. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"></span></p><p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">As duas
citações que abrem o artigo ajudam a ilustrar. Chomsky, o ideólogo de esquerda,
era um sonegador, embora defendesse estado grande - considerava-se acima da
lei, talvez? Onde será que já vimos isso? Chris Rock, que produz riqueza e
trabalha, sente-se "subtraído" pelo fisco e dá uma conotação
adversarial à tributação. Será que ele já ouvir falar do PT?</span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"></span></p><p class="MsoNormal" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; color: black; font-family: "Times New Roman"; font-size: medium; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: left; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span lang="PT-BR"></span></p><p></p><p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">A presente
discussão sobre meta de déficit – zero ou 0,5% – é quase irrelevante no longo
prazo. O impacto prático de 0% ou 0.5% é apenas se haverá “gol de mão” logo de
partida na definição do patamar fiscal para contingenciamento de gastos. E, obviamente, o péssimo sinal e a ausência de comprometimento com o equilíbrio fiscal logo na primeira volta da corrida. Não
fosse isso, o número seria totalmente irrelevante.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="-webkit-text-stroke-width: 0px;">
</p><p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">É
preferível rodar uma economia com tributação de 20% do PIB e déficit primário
de 1% a ter a configuração pretendida pelo ministro, qual seja: taxar 35% do
PIB e ter déficit zero. Neste caso, o déficit zero é a diferença de dois
números enormes e crescentes (ou alguém acha que o PT vai diminuir impostos ou
gastos?). Ou seja, qualquer oscilação ou surpresa na arrecadação ou em gastos
cria um problema de curto prazo. Quando há alguma alteração estrutural em
receitas ou gastos, tem-se um grande desafio.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal">Uma economia com estado mais leve pode operar com déficits primários. Nestes desenhos, o estado não está estrangulando a iniciativa privada e a “curva J” jogará a favor das contas públicas – isto é, a tributação mais baixa estimula o setor privado e a atividade econômica, de tal forma que a arrecadação cresce mais do que os gastos, gerando um superávit primário à frente. Além disso, se houver qualquer perturbação importante em receitas ou gastos – conjuntural ou estrutural – há espaço para aumento de impostos, existe margem de manobra orçamentária. E, pasmem: a população tende a enriquecer ao longo do tempo.</p><div>Mas a
cartilha petista é outra. Trata-se da turma que bradava que o Plano Real fracassaria
e que a privatização da Telebrás tornaria “telefone coisa só de rico”. São os luminares
que diziam que privatizar a Vale era abdicar da nossa soberania e que hoje
afirmam que Uber é escravidão. Ou seja, é um bando que nunca trabalhou na vida,
nunca produziu nada para a sociedade e que enxerga a economia sob uma lente
ignorante ou ideológica – no fim das contas, inútil da mesma maneira: acham que
se o estado tributar 50% é melhor do que 40%., tributar 60% é melhor do que 50%,
e tributar 100% é o cálice sagrado. Esquecem que as pessoas podem se mandar
daqui e que, a partir de um nível de tributação, os que ficarem terão zero
incentivo a produzir.</div><p class="MsoNormal">A crença na fórmula petista é análogo a apostar num aluno fraco, que fará uma prova de física
quântica avançada, sendo que o professor promete um exame difícil. E, para piorar, o
aluno estudou muito pouco. A probabilidade de uma boa nota é deveras reduzida. Com
a atual condução ideológica e adversarial, com time fraco e com vários desafios importantes, a chance de
nossa economia prosperar também é muito baixa, sendo que a condição necessária
(mas não suficiente) para tanto é o Brasil ter uma ajuda relevante do setor
externo (como foi no outro governo de Lula, o retrato do incompetente sortudo).</p>
<p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">A
tributação brasileira já é um Frankenstein, com milhares de assimetrias e
inconsistências. A cruzada por mais impostos, sem eliminar as jabuticabas,
vai criar um monstro ainda maior. Salvo engano, o Brasil é o único país do
mundo que utiliza o “come-cotas”, um mecanismo de tributar ganhos de capital ANTES de
eles acontecerem. É uma aberração e nosso ilustre ministro quer estendê-la para
fundos fechados e <i>offshores</i>. Como acreditar que uma administração que <u>aumenta </u>o
escopo daquilo que está errado vai criar um sistema tributário mais coeso,
justo e capaz de impulsionar crescimento?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><i><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">(Nota: O
come-cotas é uma atrocidade, é o equivalente a um enriquecimento ilícito do
estado às expensas de todo o público investidor, e não só dos super-ricos.)<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Isso tudo
com a nossa singular insegurança jurídica <i>powered by</i> STF. Não é à toa
que várias empresas têm deixado o país – Makro é um exemplo recente – e outras já anunciaram
planos de fazê-lo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Não tem
jeito – mais imposto significa estado maior e iniciativa privada menor. O resultado
é um êxodo de empreendedores e de profissionais capacitados. E o <i>endgame</i>
é um PIB potencial menor, renda per capita achatada e um distanciamento do
bem-estar coletivo – quase tão certo quanto a lei da gravidade. Nem o STF pode
mudar essa realidade com suas manobras olímpica, tampouco os tuítes raivosos de
Gleise ou as viagens de Lula.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">**<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Jeff Bezos,
o bilionário fundador da Amazon, está de mudança para Miami. É mais um super-rico
que a Flórida atraiu nos últimos tempos – Bezos deixa Seattle e se junta a uma horda de
empresários nova-iorquinos que mudaram sua residência para o <i>sunshine state</i>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Sim, a
Flórida tem clima mais agradável, belas praias, ótimos campos de golfe. Mas
qualquer reles bilionário pode pegar seu avião particular e voar para sua
mansão beira-mar em Boca Raton quando der na telha. Então por que a necessidade de se mudar
para lá?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Há duas
certezas na vida: morte e impostos, segundo Benjamin Franklin. Até onde se sabe, os residentes da Flórida não têm vida eterna e, portanto, a resposta que sobra é: impostos.
A Flórida extinguiu tributação estadual sobre ganhos de capital e, com isso,
atraiu muita gente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Como os gringos são trouxas! Estão acabando com tributação de ganho de capital, tolinhos. Nós aqui
tributamos os ganhos de capital ANTES de eles acontecerem, somos muito mais
espertos! Danem-se que os super-ricos vão se mudar daqui, vão contratar lá
fora, nossa base tributável vai decrescer e ficará ainda mais caro visitar a
Flórida nas férias.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Apostar na agenda de Haddad é equivalente a comprar ações numa<i> start-up </i>criada pelo PT ao invés
de investir com Jeff Bezos, Ken Griffin ou David Tepper, todos atualmente residentes da Flórida. Pode dar certo, mas haja incêndio para apagar no meio do caminho!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">**<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Se Amazon e Bezos são sinônimos de inovação, sucesso e geração de riqueza, o início
deste artigo está incorreto. Não vai demorar, já é uma realidade: a Amazônia definitivamente não
é aqui.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"><i>(P.S. Dica
para o ministro – O único sistema tributário que elimina assimetrias na
taxação de investimentos é o look-through empregado pelos EUA. Vale a pena estudar.)</i><o:p></o:p></span></p><br /><p></p>Mariano Andradehttp://www.blogger.com/profile/11834326288965556253noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157658726984580615.post-23614870800558959952023-10-17T19:15:00.007-07:002023-10-19T12:09:05.551-07:00Uberração<p> </p><p></p><p class="MsoNormal"><i>“Nenhuma quantidade de evidência irá persuadir um idiota”
(atribuído a Mark Twain)</i><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><i><br /></i></p><p class="MsoNormal">Há pessoas que insistem em ficar sempre do lado errado da
História. Exemplos abundam em diversos <i style="mso-bidi-font-style: normal;">métiers</i>: "artistas" brasileiros aos borbotões, "estudantes" mundo afora, Sean Penn, Jimmy Carter, e por aí vai.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A internet e as redes sociais ajudam a identificar essas lamentáveis
figuras. São repositórios de asneiras, trapalhadas, inconsistências e vergonha
alheia dessa turma. E, sempre que algum evento importante vem à tona e as
opiniões são divididas, essas figurinhas estão lá, tentando marcar mais um
ponto para o lado negro da força.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Os trágicos ataques terroristas perpetrados pelo Hamas sobre
Israel certamente representam um marco histórico. Mais de 1000 judeus morreram
em um fim de semana – compare-se com os cerca de 2500 que perderam suas vidas
na guerra do Yom Kippur em 1973. Como bem colocou o ministro das relações
exteriores de Israel, proporcionalmente às populações, é como se acontecessem dez
ou mais 9/11s em um único dia nos EUA.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">E os idiotas de plantão aparecem, indefectíveis, defendendo
o Hamas, sustentando que são guerreiros da liberdade, oprimidos, escravizados,
resistência. O Hamas decapitou bebês, desfilou com corpos mortos de mulheres
estupradas, queimou pessoas, está tudo documentados em vídeos e imagens que dão
um embrulho na barriga de qualquer pessoa normal. Salvo engano, nem os nazistas
cometeram barbárie tão gráfica. Para os dementes que defendem o Hamas –
confundindo o povo palestino, na sua maioria pacífico, com o grupo terrorista –
trata-se de atos legítimos contra a opressão israelense. Já houve tempo em que
os moralistas eram menos imorais...<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Idiotas sempre vão existir e, como diz a máxima que abre o
texto, nenhuma quantidade de evidência é capaz de persuadí-los. O que não se
pode admitir é a ABERRAÇÃO de o governo brasileiro oficialmente usar de
eufemismos (“combatente”, “falecimento”) e de neutralidade no cenário atual. Nossos "líderes" são uma vergonha, verdadeiras
aberrações. Mesmo a turma mais “nutella” da política ocidental (Macron, Biden,
Trudeau) se posicionou com veemência contra a barbárie jihadista e legitimando
o direito de defesa de Israel.<o:p></o:p></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg5AJh_Pj_G78__ItNXc5xDRvwL0NeLelfGYol1J8Mb00dSVpfqAsC6cG-OFV320x6qMiczQ4i7M_9-8cvG-fTSQNQSLehtYInYCONLIHqxBY5x6p1B9R26qTA5t3vMRAk-rQlwlPd5mNMlh0ovMTi7MRiUiAzsZcYqYHwkBriiPXEq5m41XOtkbQfaXBpx" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="146" data-original-width="310" height="151" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg5AJh_Pj_G78__ItNXc5xDRvwL0NeLelfGYol1J8Mb00dSVpfqAsC6cG-OFV320x6qMiczQ4i7M_9-8cvG-fTSQNQSLehtYInYCONLIHqxBY5x6p1B9R26qTA5t3vMRAk-rQlwlPd5mNMlh0ovMTi7MRiUiAzsZcYqYHwkBriiPXEq5m41XOtkbQfaXBpx" width="320" /></a></div><br />
<p class="MsoNormal">Transformar atos bárbaros de guerra em uma discussão "direita
x esquerda" é ofensivo, idiótico e repugnante. Fazê-lo através de canais
oficiais é aberração. Celso Amorim mostra que os “cala-bocas” que já levou de
Israel em outras oportunidades em que se voluntariou para mediar negociações não
lhe serviram de lição. Lula da Silva repete o recente papelão de qualificar a
ditadura de Maduro como “uma narrativa”. Nanismo diplomático se constrói assim,
mas, para os incautos, “o Brasil voltou”.</p><p class="MsoNormal">O Brasil, do alto da presidência temporária (ufa!) do Conselho de Segurança da ONU, incorpora o marceneiro que dá "orçamento para não pegar a obra", propondo obviedades vazias sem qualquer valor prático: "temos que viabilizar um corredor humanitário". Ou, dirigindo-se ao "líder" do Irã: "temos que evitar o sofrimento de crianças, mulheres e idosos". Love has won!</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Uma das “justificativas” frequentes para a aberração a céu aberto é que
Israel “escraviza” o povo palestino há várias décadas.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O governo petista e suas rêmoras parecem não entender o que
é escravidão. E tampouco tentam buscar contexto histórico.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O excelente livro “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Armas,
germes e aço</i>” de Jared Diamond termina com o magistral capítulo “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Por que a África é negra?</i>”. O autor
mostra que os negros africanos (é o termo utilizado no livro, e não o "preto", ora entendido como politicamente correto), ao longo dos tempos, aniquilaram as demais
etnias presentes no continente, obviamente passando por períodos em que as
escravizavam. Há diversos documentos históricos que mostram que, quando da
promulgação da Lei Áurea, um contingente relevante dos escravos pertencia a
senhores pretos (estima-se algo como um terço!). Escravidão não tem dono – o opressor
já teve diversas etnias, religiões, origens territoriais/geográficas ao longo da História. Há que
se sair do mimimi e levar a sério o termo, bem como todas as discussões que
dele derivam (dívida histórica, sistema de quotas, e outros que merecem artigos
dedicados).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Trabalho escravo havia nos campos de concentração nazistas.
Judeus, negros e homossexuais eram forçados a trabalhar. Não podiam dizer “não”,
não podiam ir e vir, a alternativa era levar um tiro. Os palestinos não são
escravizados por Israel – muitos saem diariamente de suas casas em Gaza e, por
vontade própria, vão trabalhar em Israel em troca de remuneração e retornam
ilesos aos seus lares. Isso é escravidão? (Pergunta – esses trabalhadores também
poderiam cruzar a fronteira do Egito numa frequência diária se lá houvesse
empregos mais rentáveis?) <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Israel fornece água, energia e telecomunicações a Gaza. Que
maneira incompetente de escravizar um povo, meu D’us!<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Mas, nosso governo despreparado e de pessoas ineptas resiste
a toda e qualquer evidência. Façamos uma breve digressão por um tema mais corriqueiro: o Uber.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O ministro Luiz Marinho classifica o Uber como escravidão
para o motorista parceiro. Mais uma aberração, obviamente que sem o mesmo peso
do conflito no Oriente Médio, mas que ilustra a facilidade com que se torturam
vocábulos e conceitos. Se o motorista (i) cadastra-se voluntariamente na
plataforma, (ii) pode se descredenciar a qualquer tempo, (iii) escolhe os horários
e dias em que trabalha, (iv) pode escolher seu carro de trabalho, (v) tem a
capacidade de recusar corridas, (vi) pode ter outras atividades profissionais,
inclusive com vínculo empregatício, é realmente patética qualquer analogia a
escravidão.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A justiça do trabalho de SP já proferiu <a href="https://www.brasildefato.com.br/2023/09/15/juiz-condena-uber-a-pagar-r-1-bi-em-danos-morais-e-reconhecer-vinculo-empregaticio-de-motoristas-empresa-diz-que-nao-cumprira-decisao">sentença </a>obrigando o
Uber a reconhecer vínculo empregatício. Peraí – é emprego ou escravidão? A
sentença é ridícula e inexequível: a Uber, capitalista malvada que absurdamente
não está no ramo da filantropia, certamente sairia do país, frustrando vários “escravos”
que dali tiram sua renda. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Pergunta – taxista também é escravo? Afinal, a justiça do
trabalho não obriga as prefeituras a ter vínculo empregatício com os taxistas,
embora eles não possam (oficialmente) recusar corridas, por exemplo. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Aliás, os taxistas são escravizados pelas
prefeituras: são obrigados a usar carros com cor pré-determinada, haja opressão.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O exemplo mundano serve para ilustrar o ridículo ao qual se
chega pelo abuso de chavões. A <a href="http://c-ponto.blogspot.com/2021/03/a-morte-do-genocidio.html"><span style="color: #2b00fe;">banalização do vocabulário</span></a> multiplica idiotas e gesta aberrações. Seria método?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Há diversas outras terminologias que foram distorcidas e
retorcidas desde que os ataques terroristas iniciaram. Resistência,
colonização, guerreiros da liberdade, e por aí vai.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Já passou da hora de a sociedade empregar os termos fortes e
definitivos de maneira apropriada e exterminar a doença do “politicamente
correto”. Não se podem usar adjetivos como genocida, fascista, racista,
misógino ou homofóbico simplesmente por não simpatizar com alguém ou com suas
ideias.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Da mesma forma, não se pode qualificar como resistência um
grupo que extermina bebês, invade casas e sequestra famílias. Tampouco de guerreiros
da liberdade.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Palestino é palestino. Terrorista é terrorista. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Falecimento é falecimento. Execução é execução.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Resistência é resistência. Estupro é estupro.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Escravo é escravo. Uber é uber.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Idiotice é idiotice. Aberração é aberração.<o:p></o:p></p><br /><p></p>Mariano Andradehttp://www.blogger.com/profile/11834326288965556253noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157658726984580615.post-16760918010204833872023-09-07T13:02:00.007-07:002023-12-19T12:47:41.043-08:00Amor, estranho amor<p> </p><p>(Por: Mariano Andrade)</p><p><br /></p><p></p><p class="MsoNormal"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">“... não te contei,
né? Que meu amor não cabe num contêiner</i>...” ("Poesia para ela", João Napoli)<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">“Amor, estranho amor” é um filme nacional de 1982. Alguns
anos após o lançamento, houve enorme polêmica acerca da produção – Xuxa, que à
altura alcançara o estrelato, tentou impedir a exibição do filme. O motivo: na
trama, havia uma cena de sexo (simulado) entre ela e um menino de 12 anos. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Xuxa conseguiu vetar a veiculação do filme entre 1991 e 2018,
mediante acordo pelo qual pagou pelos direitos autorais da obra. Mais tarde, por
decisões judiciais, o filme foi definitivamente retirado de circulação, embora
alguns trechos ainda possam ser encontrados <i style="mso-bidi-font-style: normal;">online</i>.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Mas, para a justiça brasileira, é como se o filme não
tivesse existido, ele foi deletado. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Esta semana, o ministro Dias Toffoli proferiu decisão na
qual anula todo o processo envolvendo a Odebrecht na operação lava-jato,
invalidando as provas apresentadas no âmbito do acordo de leniência. Deletou,
nada daquilo existiu. O “amigo do amigo do meu pai” desinventou a planilha que
lhe conferia tal alcunha e tantas outras vexaminosas. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A decisão de Toffoli é uma afronta ao poder judiciário, ao
ministério público e a todas as empresas e pessoas que conduzem seus afazeres
com ética e probidade. Para quê? Basta ser “amigo do amigo” da pessoa “certa”
que seus malfeitos (eufemismo, ok?) podem ser apagados. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Já que o poder judiciário, excetuando-se o STF, resta inútil
no Brasil, fica aí uma ideia para o ministro Haddad – por que não extinguir
todos os cargos do judiciário? Isso ajudaria no tão perseguido (e prejudicial, pela sua natureza arrecadatória e contracionista)
déficit zero. E, no caminho, o STF pode também desintegrar o fato histórico de
que Haddad foi derrotado por votos brancos e nulos, além de não ter vencido em uma única zona
eleitoral quando tentou a reeleição para prefeito. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Não é coincidência que o PT esteja, neste exato momento,
tentando reescrever a História. Há um movimento para devolver simbolicamente o
mandato a Dilma Rousseff. Tomara que não apaguem das redes seus discursos
cômicos, estes sim um legado importante do PT. E, quem sabe, Toffoli poderá
apagar suas reprovações em exames para a magistratura, tema que deve lhe incomodar e que
merece ser pulverizado.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Há tanto para deletar que talvez o STF não dê conta do recado
– o recorde de desmatamento, o enaltecimento à Venezuela de Maduro, as falas
clamando por votos secretos no STF e outras mudanças inconstitucionais. Isso tudo
em apenas 9 meses. Ah, e saibam todos – Lula não gastou R$ 30 milhões em
viagens internacionais só em 2023, abracadabra e ... poof! Sumiu. Ele só viajou
para Atibaia e para o Guarujá (hospedando-se com amigos, claro).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O STF poderia se aconselhar com Xuxa, vai ajudar na árdua tarefa. Flávio Dino também pode contribuir, ele entende de apagar e já demonstrou competência técnica no assunto.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A mesma justiça houdiniana que isenta Odebrecht, Sérgio
Cabral e tantos outros, é a mesma que persegue o ex-presidente Bolsonaro
diuturnamente. “Foi um genocida na pandemia”, embora a vacinação aqui tenha se
iniciado apenas um mês depois da europeia. “Fez reunião com embaixadores”,
embora fosse prerrogativa do cargo. “Atentou contra a democracia” pedindo voto impresso,
o mesmo que já foi defendido por vários políticos lulistas, incluindo um atual ministro. E por aí vai. Claro: a
questão das joias deve ser esclarecida, afinal de contas a lei diz que, ao
final do mandato, o presidente pode levar consigo bens de cunho personalíssimo –
roupas, perfumes e alimentos. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">E os 11 (onze!) contêiners de presentes que Lula retirou do
Planalto ao fim de seus dois mandatos? Será que só continham roupas, alimentos
e perfumes? Lula, o pai dos pobres, poderia ter doado tantas roupas aos
sem-teto numa cerimônia com Boulos, mas não... Lula, o magnânimo, tampouco
distribuiu contêiners e contêiners de alimentos aos sem-terra... E nem com 11
contêiners de perfume seria possível mascarar o mau cheiro de tudo de ruim que
o PT fez em 13 infelizes anos de governo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O amor venceu. Tal como na música, o amor que venceu não
cabe num contêiner. Amor, estranho amor.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgfUZz88ulE4Ts4m9aQIdo11dX_QBhJeTY3IC0RYpoZEv_45R5_sE2ROfNIWmoaHKSGZeWAdo1-0dzQbcZFOvRw3hovve1dWqFZfZoQaoUoM7lNJk_VNNgr-sw39I10qr-w7VYw0AYEFhjhhgiPsk3p_vLXHO5y-M_N422tfUgh6VEy1Xg7CQOjbA0ZxYC4" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="360" data-original-width="360" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgfUZz88ulE4Ts4m9aQIdo11dX_QBhJeTY3IC0RYpoZEv_45R5_sE2ROfNIWmoaHKSGZeWAdo1-0dzQbcZFOvRw3hovve1dWqFZfZoQaoUoM7lNJk_VNNgr-sw39I10qr-w7VYw0AYEFhjhhgiPsk3p_vLXHO5y-M_N422tfUgh6VEy1Xg7CQOjbA0ZxYC4" width="240" /></a></div><br /><br /></div><br /><br /><p></p>Mariano Andradehttp://www.blogger.com/profile/11834326288965556253noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157658726984580615.post-30733012088361412372023-08-08T18:45:00.010-07:002023-08-09T15:11:17.799-07:00Jamaica abaixo de zero<p> </p><p>(Por: Mariano Andrade)</p><p class="MsoNormal"><i><br /></i></p><p class="MsoNormal"><i>“If you’re white and you’re wrong, then you’re wrong; if
you’re black and you’re wrong, you’re wrong. People are people. Black, blue,
pink, green—God makes no rules about color; only society makes rules where my
people suffer, and that's why we must have redemption and redemption now.”</i> (Bob Marley)<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal">O excelente filme “Jamaica abaixo de zero” de 1993 é baseado
na trajetória da equipe jamaicana de bobsled (trenó) nos jogos olímpicos de
inverno de 1988. Embora o roteiro seja apimentado com várias passagens que não
aconteceram na realidade, ele é eficaz em retratar o valor do espírito
esportivo.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">O conjunto jamaicano jamais foi aos jogos com a expectativa
de vencer – ao contrário, o desejo era participar, competir, pertencer. Não
havia na Jamaica qualquer cobrança por uma boa campanha ou imposição social
para que todos apoiassem a equipe ou o bobsled enquanto esporte.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">O “abaixo de zero” era somente a temperatura em Calgary,
sede da competição. A mensagem é nota 10: não são necessariamente os vencedores que
fazem história, mas sim aqueles que competem com paixão.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">A seleção feminina de futebol do Brasil foi eliminada do
mundial após empatar em 0x0 com a Jamaica. A atuação brasileira foi de dar dó,
merecia inclusive ter perdido a partida em um dos muitos contra-ataques que
proporcionou às jamaicanas. O desempenho brasileiro, esse sim, foi abaixo de
zero.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Ao final do jogo, houve o tradicional choro em campo: jogadoras
deitadas, com as mãos sobre o rosto e chorando copiosamente. Narradoras e
comentaristas ecoaram o mimimi, “Brasil sai muito cedo”, “a técnica demorou
para mexer”, “não temos investimento” e por aí vai. Nesses aspectos, já ficou
igualzinho a quando os homens são eliminados: falta reconhecer que o time não
era bom o suficiente, ou que o adversário competiu com mais paixão e mais
preparo.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">O choro em campo é uma dissonância cognitiva – a julgar pelo
pífio futebol apresentado contra França e Jamaica, e a limitada atuação contra
o fraquíssimo Panamá, o time brasileiro não tinha nenhuma chance na competição.
Por que é tão difícil para os brasileiros admitir esse tanto no futebol? Não há
a mesma cobrança para com nossas equipes de hóquei sobre a grama, polo aquático,
<i>baseball</i> e outras modalidades, sejam masculinas ou femininas. E também não há
choro dramático após a eliminação nesses esportes, as (baixas) expectativas
estão corretamente alinhadas e, dessa forma, os atletas podem aprender com a
derrota e buscar aprimoramento. Mas nunca no futebol, afinal somos o país da
bola... <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">... Somos mesmo? Na copa do mundo masculina, após o título
de 2002, só fomos às semifinais uma única vez, sendo então massacrados pela
Alemanha diante da nossa torcida. No torneio feminino, em nove participações, o
Brasil chegou às semifinais em apenas duas edições (1999 e 2007). Certamente
temos tradição, em ambas as modalidades participamos de todas as edições e já
tivemos boas equipes – mas isso não quer dizer favoritismo ou chances reais de
triunfo em qualquer competição. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">A lacração <i>powered by</i>
Globo talvez tenha instigado na equipe a ilusão de que tinham um bom time. A urgência
em se igualar aos homens em termos de interesse e mobilização social, a
necessidade de fazer da copa feminina uma bandeira sócio-política talvez tenham
subido à cabeça do time. Ainda mais depois de se prestar ao ridículo papel de
receber Lula e Janja, automaticamente virando panfleto de propaganda da mais
duvidosa qualidade.</p><p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgtJjTvXsp8xPZpFR5XH9GgYlBi-NKYxmV5PExeCaVp781gISpPb2452odvBuhYnuCmiMkad3Lyzyk22nW50M9NavCUP8wcj3iXuc5lyjuCEUEMGkYagvj0SG428pAUtC7s-NPApNX_-WrhlJRh-Fax8kiCXCENa0kCp7hwqDIDcWKbbxGopeMelcYdgXVx" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="384" data-original-width="567" height="271" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgtJjTvXsp8xPZpFR5XH9GgYlBi-NKYxmV5PExeCaVp781gISpPb2452odvBuhYnuCmiMkad3Lyzyk22nW50M9NavCUP8wcj3iXuc5lyjuCEUEMGkYagvj0SG428pAUtC7s-NPApNX_-WrhlJRh-Fax8kiCXCENa0kCp7hwqDIDcWKbbxGopeMelcYdgXVx=w400-h271" width="400" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal">O interesse em uma modalidade esportiva não nasce com
questão do Enem, não brota de lacração ou imposição à sociedade. Se não há
interesse, não é porque a sociedade é malvada, fascista ou preconceituosa –
senão, qualquer jogador brasileiro de <i>baseball</i> masculino poderia também formular
a mesma queixa. O interesse depende de um ciclo virtuoso de investimento,
incentivos, boa estrutura de base, bom desempenho desportivo, bom comportamento
dos atletas fora de campo. Lacração de 4 em 4 anos e assunção de posição
política polarizada não só não dão conta do recado, mas são baitas gols-contra.
<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">(Nota: A eterna <a href="http://c-ponto.blogspot.com/2021/08/sobre-medalhistas-e-vencedores.html?m=1">reclamação</a> de Marta com os patrocinadores, mesmo quando HÁ patrocinadores, certamente ajuda a afastar o investimento que ela tanto gosta de cobrar.)</p><p class="MsoNormal">** <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">E é possível PROVAR que foi lacração. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">O time jamaicano teve uma patrocinadora não-oficial: a filha
de Bob Marley contribuiu financeiramente para viabilizar a equipe. No Brasil,
as celebridades contribuíram somente com <i>posts</i>,
como de hábito – reclamam da falta de apoio ao futebol feminino, mas são
incapazes de dar o exemplo mexendo no próprio bolso, agora bem recheados pelas
verbas petistas.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Na noite de 26 de julho, horário de Brasília, houve a partida Holanda x EUA, reedição
da final da copa do mundo feminina de 2019. Praticamente no mesmo horário, aconteceu a partida
de ida Grêmio x Flamengo, válida pelas semifinais da Copa do Brasil. Alguns
canais transmitiram a partida local, mas NENHUM cobriu a disputa feminina. A
Globo dispõe de um canal aberto e três Sportvs – o canal aberto rodava a grade
regular e os três Sportvs <a href="https://mi.tv/br/canais/sportv2/2023-07-26">ignoravam solenemente</a> a copa feminina. De novo: era a reedição da final feminina de
2019 – Qual a probabilidade de nenhum canal global transmitir Argentina x
França na próxima copa masculina? Hipocrisia, a gente vê por aqui.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">A Disney, empresa mega-híper-giga ESG, também conta com
vários canais ESPN. Tal qual a Globo, optou por não transmitir a partida
Holanda x EUA, preferindo <a href="https://mi.tv/br/canais/espn-2/2023-07-26">veicular esportes masculinos</a> no horário da partida. É a magia da lacração.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Será que Lula vai receber as jogadoras em Brasília? Ou fazer
uma cerimônia oficial para agradecer a Marta pela sua dedicação de seis copas?
Até agora, Lula limitou-se a postar (ou seu <i>ghost-writer</i>),
tal qual os artistas hipócritas que costumam apoiá-lo: “lamento a eliminação”,
e PT-saudações. Isso depois de declarar que só assistira ao primeiro tempo da estreia
brasileira porque <a href="https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2023/07/so-assisti-meio-tempo-porque-era-muita-mulher-diz-lula-sobre-ver-copa-feminina-com-ministras.shtml">“havia muitas mulheres na sala, só eu de homem, resolvi me mancar”</a>. Por analogia, uma mulher deveria se mancar e se furtar a assistir a um jogo masculino numa sala só com homens. A analogia seria uma situação flagrante de sexismo ou até misoginia, mas a original lulista é só a mais pura expressão do tipo de amor que venceu.</p><p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">A Jamaica acabou sendo eliminada pela Colômbia nas
oitavas-de-final, em partida que teve diversos lances importantes no segundo
tempo. As jamaicanas tiveram boas chances para conquistar o empate no tempo normal e levar
o jogo para a prorrogação. Mas o importante é que a equipe superou as expectativas,
apresentou um jogo competitivo e agora – depois do fato – cobra maior apoio da
federação jamaicana. <o:p></o:p></p><p>
</p><p class="MsoNormal">Jamaica acima de 10: tudo na devida ordenação causal e
temporal, fazendo história mesmo sem vencer. <o:p></o:p></p><p><br /></p>Mariano Andradehttp://www.blogger.com/profile/11834326288965556253noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157658726984580615.post-62176103696668160812023-05-30T18:20:00.009-07:002023-05-31T02:16:06.957-07:00VARnezuela<p> </p><p>(Por: Mariano Andrade)</p><p><br /></p><p></p><p class="MsoNormal"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><i>“You can
fool some of the people all of the time, and all of the people some of the
time, but you cannot fool all of the people all of the time.” </i></span>(Abraham Lincoln)</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">No futebol profissional de hoje, após a introdução do VAR, a
maior burrice que um jogador pode fazer é simular grosseiramente pênaltis ou
agressões. Os estádios são munidos de várias câmeras que capturam os lances de
diversos ângulos distintos e a probabilidade de a encenação ser desmascarada é
quase 100%, sendo que o atleta, além de desperdiçar o lance, poderá ser punido com cartão amarelo ou expulsão,
dependendo do caso.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Esta semana, o Brasil recebeu o presidente venezuelano
Nicolás Maduro para um encontro de integração de líderes sul-americanos. Já
seria discutível dar boas-vindas a Maduro (ou mesmo qualificá-lo como "líder"), mesmo se tratando de um evento reunindo
governantes da região. Mas pior ainda foi tê-lo acolhido com pompa e
circunstância, continência militar e outras regalias. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Receber um ditador com altas honrarias e com tom
celebratório parecia o fundo do poço, mas não foi, graças a Lula. Num discurso
absolutamente infeliz, Lula destacou que há uma disseminação da “narrativa” que
demoniza a Venezuela e o regime de Maduro, e que dita narrativa tornou-se
popular, inclusive entre pessoas “que nem sabem onde é a Venezuela”. E, para
arrematar, recomendou a Maduro que ele criasse sua própria versão.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O descalabro de Lula foi criticado por diversos políticos
brasileiros, alguns até de sua própria base. Mesmo jornalistas da imprensa
marrom não conseguiram se calar perante os absurdos sugeridos por Lula. O
presidente do Uruguai rechaçou a versão de Lula, bem como o esquerdista Boric,
presidente do Chile – <i>“não podemos fazer vista grossa para temas e princípios
que são importantes (...) a situação dos direitos humanos na Venezuela não é
uma construção narrativa.”</i>.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://www.metropoles.com/brasil/apos-lacalle-pou-boric-do-chile-condena-fala-de-lula-sobre-maduro">https://www.metropoles.com/brasil/apos-lacalle-pou-boric-do-chile-condena-fala-de-lula-sobre-maduro</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p>**</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Lula não capturou o fato de que hoje há VAR para as pessoas
públicas, chamam-se redes sociais. Ou, então, entendeu muito bem e por isso mesmo
quer cerceá-las. Até que consiga (tomara que não), deveria aceitar o fato de
que simulações grosseiras serão denunciadas – tudo o que se faz e se fala
publicamente está acessível nas redes sociais – os tão temidos fatos. E, contra
fatos, não há argumentos, muito menos narrativas.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Maduro (e seu mentor Chávez) levaram a Venezuela da posição
de maior renda per capita do continente para um país de miseráveis. A Venezuela
ostenta a maior inflação do mundo. O regime de Maduro prende, tortura e mata
oponentes. O VAR mostra cenas de blindados atropelando protestantes, de pessoas
disputando comida em supermercados, de milhares de pessoas fugindo da Venezuela
e deixando tudo para trás. Enquanto isso, Maduro circula por restaurantes
chiques no <i>jet-set</i> internacional, sempre bem vestido, bem alimentado e
portando relógios que custam verdadeiras fortunas. O VAR mostra tudo isso de
vários ângulos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Muito países acusam Maduro de fraude eleitoral e não o
reconhecem como legítimo. Ainda fica pior: diversos membros da comunidade
internacional entendem que o regime de Maduro está ligado ao narcotráfico. Os
EUA, por exemplo, têm um mandado de prisão contra Maduro e oferece até 15
milhões de dólares para quem ajudar em sua captura. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Assassinatos não são narrativas. Pobreza não é narrativa. Dissolver
o parlamento não é narrativa. Mudar a constituição não é narrativa. Contingente de 20% da população refugiada não é narrativa. Tudo isso
são fatos, tem VAR para mostrar.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Lula, ele sim, tenta iludir as pessoas com a sua risível “meta-narrativa”
sobre Maduro. Esse é Lula, um homem que tenta enganar todo mundo o tempo todo –
ora com a narrativa de que não roubou, ora distorcendo números e conquistas de
seus primeiros governos, ora culpando a “herança maldita” do governo anterior. Como
preconizou Abraham Lincoln, alguma hora esse <i>modus operandi</i> falha, e
parece que essa hora chegou para Lula – o país e o mundo estão assistindo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Não se trata de um debate ideológico esquerda x direita. Se Maduro
é uma narrativa, por que Pol Pot não é? Por que Hitler não é? O fato é que Pol
Pot exterminou um terço de seus compatriotas. A verdade é que o regime nazista de
Hitler cometeu diversos crimes contra a humanidade e assassinou milhões de judeus,
negros, ciganos e prisioneiros de guerra. São fatos e pronto: as covas coletivas
do Cambodja e o campo de concentração de Auschwitz são reais. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhbg-EQpc5lMbFw82pKuLr9HGYoG6g9nmYrAeWvnnHpQIVsmBQ5_C-Js1NhTokyiQ1mNvZlwd-JA9NorgZV6xG-tbKnCvjge8WHR3CCEbY_LTZN2rlnsvVDqst52mDKxiYGpJpRMuGREEofD7MNNP66Q-k3luuarl1hAijCR1EsX6TbO_dmwT8dmO3IbQ" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="106" data-original-width="323" height="166" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhbg-EQpc5lMbFw82pKuLr9HGYoG6g9nmYrAeWvnnHpQIVsmBQ5_C-Js1NhTokyiQ1mNvZlwd-JA9NorgZV6xG-tbKnCvjge8WHR3CCEbY_LTZN2rlnsvVDqst52mDKxiYGpJpRMuGREEofD7MNNP66Q-k3luuarl1hAijCR1EsX6TbO_dmwT8dmO3IbQ=w505-h166" width="505" /></a></div><br /><p></p>
<p class="MsoNormal">Para sacramentar a discussão, segue o VAR de um autor
bastante inusitado, nosso ilustre vice-presidente Geraldo Alckmin. Divirtam-se: <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><a href="https://www.youtube.com/watch?v=ocJsaM2iUSI&t=1s">https://www.youtube.com/watch?v=ocJsaM2iUSI&t=1s</a></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Mas será que Lula é tão burro quanto o atleta que se joga
clamorosamente para tentar cavar um pênalti? Talvez sim. Ou, quem sabe, o problema
de Lula possa ser sua vaidade e sua desonestidade (quem diria?) intelectual.
Atavicamente, Lula defendeu Hugo Chávez e seu sucessor Maduro, dando-lhes o
rótulo de “esperança para o continente”. Faltam a Lula humildade e honestidade
intelectual (ou de qualquer sorte) para admitir que tomou posição errada.
Sentindo que a janela para mudar de discurso já passou há muito, Lula agora
tenta recorrer à prestidigitação – mas seus truques não colam mais, já estão
manjados. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Maduro, por seu turno, ignora solenemente o VAR, como dono da bola que é em seu país. Mal-acostumado, também o faz em jogos fora de casa. Ao sair de um compromisso no Palácio do Itamaraty, seus seguranças agrediram jornalistas que tentavam entrevistar Maduro. Habituado a fazer, rasgar e reescrever as regras a seu bel-prazer, Maduro pouco se importava com os vários ângulos que capturavam a sua louvável postura democrática. </p><p class="MsoNormal"><a href="https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2023/05/30/confusao-saida-nicolas-maduro-itamaraty.htm">https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2023/05/30/confusao-saida-nicolas-maduro-itamaraty.htm</a></p><p class="MsoNormal">Palmas para Gabeira, um homem que consegue evoluir e
atualizar suas ideias. Palmas para Boric, governante que consegue colocar fatos
antes de orientação política. Palmas para Camarotti e Guga Chacra que, apesar de
trabalharem para a imprensa oficial, deram a Maduro sua correta qualificação: “um
ditador”. Cartão vermelho para Lula e Maduro, dois ridículos tiranos da América
Católica.</p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><br /><p></p>Mariano Andradehttp://www.blogger.com/profile/11834326288965556253noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157658726984580615.post-53902475322595338342023-05-20T13:38:00.018-07:002023-05-20T17:20:35.234-07:00O "M" e o "L"<p> </p><p class="MsoNormal"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">(Por: Mariano Andrade)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><i>”Ideas are
more powerful than guns. We would not let our enemies have guns, why should we
let them have ideas?” </i></span>(Joseph Stalin)<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">Mandela e Lula conseguiram a façanha de se elegerem
presidentes de seus respectivos países depois de cumprirem tempo de prisão. As
semelhanças param por aí – Lula foi detido por 580 dias, Mandela ficou preso durante 27
anos. Os motivos que levaram à prisão (e à soltura) de cada um também são
absolutamente díspares.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Mas a maior distância entre o M e o L está naquilo que realizaram
após serem libertados. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Nelson Mandela deixou a prisão em 1990, marcando o início do
fim do Apartheid. Quatro anos depois, o regime segregacionista terminaria
oficialmente e Mandela sairia vencedor nas eleições presidenciais de 1994. A
África do Sul elegia seu primeiro governante preto (“preto” parece ser a
palavra politicamente correta da vez, ao invés de "negro").</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Depois de assumir o posto máximo de seu país, Mandela não
perseguiu seus opositores, não tentou se vingar dos africâners e tampouco
procurou atrapalhar a vida da população branca. Os seus 27 anos na cadeia não
criaram rancor em Nelson Mandela, como ele mesmo professou: <i>“Resentment is like
drinking poison and then hoping it will kill your enemies.”.</i><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Lula, por seu turno, é um homem motivado por vendeta, que destila e consome veneno. Ele
mesmo declarou esse tanto em algumas oportunidades, sem qualquer auto-censura.
Por exemplo, nesta ocasião: <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/politica/na-cadeia-lula-diz-que-pensava-em-f-o-moro-e-se-vingar-dessa-gente/">https://www.cnnbrasil.com.br/politica/na-cadeia-lula-diz-que-pensava-em-f-o-moro-e-se-vingar-dessa-gente/</a></p><p class="MsoNormal">Lula conseguiu conduzir o “sistema” até a cassação de seu primeiro
adversário, o parlamentar Deltan Dallagnol. Dallagnol foi um dos apenas 25
deputados que se elegeram com votos próprios numa Casa de 513. Mas o discurso
oficial do “sistema”, incluindo daqueles que nunca tiveram um único voto sequer, é que se trata de "preservar a democracia".</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O filme “Invictus” de 2009 mostra como Nelson Mandela foi
habilidoso e empenhado na missão de unir o país após 45 anos de
segregacionismo. A seleção nacional de rúgbi – os “Springboks” – era um ícone
do antigo regime supremacista, o capitão era um africâner e havia apenas um
atleta preto. Nas partidas preparatórias para a Copa do Mundo de rúgbi de 1995,
a ser sediada na África do Sul, os brancos, munidos de bandeiras do Apartheid,
torciam para a seleção sul-africana, enquanto os pretos, manuseando a nova bandeira
nacional, torciam para o time adversário.</p><p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiTcSiilO5r3MYD4q73Y1DHVSmOp_ZkJiEWhJjQQUhTO9HUMvzP-kkT_juWjA4lp4911BG0Sxv6cxK7X-F3GLKupyaQ7VO4xIRcO3OjxxH3BcqiMz_Z-EbMAzvHZdD8LimCeCrmjDbcxO7sFOikDU3mjc3aJVXxH9j5sf8zOK2WtdErUgYWeAnchKWGAA" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="133" data-original-width="156" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiTcSiilO5r3MYD4q73Y1DHVSmOp_ZkJiEWhJjQQUhTO9HUMvzP-kkT_juWjA4lp4911BG0Sxv6cxK7X-F3GLKupyaQ7VO4xIRcO3OjxxH3BcqiMz_Z-EbMAzvHZdD8LimCeCrmjDbcxO7sFOikDU3mjc3aJVXxH9j5sf8zOK2WtdErUgYWeAnchKWGAA" width="282" /></a></div> <p></p>
<p class="MsoNormal">O ressentimento era tanto que aliados de Mandela sugeriram
trocar o nome e as cores da equipe sul-africana, seja por vingança ou para
servir de troféu. Mandela, ao contrário, preferiu manter as cores e o nome do time, vislumbrando a oportunidade de a Copa do Mundo colocar o país na rota da reunificação. Mandela sugeriu que o selecionado nacional fizesse clínicas de rúgbi em escolas com maioria de alunos pretos, bem
como em favelas.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Deu certo – até mais do que o previsto. Quando a competição
se iniciou, brancos e pretos torceram pela equipe nacional, todos ostentando as
cores da nova bandeira. Como em um conto de fadas, a África do Sul sagrou-se
campeã derrotando na final a favoritíssima Nova Zelândia. Mandela, vestindo um
uniforme dos Spingboks que portava nas costas o mesmo número 6 do capitão
africâner e não o do jogador preto, encarregou-se de entregar a taça, sob
aplausos de brancos e pretos – ou melhor, sob aplausos de compatriotas
sul-africanos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O <i>entourage</i> de Lula, no melhor exemplo anti-Mandela, torceu publicamente contra Neymar
na Copa do Mundo de 2022. Motivo: o atleta manifestara seu apoio a outro
candidato na eleição. Detalhe: Lula já havia sido eleito quando o mundial
aconteceu, não se tratava de contrapropaganda política, mas sim de
segregacionismo e polarização. Desde os primeiros dias após a eleição, ficou patente que “o amor venceu” era uma piada de mau gosto e que o governo Lula não pretendia (e nem teria competência para) unir o país. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Mandela conseguiu instalar a convivência pacífica entre
brancos e pretos, mesmo que isso não trouxesse garantia de redução de
desigualdades sociais. De fato, 30 anos depois de Mandela ter sido eleito, a
África do Sul figura em posição constrangedora nos rankings de desenvolvimento humano e
igualdade. Contudo, quem visita várias cidades sul-africanas consegue
facilmente perceber nas mesas de restaurantes e bares, nas praias e nas ruas que pretos e brancos
travam bom convívio social – uma enorme conquista para um país assolado por um
regime tão cruel e sectário por 45 anos, e uma condição necessária (mas não
suficiente) para que o país melhore social e economicamente.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A “sistemocracia” instalada no Brasil do L, ao contrário,
envergonha e mina instituições de Estado, rasga a carta constitucional, permite
flagrantes desvios de função nos mais altos cargos públicos e joga o Brasil na
rota da polarização e do atraso. É uma condição suficiente para que não progridamos nem social e
nem economicamente. O segregacionismo petista não é racial ou social, mas sim
político-ideológico – quem tem ideias e/ou posição política diferente é um
inimigo e deve ser abatido. Seja deputado eleito, blogueiro ou jornalista, seguindo à risca a citação stalinista que abre este artigo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O que Mandela pensava a respeito da diversidade de ideias,
da imprensa e, por tabela, da censura? Um adesivo com a estrela vermelha para
quem adivinhar se as frases abaixo são de Lula ou de Mandela...<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><i>“A
critical, independent and investigative press is the lifeblood of any
democracy. The press must be free from state interference. It must have the
economic strength to stand up to the blandishments of government officials. It
must have sufficient independence from vested interests to be bold and
inquiring without fear or favour. It must enjoy the protection of the
constitution, so that it can protect our rights as citizens.”</i></span></p>
<p class="MsoNormal"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><i>“I like
friends who have independent minds because they tend to make you see problems
from all angles.”</i></span></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Embora o “amor tenha vencido” no Brasil, o ódio contra a
iniciativa privada se manifesta a cada dia do novo governo. Seja na tentativa
de retrocesso no marco do saneamento, seja no apetite em arrochar ainda mais a
tributação, seja no ímpeto de vilipendiar o empresário, ou, finalmente, na
nefasta ideia de reverter privatizações.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Mandela assumiu um país onde, por razões óbvias, os brancos
tinham mais posses do que os pretos. O que ele pensava a respeito da iniciativa
privada e do lucro? Para quem não ganhou a estrelinha na primeira tentativa,
segue nova chance...<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><i>“Money
won't create success, the freedom to make it will.”</i></span></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O L e o M são vizinhos no alfabeto. Mas, em termos de
contribuição histórica, inspiração e exemplo, são mais distantes do que o A e o
Z.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></p>Mariano Andradehttp://www.blogger.com/profile/11834326288965556253noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-9157658726984580615.post-1327130897855177752023-05-07T18:07:00.007-07:002023-05-10T15:28:17.041-07:00Sem Surya<p> (Por: Mariano Andrade)</p><p><br /></p><p>Alguns fatos:</p><p class="MsoNormal"><o:p>Surya significa sol. Sem sol, haveria trevas e inverno glacial. A vida na Terra seria impossível.</o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmgdXuAvqvhh6wxyrepdKvHGtFlA2FGwsNscdL2r5X5lDgAkEwus32pnkQjgq69u_yJoN4JdB9pvh3-QDVRZ6LhptjVyRnh9kBtkVtQPkzUY1eHw5a-8Bv2SjSHleR65AuUYS9hniYh1DVyThUkqE-Jd-jqKCn1I6DSfCNYZilVkhBQMdJbxGbPmgBnQ/s600/img2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="388" data-original-width="600" height="207" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmgdXuAvqvhh6wxyrepdKvHGtFlA2FGwsNscdL2r5X5lDgAkEwus32pnkQjgq69u_yJoN4JdB9pvh3-QDVRZ6LhptjVyRnh9kBtkVtQPkzUY1eHw5a-8Bv2SjSHleR65AuUYS9hniYh1DVyThUkqE-Jd-jqKCn1I6DSfCNYZilVkhBQMdJbxGbPmgBnQ/s320/img2.jpg" width="320" /></a></div></div><p></p><p></p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal">** </p>
<p class="MsoNormal">Na era contemporânea, não há notícia de outro país além do Brasil onde um cidadão condenado
por corrupção tenha sido eleito para um cargo executivo, especialmente o mais alto deles. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">Houve corrupção nos governos de
esquerda, há 25 bilhões de ressarcimento aos cofres públicos para corroborar.</p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://veja.abril.com.br/politica/a-conta-da-corrupcao-r-25-bilhoes-ja-retornaram-aos-cofres-publicos">https://veja.abril.com.br/politica/a-conta-da-corrupcao-r-25-bilhoes-ja-retornaram-aos-cofres-publicos</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2018/09/27/petrobras-faz-acordo-bilionario-com-justica-dos-eua-para-encerrar-acoes.ghtml">https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2018/09/27/petrobras-faz-acordo-bilionario-com-justica-dos-eua-para-encerrar-acoes.ghtml</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">** </p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">No Brasil, o crime compensa. Vários empresários enriqueceram com benesses não-republicanas.
Foram soltos, continuam bilionários e alguns até integraram comitiva presidencial recentemente.
Políticos condenados em várias instâncias, inclusive confessos, também foram soltos. Até autor de tentativa de homicídio a candidato presidencial está em vias de ser libertado.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://epoca.oglobo.globo.com/politica/lava-jato/noticia/2017/05/jbs-mantinha-conta-na-suica-com-r-300-milhoes-em-propina-do-pt.html">https://epoca.oglobo.globo.com/politica/lava-jato/noticia/2017/05/jbs-mantinha-conta-na-suica-com-r-300-milhoes-em-propina-do-pt.html</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://g1.globo.com/politica/noticia/2023/03/18/irmaos-wesley-e-joesley-batista-envolvidos-em-grampo-na-gestao-temer-integram-comitiva-de-lula-na-viagem-a-china-veja-a-lista.ghtml">https://g1.globo.com/politica/noticia/2023/03/18/irmaos-wesley-e-joesley-batista-envolvidos-em-grampo-na-gestao-temer-integram-comitiva-de-lula-na-viagem-a-china-veja-a-lista.ghtml</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://veja.abril.com.br/coluna/maquiavel/justica-federal-estabelece-prazo-para-que-adelio-bispo-possa-ser-solto">https://veja.abril.com.br/coluna/maquiavel/justica-federal-estabelece-prazo-para-que-adelio-bispo-possa-ser-solto</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A suprema corte brasileira teve um membro que admitiu votar em dissonância à constituição, quando
seu papel é justamente assegurar a observância à carta constitucional. Mas foi
só porque se tratava de “situação excepcionalíssima” e o voto foi proferido “com
cuidado”. Jabuticaba é isso.</p><p class="MsoNormal"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=j_DsUSNdHtM">https://www.youtube.com/watch?v=j_DsUSNdHtM</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Em 2015, o Maranhão era um estado miserável. Em 2022, o
Maranhão continuava ocupando a posição de estado mais pobre da federação.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://valor.globo.com/brasil/noticia/2023/02/20/onde-esta-a-pobreza-no-brasil-rankings-mostram-locais-de-populacao-com-menor-renda-media.ghtml">https://valor.globo.com/brasil/noticia/2023/02/20/onde-esta-a-pobreza-no-brasil-rankings-mostram-locais-de-populacao-com-menor-renda-media.ghtml</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_unidades_federativas_do_Brasil_por_incid%C3%AAncia_da_pobreza">https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_unidades_federativas_do_Brasil_por_incid%C3%AAncia_da_pobreza</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O nome que a esquerda vem trabalhando como novo líder teve seu trabalho reprovado de forma sonora. Depois de concluir seu primeiro mandato em cargo executivo, concorreu
à reeleição. Obteve menos votos do que nulos e brancos e não venceu em
nenhuma zona eleitoral. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://g1.globo.com/politica/eleicoes/2016/blog/eleicao-2016-em-numeros/post/doria-so-perde-em-2-das-58-zonas-eleitorais-de-sao-paulo.html">https://g1.globo.com/politica/eleicoes/2016/blog/eleicao-2016-em-numeros/post/doria-so-perde-em-2-das-58-zonas-eleitorais-de-sao-paulo.html</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Elei%C3%A7%C3%A3o_municipal_de_S%C3%A3o_Paulo_em_2016">https://pt.wikipedia.org/wiki/Elei%C3%A7%C3%A3o_municipal_de_S%C3%A3o_Paulo_em_2016</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Em 2003, o Banco Central não era independente e, mesmo
assim, a taxa Selic atingiu 26,5%aa. A taxa Selic só foi regredir para 13,75%aa (patamar
atual e muito criticado) em outubro de 2006. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><a href="https://www.bcb.gov.br/controleinflacao/historicotaxasjuros">https://www.bcb.gov.br/controleinflacao/historicotaxasjuros</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Em 2004, o IPCA acumulou 7,6%, e a taxa Selic fechou o ano
em 17,75%aa, Ou seja, o Banco Central não independente conduzia a política
monetária com juros reais de aproximadamente 10%aa. Atualmente, estamos em
aproximadamente 9%aa, usando o mesmo cálculo simplificado que compara taxa Selic
com IPCA acumulado nos 12 meses precedentes. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="http://www.yahii.com.br/IPCA_Historico.html">http://www.yahii.com.br/IPCA_Historico.html</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Os livros de ciências econômicas não estão superados. Todos os países que insistiram em linhas e condutas heterodoxas tiveram desempenho desastroso. Os malefícios do caos econômico que se instala (inflação, recessão, descontrole cambial) mais do que superam quaisquer benefícios oriundos de programas sociais. </p><p class="MsoNormal"><a href="https://g1.globo.com/economia/noticia/2023/03/14/inflacao-na-argentina-chega-a-1025percent-e-e-a-maior-em-mais-de-30-anos.ghtml">https://g1.globo.com/economia/noticia/2023/03/14/inflacao-na-argentina-chega-a-1025percent-e-e-a-maior-em-mais-de-30-anos.ghtml</a></p><p class="MsoNormal"><a href="https://neofeed.com.br/blog/home/o-que-a-turquia-que-esta-baixando-juros-na-marra-ensina-ao-brasil/">https://neofeed.com.br/blog/home/o-que-a-turquia-que-esta-baixando-juros-na-marra-ensina-ao-brasil/</a></p><p class="MsoNormal">**</p>
<p class="MsoNormal">Só houve um governo que reduziu significativamente
desmatamento na Amazônia, provavelmente ajudado pela enorme recessão que ele
mesmo criou. Alguns "guardiões" da floresta
amazônica apresentaram resultados bem piores do que administrações muito
criticadas a respeito.<o:p></o:p></p>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoNormalTable" style="border-collapse: collapse; mso-padding-alt: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; mso-yfti-tbllook: 1184; width: 319px;">
<tbody><tr style="height: 15pt; mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0;">
<td nowrap="" style="border: 1pt solid windowtext; height: 15pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 3.5pt; width: 91.9pt;" valign="bottom" width="123">
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="color: black; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">Período<o:p></o:p></span></p>
</td>
<td nowrap="" style="border-left: none; border: 1pt solid windowtext; height: 15pt; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 3.5pt; width: 147pt;" valign="bottom" width="196">
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="color: black; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">Desmatamento em milhares de km2,
média anual<o:p></o:p></span></p>
</td>
</tr>
<tr style="height: 15pt; mso-yfti-irow: 1;">
<td nowrap="" style="border-top: none; border: 1pt solid windowtext; height: 15pt; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 3.5pt; width: 91.9pt;" valign="bottom" width="123">
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="color: black; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">1995 a 2002<o:p></o:p></span></p>
</td>
<td nowrap="" style="border-bottom: 1pt solid windowtext; border-left: none; border-right: 1pt solid windowtext; border-top: none; height: 15pt; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 3.5pt; width: 147pt;" valign="bottom" width="196">
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="color: black; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">19.2<o:p></o:p></span></p>
</td>
</tr>
<tr style="height: 15pt; mso-yfti-irow: 2;">
<td nowrap="" style="border-top: none; border: 1pt solid windowtext; height: 15pt; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 3.5pt; width: 91.9pt;" valign="bottom" width="123">
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="color: black; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">2003 a 2010<o:p></o:p></span></p>
</td>
<td nowrap="" style="border-bottom: 1pt solid windowtext; border-left: none; border-right: 1pt solid windowtext; border-top: none; height: 15pt; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 3.5pt; width: 147pt;" valign="bottom" width="196">
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="color: black; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">15.7<o:p></o:p></span></p>
</td>
</tr>
<tr style="height: 15pt; mso-yfti-irow: 3;">
<td nowrap="" style="border-top: none; border: 1pt solid windowtext; height: 15pt; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 3.5pt; width: 91.9pt;" valign="bottom" width="123">
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="color: black; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">2011 a 2016<o:p></o:p></span></p>
</td>
<td nowrap="" style="border-bottom: 1pt solid windowtext; border-left: none; border-right: 1pt solid windowtext; border-top: none; height: 15pt; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 3.5pt; width: 147pt;" valign="bottom" width="196">
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="color: black; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">6.0<o:p></o:p></span></p>
</td>
</tr>
<tr style="height: 15pt; mso-yfti-irow: 4;">
<td nowrap="" style="border-top: none; border: 1pt solid windowtext; height: 15pt; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 3.5pt; width: 91.9pt;" valign="bottom" width="123">
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="color: black; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">2017 a 2018<o:p></o:p></span></p>
</td>
<td nowrap="" style="border-bottom: 1pt solid windowtext; border-left: none; border-right: 1pt solid windowtext; border-top: none; height: 15pt; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 3.5pt; width: 147pt;" valign="bottom" width="196">
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="color: black; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">7.2<o:p></o:p></span></p>
</td>
</tr>
<tr style="height: 15pt; mso-yfti-irow: 5; mso-yfti-lastrow: yes;">
<td nowrap="" style="border-top: none; border: 1pt solid windowtext; height: 15pt; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 3.5pt; width: 91.9pt;" valign="bottom" width="123">
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="color: black; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">2018 a 2022<o:p></o:p></span></p>
</td>
<td nowrap="" style="border-bottom: 1pt solid windowtext; border-left: none; border-right: 1pt solid windowtext; border-top: none; height: 15pt; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 3.5pt; width: 147pt;" valign="bottom" width="196">
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="color: black; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">11.7<o:p></o:p></span></p>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<p class="MsoNormal"><span style="color: white; mso-color-alt: windowtext;"><a href="http://www.obt.inpe.br/OBT/assuntos/programas/amazonia/prodes">http://www.obt.inpe.br/OBT/assuntos/programas/amazonia/prodes</a></span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Somente dois outros países usam exclusivamente urnas
eletrônicas sem impressão de voto (Butão e Bangladesh). Vários países que usam
votos impressos, alguns também adotando contagem manual, são democracias com
mais liberdades do que a brasileira. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://www1.folha.uol.com.br/poder/2021/06/so-brasil-bangladesh-e-butao-usam-urna-eletronica-sem-comprovante-do-voto-impresso.shtml">https://www1.folha.uol.com.br/poder/2021/06/so-brasil-bangladesh-e-butao-usam-urna-eletronica-sem-comprovante-do-voto-impresso.shtml</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndice_de_democracia">https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndice_de_democracia</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://www1.folha.uol.com.br/folha/dw/ult1908u528752.shtml">https://www1.folha.uol.com.br/folha/dw/ult1908u528752.shtml</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O Brasil não iniciou a vacinação do Covid-19 tardiamente. Aqui,
a vacinação começou em 17 de janeiro de 2021. Nos EUA, começou em 14 de
dezembro de 2020, na França em 27 de dezembro de 2020.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://www.rfi.fr/br/fran%C3%A7a/20201226-fran%C3%A7a-recebe-primeiras-doses-da-vacina-contra-covid-19-e-iniciar%C3%A1-imuniza%C3%A7%C3%A3o-no-domingo">https://www.rfi.fr/br/fran%C3%A7a/20201226-fran%C3%A7a-recebe-primeiras-doses-da-vacina-contra-covid-19-e-iniciar%C3%A1-imuniza%C3%A7%C3%A3o-no-domingo</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2020/12/14/estados-unidos-comecam-a-vacinar-contra-a-covid.ghtml">https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2020/12/14/estados-unidos-comecam-a-vacinar-contra-a-covid.ghtml</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://portal.fiocruz.br/noticia/vacinacao-contra-covid-19-no-brasil-completa-um-ano">https://portal.fiocruz.br/noticia/vacinacao-contra-covid-19-no-brasil-completa-um-ano</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Vários estudos mostram que o fechamento de escolas durante a
pandemia foi um desastre.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://www.bloomberglinea.com.br/2022/09/11/por-que-fechar-as-escolas-durante-a-pandemia-foi-um-erro/">https://www.bloomberglinea.com.br/2022/09/11/por-que-fechar-as-escolas-durante-a-pandemia-foi-um-erro/</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://g1.globo.com/educacao/noticia/2021/04/05/fechamento-de-escolas-durante-pandemia-fez-brasil-regredir-duas-decadas-em-materia-de-evasao-escolar-diz-unicef.ghtml">https://g1.globo.com/educacao/noticia/2021/04/05/fechamento-de-escolas-durante-pandemia-fez-brasil-regredir-duas-decadas-em-materia-de-evasao-escolar-diz-unicef.ghtml</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://brasil.elpais.com/brasil/2021-03-22/as-escolhas-que-fizemos-para-as-criancas-foram-terriveis-o-balanco-de-um-ano-de-ensino-remoto-no-brasil.html">https://brasil.elpais.com/brasil/2021-03-22/as-escolhas-que-fizemos-para-as-criancas-foram-terriveis-o-balanco-de-um-ano-de-ensino-remoto-no-brasil.html</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**</p><p class="MsoNormal">China, Cuba, Irã e Coréia do Norte são países onde não há liberdade de expressão. Alinhar-se a eles parece ser muito perigoso.</p><p class="MsoNormal"><a href="https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/08/23/as-novas-normas-em-cuba-que-criminalizam-quem-fala-mal-do-governo-nas-redes-sociais.ghtml">https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/08/23/as-novas-normas-em-cuba-que-criminalizam-quem-fala-mal-do-governo-nas-redes-sociais.ghtml</a></p><p class="MsoNormal"><a href="https://mediatalks.uol.com.br/2021/10/22/pesquisa-global-mostra-paises-com-maior-censura-na-internet/">https://mediatalks.uol.com.br/2021/10/22/pesquisa-global-mostra-paises-com-maior-censura-na-internet/</a></p><p class="MsoNormal"><a href="https://exame.com/mundo/cuba-ira-e-china-estao-entre-os-10-paises-com-mais-censura/">https://exame.com/mundo/cuba-ira-e-china-estao-entre-os-10-paises-com-mais-censura/</a></p><p class="MsoNormal">**</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Não há na história da humanidade nenhum relato de guerra ou
conflito armado que tenha sido resolvido numa mesa regada a cerveja. <o:p></o:p>Sugerir esse tanto pode ser considerado um desrespeito às nações e pessoas que sejam
tocadas pelo conflito.</p><p class="MsoNormal"><a href="https://www.estadao.com.br/politica/lula-guerra-ucrania-russia-cerveja-embaixatriz/">https://www.estadao.com.br/politica/lula-guerra-ucrania-russia-cerveja-embaixatriz/</a><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Por enquanto, ainda são fatos. Talvez virem “notícias fajutas”
(na versão com anglicismo) algum dia. Quando esse dia chegar, o sol se apagará, as trevas nos dominarão e o “estado democrático
de direito” estará salvo.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><i>“Governo censurou o texto do Google sobre o PL da Censura para mostrar que o governo não é a favor da censura.”</i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: left;">(tuíte de “The Investor”, @leiatheinvestor)</p><p></p>Mariano Andradehttp://www.blogger.com/profile/11834326288965556253noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157658726984580615.post-25820269920879374692023-03-24T19:06:00.008-07:002023-06-01T19:06:25.283-07:00"Faz o V"<p> (Por: Mariano Andrade)</p><p><br /></p><p></p><p class="MsoNormal">O filme “V de Vingança” de 2005 conta a história de uma
Inglaterra distópica, vivendo sob um regime totalitário e fascista que sufoca
as liberdades individuais.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O
protagonista “V” é um carismático revolucionário defensor da liberdade – “V”
arregimenta cidadãos dispostos a atacar o regime, sendo o plano máximo explodir
o parlamento.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A trama original vem de uma história em quadrinhos, por sua
vez baseada em fatos reais: a Conspiração da Pólvora de 1605, na qual o soldado
católico Guy Fawkes arquitetava explodir o parlamento (com barris de pólvora) e
matar o rei protestante.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O protagonista de “V” usa uma máscara inspirada na
fisionomia de Guy Fawkes, sendo que ao final do filme todo o séquito de “V”
aparece com a mesma máscara e preparado para o combate.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhGmL6NiZfEXNrxTjEKvII8JXf3CKq7UAaRq4fNLm2kxbgDhGh2K-i-s-vNDrSslRnmC2dpNl_vyshkWWV9i8S5pppP-ELgbSP4fx4Tl9r1lCISmq7nVCBDMuXgBs3eTvAu9mPnykxg9PzP1i_dnkSAaaRiPHbYYs0VHEgRO3OwFdr8lHZgTSFMOdOPxw" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhGmL6NiZfEXNrxTjEKvII8JXf3CKq7UAaRq4fNLm2kxbgDhGh2K-i-s-vNDrSslRnmC2dpNl_vyshkWWV9i8S5pppP-ELgbSP4fx4Tl9r1lCISmq7nVCBDMuXgBs3eTvAu9mPnykxg9PzP1i_dnkSAaaRiPHbYYs0VHEgRO3OwFdr8lHZgTSFMOdOPxw" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhNQMGFfizUu33DhiFQqEXzvTgYxwA8fm2ozfNC_wwCq-ArRSmqSxyEK3npI-mPTHlTqF6B3H9OLuJ3LeHt_6as-3Ej8SqeqCCii5067BE8SYoRHGHn5sZ9xewaDh9sZ046Nsg6buk20nXdv4WLg2KzD-m9taSWyzn9nl6PQBk1LXy9Xgy_jwErH6KmCg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="168" data-original-width="301" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhNQMGFfizUu33DhiFQqEXzvTgYxwA8fm2ozfNC_wwCq-ArRSmqSxyEK3npI-mPTHlTqF6B3H9OLuJ3LeHt_6as-3Ej8SqeqCCii5067BE8SYoRHGHn5sZ9xewaDh9sZ046Nsg6buk20nXdv4WLg2KzD-m9taSWyzn9nl6PQBk1LXy9Xgy_jwErH6KmCg" width="320" /></a></div><br /></div><br /><p></p><p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Lula recentemente declarou o seguinte (<i>sic </i>geral de antemão, sabemos que o "V" certamente não é de "vernáculo"):</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><i>“(...) Como eu tinha inocência, uma coisa que eu tinha
muito orgulho (...) e tava três ou quatro procurador e perguntava 'tudo bem?’. 'Não tá tudo bem, só vai tá bem quando eu foder esse Moro' (...) é quando eu falava assim ‘eu tô aqui para me vingar dessa gente’ (...) eu
falava todo dia”. </i></p><p class="MsoNormal">A declaração é inconcebível e impensável. Especialmente para
alguém que pretende “unir o país” sob o ridículo mote “o amor venceu”. Mas,
sobretudo, trata-se de um chefe de governo admitindo que sua agenda é pessoal,
a despeito das obrigações republicanas de seu cargo. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Replay: um presidente confessando que sua agenda é pessoal e
que o objetivo é vingança. Pode isso, STF?<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Imagine a declaração sendo proferida <i>ipsis litteris</i>
por qualquer político de direita, apenas substituindo “Moro” por “Lula” – a
imprensa ia cair de pau, mas Lula tudo pode. Mesmo diante de um momento dos
mais infelizes de toda nossa História republicana, a imprensa se cala. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Depois das falácias propaladas durante a campanha eleitoral,
essa deve ser a primeira declaração genuína e honesta de Lula – ele está lá
para se vingar. Diferentemente do filme “V”, a máscara era na campanha, compunha
a indumentária de salvador da pátria armado de picanha e cerveja, mas agora ela
caiu. Seu séquito também baixa suas máscaras, mostrando lealdade incondicional
a um líder tóxico enquanto auferirem benesses para si. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Tal qual em “V”, a narrativa era (e ainda é) que o Brasil
estava sob um governo fascista e que precisávamos nos libertar. Muitos caíram
na propaganda e compraram a ideia de que Lula era o “mal menor”, apesar de seu
longo histórico de malfeitos. Goebbels estaria orgulhoso.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Pós-eleição, a narrativa continua sendo alimentada pelo
bordão “herança maldita”. O dito governo fascista não só aumentou as liberdades
individuais (PIX, MEIs, digitalização da economia, marco do saneamento) mas
também registrou lucro recorde nas estatais e conseguiu reduzir desemprego. O tal governo distópico alcançou a proeza de reduzir impostos e, ainda assim,
aumentar a arrecadação. Contudo, a “herança maldita” foi amplamente repetida pela
paquidérmica equipe de transição e segue populando discursos de vários ministros.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Mas a fala de Lula – mesmo tirando a palavra “foder”, como
ele pediu aos entrevistadores – joga luz sobre as decisões que ele vem tomando
desde 1º de janeiro. Agora, sabedores de que a função-objetivo do governo é a vendeta,
fica fácil juntar as pontas: Lula quer desfazer tudo que seus antecessores
“golpistas” e “opressores” implementaram. Se isso é bom ou ruim para o povo
brasileiro, não importa. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Desligar as bombas da transposição do São Francisco? Onerar
novamente os combustíveis? Limitar juros do consignado, com a consequência de
tornar o produto inviável e secar a oferta? Acabar com o saque aniversário do
FGTS? Ameaçar rever o marco do saneamento, que viabilizou vultuosos
investimentos para levar água e esgoto (e, por tabela, saúde e cidadania) a
milhões de famílias Brasil afora? Suspender a venda de ativos da Petrobrás,
vendas essas que geram produtividade e emprego? Bradar incessantemente contra a
independência do Bacen, gerando insegurança e juros longos mais altos? Reajustar
o mínimo em patéticos R$ 18,00?<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">É tudo de maldade e vaidade ímpares. Lula quer se vingar por
não ter havido paralisação e comoção nacionais quando foi preso. Se no filme o
protagonista queria “fazer o V” pelo bem comum, aqui a vingança tem caráter personalíssimo
e traz incontáveis mazelas para a sociedade, Lula sabe disso, mas não poupa o
povo brasileiro. A vida não repete o filme.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Lula recompensa aqueles que o apoiaram com polpudos cargos
públicos, sem qualquer critério técnico e sem qualquer censura. Imaginem se
fosse Temer ou Bolsonaro nomeando esposas de ministros para cargos vitalícios. Bolsonaro
ventilou nomear seu filho para embaixador (uma piada de mau gosto) e gerou um
baita burburinho. Agora, nada acontece.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Os irmãos Batista, aqueles que relataram repetidos esquemas
de propina em sua delação premiada, farão parte da comitiva presidencial em
viagem oficial à China. Imaginem se fosse Luciano Hang integrando comitiva do
governo anterior? Ou um político de direita usando jatinho da
FAB para compromissos pessoais?<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Lula está mais atrevido e desvairado do que nunca. Um
sujeito que nunca estudou, que não entende xongas de economia, se dá ao
desplante de dizer que os livros de economia estão ultrapassados. Na mesma
onda, Lula afirmou algo na linha de que “não há evidência de que a independência do Bacen tenha
trazido benefícios para este país” – não há realidade contrafactual para testar
a hipótese e, mesmo que houvesse, não teríamos ainda tempo suficiente para ter
relevância estatística. Lula, o próprio, não entenderia este parágrafo, mas é curioso
que economistas e estatísticos não protestem diante de falas tão estapafúrdias
e desqualificadas.</p><p class="MsoNormal">São tantas declarações, nomeações e decisões alopradas que mais
parece fim de governo, embora não tenhamos completado nem 3 meses. Faltam
longos anos de vingança, a sociedade que se prepare. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Os eleitores de Lula que tiverem algum resquício de
honestidade intelectual deveriam se perguntar: qual governo era mais afeito a opressão
e tirania, o atual ou o anterior? Qual é o mal menor?<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Esses mesmos eleitores deveriam se perguntar se, de fato,
fizeram o “L” ao votar. Se tivesse sido o “L”, estaríamos no lucro. Por ora, vamos
de “V” mesmo – e não é de vitória.<o:p></o:p></p><p>
</p><p class="MsoNormal"> </p><p><br /></p>Mariano Andradehttp://www.blogger.com/profile/11834326288965556253noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157658726984580615.post-23770561122521318262023-02-20T09:13:00.009-08:002023-02-23T04:47:40.073-08:00Errando de Noronha<p> (Por: Mariano Andrade)</p><p><br /></p><p></p><p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT-BR;">Fernando de Noronha é
um lugar lindo – não há discussão sobre isso. Tendo visitado a ilha algumas
vezes, não posso deixar de recomendar para aqueles que gostam de praia e
natureza. Ponto final nesse tema.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiu6RG1V41zL-K3i2J4tkVHLc-GE440-vKvRlr-B2Kfece84XDOSfH-kG-mW5UXeC_tGMhitdu_lqVxWFJbj-l9Tj-tfZ7kFU3wBBZlIqYjTK_MFJPGbbQt-Zh0rsa_2ZFfGHSgLZv-8YBl7e3vIpnY_BCdBrA2DD-c-4pfDEVPTXZFGqYKBAcXcu6T1A" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="547" data-original-width="1000" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiu6RG1V41zL-K3i2J4tkVHLc-GE440-vKvRlr-B2Kfece84XDOSfH-kG-mW5UXeC_tGMhitdu_lqVxWFJbj-l9Tj-tfZ7kFU3wBBZlIqYjTK_MFJPGbbQt-Zh0rsa_2ZFfGHSgLZv-8YBl7e3vIpnY_BCdBrA2DD-c-4pfDEVPTXZFGqYKBAcXcu6T1A=w390-h213" width="390" /></a></div><br /><br /><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT-BR;">É uma pena que Noronha </span>–<span style="mso-ansi-language: PT-BR;"> a despeito de ter natureza exuberante </span>–<span style="mso-ansi-language: PT-BR;"> seja um exemplo “livro-texto” de má experiência de turismo, falta de
transparência no uso de dinheiro público, sectarismo e Lei de Gérson, aquela
que diz que devemos tentar levar vantagem em tudo. Pude constatar esse tanto em
uma recente visita.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT-BR;">**<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span>O turismo em Noronha é
extremamente sectário. Uma família de quatro viajantes que queira passar uma
semana na ilha tem que desembolsar cerca de R$ 3000 somente em taxa de
preservação ambiental e acesso ao parque marinho (este último é opcional, porém
abrange as melhores praias da ilha). Isso sem falar em custos de hospedagem,
passagem aérea, alimentação e transporte. Qual o percentual de famílias
brasileiras cujo orçamento de férias consegue alcançar o custo Noronha?
Certamente ínfimo, donde se conclui com assertividade que o turismo em Noronha
é sectário socialmente. O “S” do ESG passa longe.</p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT-BR;">Detalhe – o ingresso
ao parque marinho é uma inovação recente. Basicamente, loteou-se a ilha em
praias públicas e não-públicas. Dá-lhe “S”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT-BR;">Ainda sobre as taxas –
há sentido em um visitante pagar taxa de preservação ambiental que monta a
cerca de R$ 600 por pessoa para uma semana? Aqui não se questiona a necessidade
de preservar a natureza e a biodiversidade, mas sim a aplicabilidade e a
magnitude da taxa. Há municípios que também cobram uma taxa diária dos hóspedes
em hotéis (detalhe: em Noronha você paga mesmo que vá para uma casa de um
familiar) – o que faz algum sentido pois a população pendular acaba por
demandar mais serviços de coleta de lixo, gera mais esgoto, e por aí vai. Porém
a desproporção entre o valor da taxa ambiental cobrada em Noronha pelo governo
de Pernambuco e as taxas municipais comumente praticadas em outras localidades
brasileira ou é injustificada ou embute uma premissa de que o ser humano produz
5x mais lixo e esgoto em Noronha do que em outro local qualquer.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT-BR;">Além disso, é
questionável se o turista (ao menos o brasileiro) deveria pagar pela
preservação do ambiente. Vejamos – se não houvesse turismo por qualquer motivo
(exemplos: fechamento do aeroporto para obras, pandemia), não haveria receita
para preservar o ambiente e então deixa de ser uma prioridade. Bem, se há
dinheiro de reserva para essas eventualidades, isso reforçaria o ponto de que o
valor é excessivo, pois supera os custos correntes. Se não há dinheiro para a
época de vacas magras e, ainda assim, o custo de profissionais e estruturas de
preservação ambiental são honrados, a conclusão é que a preservação é uma
obrigação ordinária do governo estadual. Se é uma obrigação ordinária, por que
há uma cobrança adicional? Os impostos que os brasileiros pagam a nível federal
(que geram repasses ao governo Pernambucano) bem como os impostos estaduais
pagos pelos moradores de PE já compõem arrecadação para fazer frente a, dentre
outras obrigações do estado, a preservação ambiental e – bingo! – Fernando de
Noronha está incluso neste pacote. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT-BR;">**<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT-BR;">Sobre o “G” do ESG – a
governança passa longe. Não há transparência alguma sobre o uso dos recursos
arrecadados dos visitantes de Noronha. Até por isso, o arquipélago ora parte de
PE é disputado por outros estados como RN. Há parlamentares que já questionam a
transparência do uso de recursos, como mostra o link abaixo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span lang="EN-US"><a href="https://www.alepe.pe.gov.br/2022/03/30/priscila-krause-quer-avanco-de-pl-sobre-transparencia-na-gestao-de-noronha/"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">https://www.alepe.pe.gov.br/2022/03/30/priscila-krause-quer-avanco-de-pl-sobre-transparencia-na-gestao-de-noronha/</span></a></span><span style="mso-ansi-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT-BR;">Se o leitor der um
google “Fernando de Noronha taxa de preservação ambiental transparência” não
vai encontrar muita coisa. Na maior parte dos links há a lei que instituiu a
cobrança e/ou links para pagamento antecipado para quem deseja visitar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT-BR;">Dinheiro, afinal, não
tem carimbo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT-BR;">**<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT-BR;">O “E” do ESG também é
suspeito em Noronha, apesar de toda a preocupação de se preservar a natureza. O
combustível que abastece a ilha viaja de barco, veículo este que por seu turno
gera emissão de carbono. Ao chegar ao porto, o combustível é transportado ao
único posto de abastecimento da ilha e para a usina térmica, o que gera mais
consumo de energia. A térmica gera eletricidade queimando o combustível que lá chega
a duras penas e, pasmem, parte da eletricidade é usada para recarregar baterias
de carros elétricos. Será que os ambientalistas não aprenderam que, quanto mais
processos de transformação, maior o volume de perda energética? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT-BR;">Já se estudou a
instalação de geração eólica, que poderia complementar as captações solares
existentes atualmente. A ilha teria uma geração mais limpa e, se atingir 100% de
geração renovável, faria sentido a predileção por carros elétricos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT-BR;">**<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT-BR;">A má experiência é
completada por outros fatores. Em Noronha, tudo é precificado a patamares de Suíça
– é certo que as mercadorias têm que embutir um custo de frete alto e
inevitável. Porém, a alimentação é caríssima e de qualidade mediana, mesmo em restaurantes recomendados. Paga-se muito caro pelo que se recebe. Se o
preço “tem que ser” alto por fatores geográficos, que a ilha se preocupe em
entregar experiência condizente (a partir de treinamento e capacitação) e,
paralelamente, tente otimizar o transporte de forma a diminuir o custo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT-BR;">Além do quê, há certos
limites do razoável. Uma jarra de suco R$ 90 no quiosque da praia? O aluguel de
um guarda-sol R$ 100? (detalhe: o guarda sol só viaja de barco uma vez, é um
bem durável). Exemplos abundam.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT-BR;">Um local onde os
preços são exorbitantes não conta, por exemplo, com uma drogaria com bom
sortimento de medicamentos. Há duas farmácias na ilha com estoque bem limitado.
Na necessidade de um antiviral ou antibiótico específico, o visitante ficará à
deriva.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT-BR;">O sinal de celular é
outro fator que beira o ridículo. Funciona muito mal e intermitentemente. Quando
chove, cai tudo, internet e voz, a ilha fica incomunicável. Qualquer nação que
vislumbre invadir Noronha deveria fazê-lo durante uma tempestade, pois o
continente brasileiro só ia tomar ciência quando a chuva passasse e o sinal de celular fosse
restabelecido. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT-BR;">E a cereja no bolo é a
Lei de Gérson versão Noronha, materializada pelas blitzes de lei seca na ilha.
Isso mesmo! Lei seca em Noronha, local hipercastigado por acidentes de trânsito. Quanto às blitzes, não é piada, elas acontecem diariamente. Detalhe:
os policiais só testam os turistas. Deve ser porque os ilhéus são abençoados
pelos deuses do oceano que os libertam do perigo de causar acidentes de
trânsito.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT-BR;">Estando no Brasil,
podemos imaginar o objetivo arrecadatório “caixa-dois” da sanha de blitzes na
ilha. Se o governo fosse sério, gastaria esforços em fiscalizar os bugres de
aluguel que circulam na ilha, muitos em situação deplorável (sem limpador de
para-brisa, sem farol) ou em melhorar as condições das pistas, fatores que, estes sim, podem fazer diferença no risco de acidentes de
trânsito. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT-BR;">**<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT-BR;">Resultado? Em 2019,
pré-pandemia, Noronha atingiu a incrível marca de 1976 visitantes estrangeiros.
Isso mesmo, menos de dois mil. Os estrangeiros, normalmente com poder
aquisitivo maior do que os brasileiros, já devem ter informações de que a
infraestrutura é pífia. Dos mais de 6 milhões de estrangeiros que visitaram o
Brasil em 2019, apenas um punhado deles optou por incluir Noronha no roteiro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT-BR;"><a href="https://www.noronha.pe.gov.br/fernando-de-noronha-apresenta-fluxo-turistico-de-2020-2/">https://www.noronha.pe.gov.br/fernando-de-noronha-apresenta-fluxo-turistico-de-2020-2/</a><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT-BR;">Para comparar com uma
nação insular de área também diminuta, há o exemplo de Bermudas. A área é maior
do que a de Noronha, mas ainda assim bem pequena. Bem, Bermudas recebe cerca de
700 mil turistas por ano. Claro que a comparação deveria ponderar fatores como facilidade de acesso, população insular e outros, mas aqui o objetivo é mostrar a desproporção dos resultados e o potencial de turismo e renda não-endereçado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT-BR;">De erro em erro, Noronha
nunca atingirá sua plenitude econômica, ambiental ou social.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p><p></p>Mariano Andradehttp://www.blogger.com/profile/11834326288965556253noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9157658726984580615.post-60612553738629560422022-12-10T15:12:00.009-08:002023-01-24T13:56:18.564-08:00Haddad nauseam<p> </p><p>(Por: Mariano Andrade)</p><p><i><br /></i></p><p><i>"Stupidity and human incompetence are the great evils, not ambition and glory."</i> (Robert Greene)</p><p></p><p class="MsoNormal"><i><br /></i></p><p class="MsoNormal"><i>Ad nauseam</i> é um termo em latim que, traduzido ao
pé-da-letra, quer dizer “até causar náuseas”. É comumente usado quando queremos
descrever algo que é repetido à exaustão, como por exemplo uma argumentação que
repete sempre o mesmo ponto.<o:p></o:p></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgQxkEI4US0c7po1Rm7JkMB5fZnP-GJeDOYfCxZGVBi9HyVTXdVHfKfGkZXDZWSoNVKZpcrNrmLYjdRDtm0xOzvG0lYlfqVdfJTNmSoHTIHzf9lQVszf3ILGnnMfY7VXGeGwf3oP_qzi5qbNGWGaIBA8cOfFRqHxzaRmquzVfnrCnFPzr5asRqNOxkE5g" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="356" data-original-width="292" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgQxkEI4US0c7po1Rm7JkMB5fZnP-GJeDOYfCxZGVBi9HyVTXdVHfKfGkZXDZWSoNVKZpcrNrmLYjdRDtm0xOzvG0lYlfqVdfJTNmSoHTIHzf9lQVszf3ILGnnMfY7VXGeGwf3oP_qzi5qbNGWGaIBA8cOfFRqHxzaRmquzVfnrCnFPzr5asRqNOxkE5g" width="197" /></a></div><br /><p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A nomeação de Fernando Haddad para o ministério da fazenda é
uma piada de mau gosto em uma área que merecia o mínimo de seriedade do
presidente eleito, mesmo sendo ele do calão que é. Na carência de novas figuras
que não tenham sido manchadas pela lava-jato – o que, agora, deixou de ser
importante, já que as altas cortes pacificaram que o crime compensa no Brasil – há alguns
anos o PT “inventou” Fernando Haddad para cargos executivos. Ele conseguiu se
eleger prefeito de São Paulo em 2012 e sua gestão foi esmagadoramente reprovada
nas urnas – quando concorreu à reeleição em 2016, não venceu em nenhuma zona
eleitoral e obteve menos votos do que brancos e nulos. Perdeu no primeiro turno.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Não obstante, o PT lançou Haddad para a presidência em 2018.
Ele perdeu no 1º e 2º turnos, inclusive na cidade e no estado de São Paulo. Em
2022, perdeu a eleição para o governo de São Paulo, também em dois turnos. Ou seja,
quem conhece na prática a “capacidade” executiva de Haddad já o rejeitou cinco
vezes.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Mas o PT insiste <i>ad nauseam</i>. O objetivo é tornar
Haddad um protagonista custe o que custar, pouco importa que seja um inepto na avaliação do eleitorado –
ele já foi escolhido como o novo poste. Haddad é o candidato “<i>call center</i>”:
as operadoras de celular nos importunam com ligações oferecendo pacotes
promocionais para a migração, e tornam a chamar mesmo com repetidas negativas
do cliente. O PT é igualzinho, tenta empurrar Haddad goela abaixo de qualquer
jeito, mesmo já tendo recebido sonoros “nãos”. Mas, se não vai nas urnas, vai
por nomeação.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Derrotado nas urnas (de novo), Haddad foi cotado para as pastas da educação, do
planejamento e da fazenda, além de outros cargos no governo Lula 3. Parece
até que é alguém bem-sucedido em diferentes setores da economia, seja como
empresário ou executivo, alguém que seja um curinga, um líder transformador.
Mas não – Haddad teve uma passagem inexpressiva pelo setor privado, nunca gerou
riqueza ou produziu alguma coisa. Mesmo assim, dentro da irresponsabilidade
petista (leia-se projeto de poder, criação de sucessor, etc), Haddad é considerado
para atuar em diversos setores. Pensando bem, faz sentido: o resultado seria ruim
em qualquer área. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Mas o mistério acabou – Haddad será ministro da fazenda. Curioso
alguém que afirma não entender nada de economia (e que admite ter colado para
passar nas matérias) ocupar um posto na área. E pior, num momento crucial, em
que a economia brasileira tem pouca margem para erro. As “ideias” econômicas de
Haddad são idiotices estapafúrdias como moeda do Mercosul ou o sucesso da
economia soviética. A única chance de dar certo será mesmo colando de alguém.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Haddad finalmente assumirá o protagonismo almejado pelo PT, mas o resultado virá com sinal negativo.</p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O eleitorado brasileiro conseguiu a proeza de eleger Lula,
um condenado por corrupção. Lula, por seu turno, realizará a façanha de nomear
o pior ministério da História do Brasil. Dentre os nomes já anunciados não há
um empresário sequer, não há ninguém que tenha tido sucesso trabalhando no
setor privado. É a turma que se encostou no estado a vida toda (ou boa parte
dela) e acha que dá para pilotar por controle remoto. É gente que, nunca tendo tomado riscos, nunca tendo vivido sucessos e fracassos (afinal, o fracasso muitas vezes é um insumo para um futuro sucesso) vilipendia a ambição e a glória.</p>
<p class="MsoNormal">Flavio Dino é um bom exemplo. Foi presidente da Embratur e
duas vezes governador do Maranhão. Não conseguiu alavancar o turismo no estado,
apesar de a região contar com os Lençóis Maranhenses, um lugar de beleza única,
além de diversos outros atrativos. Pelo contrário, o lindo casario histórico de
São Luís deteriorou-se a olhos vistos, não se criou nenhuma infraestrutura para
o turismo no estado e tampouco treinou-se a juventude maranhense. Como governador, foi
incapaz de estimular a produção de riqueza no estado, acreditando que “o papel
do governante é combater a desigualdade”. É incapaz de entender que crescimento econômico é o melhor motor para diminuir a desigualdade. A “Dinostia” do nosso futuro ministro da Justiça
manteve o Maranhão como o estado de menor PIB per capita do Brasil – talvez o objetivo tenha sido acabar com a desigualdade jogando todo mundo no mesmo nível de miséria.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Outro exemplo é Mercadante. Jamais produziu riqueza, é o
eterno estudante e participante de diretórios estudantis. Não conhece como
funciona a vida real, como a economia produz, cresce e emprega. Fez doutorado
em economia na Unicamp, mesma escola que “preparou” Dilma Rousseff, responsável
pela maior recessão da história do Brasil.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Acreditar que o governo Lula 3 com ministros tão desqualificados
poderá ser bem-sucedido é uma tolice tão grande quanto acreditar que os reservas do Olaria, e escolhendo justamente aqueles que nunca entraram em um jogo oficial, podem vencer o Real Madrid. Gestão é sobre as pessoas, capacidade e experiência, e os escolhidos de Lula
são absolutamente abaixo da crítica.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Lula 3 dá sinais de que será um governo pautado pelas
crenças mais esdrúxulas e que nunca funcionaram em lugar algum. Do tipo: vamos
combater a desigualdade dobrando o imposto sobre herança. O que acontecerá na
prática: êxodo de famílias ricas, fuga de capitais, menor incentivo para crescimento
empresarial e acúmulo de riqueza, o que vai gerar mais pobreza e desigualdade. Ou, então: vamos
descriminalizar pequenos delitos para haver mais igualdade. Na prática: lojas fechando,
imóveis desocupados, pessoas demitidas e, no fim da linha, mais miséria e fome.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Lula compra para si um risco desnecessário: Haddad inspira
zero confiança do mercado, ao contrário, é quase certeza de que o prêmio de
risco para ativos brasileiros subirá rapidamente logo que ele pegar o manche.
Com juros altos persistentes e talvez ascendentes, inflação alta, dólar
pressionado e fiscal destruído, a chance de Lula perder o apoio da opinião
pública é bem alto – <i>“it’s the economy, stupid”</i>, diz a máxima. Sabemos o
que acontece no Brasil com presidentes que perdem sustentação da opinião
pública. Já aconteceu <i>ad nauseam</i>.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Tudo é muito diferente de Lula 1, onde a equipe contava com
diversas pessoas de sucesso no mundo real (e havia um vento externo muito favorável). Deve estar difícil arrumar gente boa
disposta a aparecer na foto com um condenado, ou então Lula "fez o diabo" para se eleger, deve a alma a muitos caciques e precisa encaixar todos os nomes que os chefes mandam.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Tomara que o PT coloque alguém competente ao lado de Haddad
para ele poder colar. Ou não... Haddad talvez seja o melhor atalho para que esse
capítulo triste da nossa História se encerre logo.<o:p></o:p></p><br /><p></p>Mariano Andradehttp://www.blogger.com/profile/11834326288965556253noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9157658726984580615.post-38966059333553298092022-11-19T09:40:00.008-08:002022-12-12T11:10:41.870-08:00Maidan Brazil<p> </p><p class="MsoNormal">(Por: Mariano Andrade, inspirado na ideia do meu amigo
Ricardo)<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><p class="MsoNormal">A primavera ucraniana foi um movimento popular espontâneo,
iniciado no fim de 2013 e se estendendo até fevereiro do ano seguinte. A
população havia eleito o presidente Viktor Yanukovytch,
cuja plataforma incluía o ingresso do país na União Europeia. Contudo, depois
de eleito, Yanukovytch mudou de lado e se aproximou de Putin, frustrando o
sonho de prosperidade e liberdade de milhões de eleitores.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Os protestos começaram na Praça Maidan em Kiev e rapidamente
atraíram pessoas de todo o país – jovens, adolescentes, adultos, idosos. Foram
organizadas marchas até o parlamento, no intuito de cobrar uma ação do
legislativo a respeito do estelionato eleitoral.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Além dos manifestantes acampados na praça, havia o movimento
Automaidan. Eram centenas de pessoas que circulavam as imediações dirigindo seus
próprios carros, servindo de sentinela e apoio logístico.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O governo respondeu com violência. A polícia especial Berkut
usou bombas, armas de fogo, cassetetes de ferro, produzindo mortos e feridos
durante os meses do protesto. A Berkut também destruiu os carros dos
participantes da Automaidan, violando a propriedade privada.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Ao fim e ao cabo, o movimento venceu. O presidente renunciou
e fugiu de Kiev, sendo que o parlamento convocou novas eleições para dezembro
de 2014. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A história (nesse caso, História com maiúscula) é contada de
forma magistral no documentário <i>“Winter on fire – Ukraine’s fight for freedom”</i>. A produção
mostra imagens da época e depoimentos atuais de alguns dos participantes.
Algumas declarações reverberam na cabeça do espectador:.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">“Se nos calarmos agora, teremos
que nos calar para sempre.”<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">“As pessoas protestam porque
estão cansadas e enojadas.”<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">“Nunca seremos escravos.”<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">“As pessoas saíram às ruas e
mostraram que nós temos o poder.” </p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgU6b12qiEzJTJMsipFWtS2WP0SAKPFHCYt8HrhQR4e9H9qO3rCUDfrQOZPPSOB2zhx7FmNTcnYbxc1Sj4KO00jPE67RyLHONwnoLZkhWBZB9G4RYhGEp8Fwzzx3OqDgd3d8NxutsO08QVCB2KeGYWOqv72yE5uPKi874eYHH13IQ11naR6-ZPUZo3Haw" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="328" data-original-width="586" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgU6b12qiEzJTJMsipFWtS2WP0SAKPFHCYt8HrhQR4e9H9qO3rCUDfrQOZPPSOB2zhx7FmNTcnYbxc1Sj4KO00jPE67RyLHONwnoLZkhWBZB9G4RYhGEp8Fwzzx3OqDgd3d8NxutsO08QVCB2KeGYWOqv72yE5uPKi874eYHH13IQ11naR6-ZPUZo3Haw" width="320" /></a></div><br /><br />(Será que a Netflix pensou em usar o título "Democracia em vertigem" para esse documentário?)<br />
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p>**</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">As manifestações populares que eclodiram no Brasil após a
apuração oficial do TSE trazem muita semelhança com a primavera ucraniana. É
uma Praça Maidan <i>made in Brazil</i>.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Trata-se de movimentos espontâneos, com gênese pacífica, e
sem uma liderança com interesses políticos ou econômicos. Tal qual os
movimentos populares que o Brasil vivenciou em 2013, cujo estopim foi o aumento
da tarifa de transporte público, mas que escalaram para uma cobrança da sociedade
pelos desmandos e desvios da classe política. Ficou claro naquele momento que os
políticos não representavam o povo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Hoje, os manifestantes parecem pedir, sobretudo,
transparência no processo eleitoral. Há diversos estudos que mostram várias
aberrações estatísticas nos dados oficiais da apuração (probabilidade ínfima de
ocorrer), há inúmeros eleitores nas redes sociais que mostram que suas seções
não aparecem na contagem divulgada pelo TSE, há clips de eleitores que foram
votar e foram alertados que já haviam “votado”, enfim, a lista de
intercorrências é extensa.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O relatório das Forças Armadas, de escopo limitado por
definição, demonstra falhas de segurança e prováveis vulnerabilidades no
processo. O objetivo do estudo nunca foi determinar se houve ou não fraude, e
tampouco foram disponibilizados insumos para viabilizar tal análise. Contudo, o
parecer das Forças Armadas lança uma dúvida razoável sobre a higidez da
apuração, em total desacordo com a infantil propaganda do TSE de que o sistema
é inviolável. Qualquer profissional de TI sabe que não existe ambiente
inviolável – não fosse assim, não haveria tantas fraudes cibernéticas mundo
afora, bastaria que bancos, lojas on-line, Google, Apple, NASA e CIA contratassem
o TSE. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Portanto, a persistência dos manifestantes não é calcada em
suposições ou ilações. Há legitimidade mais do que suficiente para cobrar uma
investigação séria e isenta sobre o pleito eleitoral. O poder emana do povo e ora
ele quer saber, <i>beyond reasonable doubt</i>, se sua vontade foi refletida no
resultado e se o presidente eleito representa, de fato, a maioria. Se as
autoridades entendem tal ímpeto como antidemocrático ou golpista, significa que
não há mais democracia e que o golpe já foi perpetrado.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">As altas cortes desdenham das dúvidas e questionamentos que
pairam sobre o processo eleitoral. “Perdeu, mané” é a expressão mais tosca do
repertório com que os ministros já nos brindaram. O presidente do TSE, por seu
turno, comparou a possibilidade de fraude à existência de vida extraterrestre –
péssimo exemplo, se o magistrado pesquisasse veria que esse tema é um debate
antigo no meio científico, havendo pesquisadores reputados que defendem que a
probabilidade de haver vida (não necessariamente inteligente) no espaço é bem
alta. Também há linhas de pesquisa que concluem o oposto – a probabilidade seria
baixa. Mas, crucialmente, não há nenhum cientista que proclame seu parecer como
definitivo, à prova de bala ou inviolável.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">(P.S. O dom da palavra parece faltar ao magistrado. Na
verdade, sua declaração foi “pode haver vida extraterrestre, também pode não
haver”. Nesse caso, há que se concordar que há 100% de certeza nessa
declaração, mas ela não serve de nada. É como dizer “amanhã pode chover ou
não”, “o Brasil pode ou não ganhar a Copa”, “houve fraude, ou não houve”.)<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">É curioso que a mídia critique as manifestações,
classificando-as como “antidemocráticas”, “golpistas”, “ilegais”, e por aí vai.
Não há indício de que as manifestações de 2013 no Brasil e na Praça Maidan
tenham sido adjetivadas dessa forma.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A imprensa, que aplaude as canetadas, perseguições e multas que
acometem empresas e indivíduos idôneos que apenas pedem explicações, deveria
também aplaudir a covardia da Berkut, muito bem retratada no documentário,
inclusive com disparos contra membros da Cruz Vermelha e destruição de remédios
em unidades médicas de apoio. Será que se o movimento brasileiro escalar para a
violência (tomara que não aconteça), a imprensa endossará bombas, cassetetes de
ferro, mortos e feridos, tudo em “defesa da democracia”?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">As autoridades já tentaram impedir as famílias de levar suas
crianças aos locais de vigília, já ameaçaram confiscar água mineral e alimentos
das tendas de apoio. Agora, o TSE convocou os comandos das PMs estaduais. para
uma reunião extraordinária. Mas tudo isso é democrático, certo? Imprensa, algo
a dizer sobre a nossa Berkut?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O governo ucraniano “dobrou a meta” quando o conflito piorou,
baixando leis ridículas: proibição de uso de capacetes, proibição de cinco
carros ou mais trafegarem juntos (mesmo em funerais e casamentos), proibição de
erguer palanques ou palcos, etc. A nossa versão é diferente – censura e
suspensão de redes sociais, ou seja, tudo muito mais democrático. Sem qualquer pio
da imprensa ou careta enojada do William Bonner.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Já se observa que alguns cúmplices da campanha de Lula –
economistas famosos, Simone Tebet e outros – começam a fazer água. Criticam o
objetivo de gastança do PT, menos de um mês depois do pleito. Seriam eles
também antidemocráticos? Afinal, também estão protestando à sua maneira. Não,
não são antidemocráticos, são apenas irresponsáveis, embora a mídia não tenha
coragem de dizê-lo. Como formadores de opinião, apoiaram um indivíduo inepto,
ex-condenado por corrupção e sem qualquer plataforma de governo – deram-lhe um
cheque em branco e agora reclamam do valor com que ele preencheu o cheque.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">** <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Os ucranianos protestavam contra um presidente eleito. Não
se contestava o resultado das urnas. Sob esse prisma, pode-se dizer que o nosso
movimento é ainda mais legítimo do que a Maidan. Ou será que só haverá direito
de protestar se Lula não entregar cerveja e picanha, estelionato eleitoral já
contratado para quem sabe fazer conta?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O poder emana do povo e seus mandatários são transitórios,
embora eles teimem em esquecer isso. Esticam a corda até um ponto em que perdem
o controle. É impossível calar todos, como Yanukovytch pôde constatar. A imagem
seguinte fecha o artigo melhor do que o autor poderia. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiwMkJsEttNt4X642kNVsh9G89VN0zbHB52lI5w4jztGVPfcS5FUS0PQIazv1AT-RlRyND3Fd_mrIAs3AajDd-BOkP1V51tTHmlkxv905DV44B_tlONlZU206VGa3k1VfOa_JPPK48oh6mie5OEAb_22Toa-gFy-jPHH6MOIMB2rkRQWrnLCQcI5uJgsw" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="733" data-original-width="599" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiwMkJsEttNt4X642kNVsh9G89VN0zbHB52lI5w4jztGVPfcS5FUS0PQIazv1AT-RlRyND3Fd_mrIAs3AajDd-BOkP1V51tTHmlkxv905DV44B_tlONlZU206VGa3k1VfOa_JPPK48oh6mie5OEAb_22Toa-gFy-jPHH6MOIMB2rkRQWrnLCQcI5uJgsw=w327-h400" width="327" /></a></div><p class="MsoNormal"><br /></p>Mariano Andradehttp://www.blogger.com/profile/11834326288965556253noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157658726984580615.post-61917611668887166372022-10-31T05:18:00.025-07:002022-11-30T06:27:42.854-08:00Falência múltipla<p><b style="color: #2b00fe;">FOR THE ENGLISH VERSION, PLEASE SCROLL DOWN</b></p><p><b style="color: #2b00fe;"><br /></b></p><p>(Por: Mariano Andrade)</p><p>Em medicina, a falência múltipla de órgãos caracteriza um quadro clínico
em que mais de um sistema vital para de funcionar adequadamente. Muitas vezes, a própria defesa do organismo torna o processo mais instável, dificultando o tratamento eficaz. Pacientes com falência múltipla de órgãos muitas vezes não têm prognóstico, é uma questão de tempo até virem a óbito. Praticamente, só lhes resta a fé.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Quando um paciente morre de falência múltipla de órgãos, não se pode
ao certo afirmar qual sistema ou órgão foi responsável pelo desfecho final.</p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiamQe8zTiq6iPvSqahHWAvCzM2G0jjdp4uOLnBu_PxAV9BwPM_mq4Ja6HIVFgyAxaqm1l_49Z-96tGMKNNTepTRaYvotIwngIH8ANApsvngsbZm7864rSi-f4-66Eq5ILlZiuJj_8juGQVMOXhDJevLF_rAo36xsf75VoNXVrrhyI8JwfC0Biheva7-g" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="225" data-original-width="548" height="131" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiamQe8zTiq6iPvSqahHWAvCzM2G0jjdp4uOLnBu_PxAV9BwPM_mq4Ja6HIVFgyAxaqm1l_49Z-96tGMKNNTepTRaYvotIwngIH8ANApsvngsbZm7864rSi-f4-66Eq5ILlZiuJj_8juGQVMOXhDJevLF_rAo36xsf75VoNXVrrhyI8JwfC0Biheva7-g" width="320" /></a></div><p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A eleição de Lula é a falência múltipla do Brasil.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Para combater um governo que não agradava a diversos setores
da sociedade – vários deles alijados das benesses polpudas e imorais de outrora
– o Brasil testemunhou uma subversão da realidade e uma relativização de conceitos que certamente atacará o
país em diversos flancos. Quem se ilude quanto a isso nada mais é do que um
tolo.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">O país não tem prognóstico.</p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Falência moral.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Somos a primeira nação do mundo a eleger um condenado e
preso por corrupção para um cargo executivo. A honestidade deixou de ser uma
condição essencial para o tratamento da coisa pública. O texto poderia parar aqui – trata-se de uma disfunção que leva à falência de outros valores. Quem aceita
votar em Lula, aceita votar novamente em Sérgio Cabral e – dada nossa nova (des)ordem moral – provavelmente terá a chance de fazê-lo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Várias gerações cresceram ouvindo a máxima de que “no
Brasil, só pobre vai preso”, ou “no Brasil, a única coisa que dá cadeia é
deixar de pagar pensão”. Tivemos o privilégio de ver isso mudar: cidadãos poderosos,
ricos e influentes foram encarcerados, verdadeiras fortunas desviadas dos cofres
públicos foram devolvidas. O país, finalmente, estava se tornando um império da
lei.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Conseguimos a infeliz proeza de não só soltar os corruptos
presos, para agora elegermos o chefe da quadrilha que, certamente, colocará em
cargos estratégicos seus companheiros de crime. Ou alguém acredita que Lula virou
um político probo ou que se aterá a indicações técnicas e apartidárias? Ao longo do mandato, muitos fantasmas aparecerão.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Lula jamais se desculpou pela corrupção da era PT – desculpas
essas devidas mesmo com a fantasiosa narrativa do “eu não sabia” (lembram?). Os
eleitores de Lula, quando indagados sobre corrupção, invariavelmente respondem
com os “51 apartamentos de Bolsonaro” ou “as rachadinhas”. Esquivam-se do tema,
preferindo relativizar os malfeitos. Há uma diferença, porém – Lula foi
condenado por 20 juízes, Bolsonaro não. Ainda há a presunção da inocência no Brasil?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A moral da sociedade brasileira parou de funcionar. Aqui, o crime compensa.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Falência política.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Lula elegeu-se aliando-se a pessoas que ele odeia (e que o
odeiam), a começar pelo vice Geraldo Alckmin, eterno antagonista ao PT.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Lula aliou-se a Tebet, uma oportunista descarada e cuja companheira de
chapa o acusou de mandante de assassinato. A que ponto chegamos? Vale qualquer associação pelo poder.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Lula não apresentou nenhuma proposta – elegeu-se pela sua
persona. Culto à personalidade historicamente termina em fracasso. Bolsonaro,
por outro lado, perdeu a eleição devido à sua persona. A política brasileira se
resume a isso: "gosto" ou "não gosto" do candidato. Pouco importa o que ele
pretende fazer e o legado que deixará ao final do mandato. O eleitor se esquece de que personas mudam, mas o legado fica.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O país elegeu um ex-condenado por corrupção e deu a ele um cheque em branco. Que legado esperar?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Falência institucional.</p><p class="MsoNormal">"Eleição não se ganha, se toma". Essa fala de um ministro do STF já esgotaria o tema – a mais alta corte do país entende que as eleições não precisam ser limpas.</p><p class="MsoNormal">A autoridade eleitoral, por sua vez, é contrária ao aumento de transparência, vendendo a ideia esdrúxula de que temos a melhor tecnologia do mundo em sistemas de votação, definitiva e inviolável. Incrível não termos empresas tão grandes e poderosas como Apple, Samsung, Google, não? Num país onde tudo demora (apesar da auspiciosa digitalização da economia promovida nos últimos anos), somos capazes de "apurar" 120 milhões de votos em 3 horas. A eleição poderia passar a acontecer no dia 1º de abril.</p><p class="MsoNormal">A cruzada contra Jair Bolsonaro destruiu a separação de poderes – vimos o judiciário legislar livremente, sem qualquer questionamento do parlamento. Que democracia é essa? Com um parlamento de centro-direita, alguém tem dúvida de que o STF seguirá interferindo no processo legislativo?</p><p class="MsoNormal">Lula indicará dois ministros do STF nesse mandato. Alguma dúvida de que serão amigos, com os quais volta e meia Lula troca tapinhas no rosto? Gente da pior espécie, gente que coloca favores, persona e lealdade política acima dos valores institucionais.</p><p class="MsoNormal">**</p><p class="MsoNormal">Falência da ordem.</p><p class="MsoNormal">A pauta de Lula e seus aliados contém temas como descriminalizar pequenos delitos e outros afins. Claro, a chapa contou com apoio maçiço e explícito de organizações criminosas. </p><p class="MsoNormal">A Califórnia, estado dos mais ricos dos EUA, descriminalizou <i>shoplifting </i>(pequenos furtos no varejo) há alguns anos. Resultado – várias empresas fecharam suas lojas e demitiram funcionários. É exatamente o que nos espera, uma "violência do bem" destruindo a economia e o emprego.</p><p class="MsoNormal">Isso sem falar na "violência do mal", aquela que vem por atacado.</p><p class="MsoNormal">**</p>
<p class="MsoNormal">Falência sucessória.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Em 40 anos de política, Lula não formou nenhum líder para
sucedê-lo. Quem pensa que, depois de 4 anos, passará o bastão a Alckmin deve
morar em outra galáxia. Se sua saúde lhe permitir, Lula concorrerá à reeleição
em 2026 e, provavelmente, sem Alckmin na chapa.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">E, assim sendo, não escaparemos de mais uma campanha
lamentável, dominada pelas personas e pelo populismo. Para um povo de pouca
instrução como o nosso, não há chance de um candidato técnico e com agenda propositiva (Tarcísio ou
Zema) competir com uma figura como Lula. Lula é capaz de mentir fragorosamente
em campanha, de prometer picanha, cerveja, pão e circo – a receita para atrair
um adversário também populista para a contenda.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">No mínimo, há que se admitir que Bolsonaro seria o “<i>waze</i>
eleitoral”, o caminho mais rápido para termos alguma chance de, em 2026,
escapar da polarização que tanto emburrece. Carisma não se transmite, e os
líderes forjados por Bolsonaro não gozam do mesmo carisma que ele. Portanto, só uma persona (Bolsonaro de novo?) poderá fazer frente a Lula da Silva. </p><p class="MsoNormal">Por segurança, Lula tratará de manter o “nós contra eles”, de infernizar a vida dos estados
governados por opositores e de tentar poluir a agenda política com caças às
bruxas. Tudo para evitar o surgimento ou consolidação de novas lideranças.</p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Falência jurídica.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O sistema judiciário do Brasil foi desmontado para que Lula
pudesse concorrer à presidência. Os processos, julgamentos e decisões de um sem-número
de juízes foram simplesmente rasgados. Como podemos esperar doravante uma
sociedade onde todos são iguais perante a lei?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Há alguns anos, Lula já havia afirmado que Sarney não era um homem comum perante
a lei. Lula não acredita no império da lei, nunca foi um conceito que lhe agradasse,
afinal é um ególatra que espera que a lei se molde à sua conveniência. Agora, <i>powered by STF</i>, Lula é a lei, e assim será.</p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Falência administrativa.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A eleição de Lula vai custar caro para a sociedade brasileira.
Lula deve favor para muita gente – TSE, STF, partidos, políticos, banqueiros, e
outros “democratas”. Quem espera que o governo Lula seja pautado por indicações
técnicas pode voltar para Marte.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A cartilha petista é indicar para cargos importantes os “companheiros”
derrotados nas urnas. Então, teremos que engolir figuras como Fernando Haddad,
Olívio Dutra e outras tantas que causam náuseas e para as quais o eleitor já disse "não!". Exagero? Quem foi o primeiro
presidente da Petrobrás da era Lula? José Eduardo Dutra, então recém-derrotado na
eleição para o governo do Sergipe.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Com indicações políticas, a chance de termos melhoria nos
serviços públicos é nula. Também não esperem um ambiente acolhedor para investimentos
privados, teremos gente medíocre em todos os escalões, incapazes de inovar e promover as alavancas do crescimento.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Falência federativa.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O Nordeste foi instrumental para a eleição de Lula. Trata-se de uma região pobre
justamente por ser governada majoritariamente por partidos de esquerda desde a
redemocratização, e, com isso, fadada a nunca realizar seu potencial econômico. A região produz pouco e tem muitos eleitores, uma receita
perfeita para o clientelismo e a servidão – terreno perfeito para provar empiricamente as teorias de Hayek.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O Nordeste jamais terá progresso com Lula ou outro governo
de esquerda, pois ali reside sua possibilidade de se perpetuar no poder, não
sem custar aos cofres públicos obras populistas, transferências de renda
eleitoreiras e outros movimentos bem conhecidos. Ocorre que os estados que
geram mais riqueza têm legitimidade para questionar essa equação: afinal, para
que trabalhar e produzir, se os tributos são revertidos para benefícios (de curto prazo e populistas, majoritariamente) de outrem?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A União Europeia está sendo desmantelada justamente pela
disparidade dos países-membros. Os alemães não querem mais financiar a Grécia,
tal qual SP em algum momento não concordará em bancar o clientelismo
nordestino.</p><p class="MsoNormal">Alguns preferem o caminho do progresso, outros trilham (ou são obrigados a trilhar) o caminho da servidão. Essas agendas tão díspares são incompatíveis numa união federativa.</p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Falência informacional.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Lula acredita no controle da mídia – falou sobre o assunto
sem nenhuma censura (oops) durante a campanha. A grande mídia espera voltar a
mamar nas tetas do estado e, claro, dará a contrapartida de noticiário
favorável ao governo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">É daí para pior. Durante o processo eleitoral, testemunhamos
uma censura descarada, inclusive com prerrogativas censoras ex-ante, virou <i>minority report</i>. Para
tanto, contou-se com o voto lamentável de uma ministra do STF, “eu sei que está
errado, eu sei que é ilegal, mas vou aprovar”, um momento singularmente trágico para nossa história.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Durante o governo "fascista" de Bolsonaro, os “artistas”
puderam postar imagens do presidente num caixão com flores, ou montagem de um
jogo de futebol onde a bola era a cabeça do presidente. Um jornalista desejou
publicamente a morte de Bolsonaro quando o presidente contraiu covid-19. Bolsonaro
é o fascista mais incompetente da História, pois deixou a sociedade falar mal à
vontade. Pior: deixou haver eleições livres, vejam só!<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Já os “democratas” das altas cortes pensam diferente. Prendem quem posta
comentários negativos sobre eles, invadem contas de celular e por aí vai. Abusam do poder
que têm e do que não têm, não tendo nenhuma censura (oops) em legislar amiúde. Ah, e nada de eleições justas.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Essa será a tônica do governo Lula: adeus informação, adeus
contraditório, adeus liberdade de expressão. Virá aos poucos, para ninguém perceber. Quando a sociedade se der conta, a água já estará fervendo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Falência internacional.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Os fanfarrões Macron, Di Caprio, Mark Ruffalo e outros
dementes hipócritas vão comemorar a vitória de Lula. O senil Biden, se lograr compreender o
que se passa, também. Porém confundir confete e serpentina com respeito e
relevância internacionais é uma infantilidade descomunal.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Lula é um despreparado, capaz de declarar que a guerra da Ucrânia se resolve
com cerveja (precisa da picanha acompanhando?). Só isso já bastaria para descreditá-lo internacionalmente – desrespeita interlocutores
que buscaram a paz antes de o conflito ser deflagrado, desrespeita jovens que vão
lutar na guerra, desrespeita os mortos e seus familiares. Um ultraje.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Mas Lula é ainda pior: é o "idiota útil" modelo exportação. Lula
jamais admitiu o erro de apoiar o chavismo, regime ditatorial que destruiu o
país outrora mais rico da América do Sul. Lula jamais se furtou a enaltecer
Cuba, algo incompatível com prezar pela democracia. Nos mandatos anteriores, Lula
simpatizava com o Irã e o Estado Islâmico, aquele que decapitava jornalistas
ocidentais. A Nicarágua parece ser a queridinha da vez. Beijar a mão de ditadores e ter respeito internacional são situações mutuamente excludentes.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">"Ah, mas teremos Meirelles". Irrelevante – pode ser
Dilma ou Mantega também, o destino é o mesmo, só muda a velocidade. O
investidor internacional vai capturar o <i>relief rally</i>, se houver, e
depois vai destinar o capital para jurisdições onde a propriedade privada e a
lei sejam respeitadas. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A lista é longa, há outras tantas falências que contratamos
para a sociedade brasileira ao eleger Lula da Silva. Quando o país finalmente morrer, não saberemos qual “órgão”
foi responsável pelo último suspiro, mas saberemos qual foi o molusco causador. Só nos resta a fé.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p><br /></o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p><br /></o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p><span style="color: #2b00fe;"><b>ENGLISH VERSION</b></span></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in;"><span style="font-size: 12pt;">Written by Mariano Andrade<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in;"><span style="font-size: 12pt;">Translated by Ascanio V. Roquette<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">Revised by Randall H. Johnson<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">In medical terms, multiple-organ failure characterizes a clinical condition in which more than one vital system stops working properly. Oftentimes, the body's defense system itself makes the process more unstable, thereby making effective treatment more difficult. Given that, in general, death is just a question of time for patients with multiple-organ failure, no prognosis is given. Virtually, faith is all they are left with.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">When a patient dies due to multiple-organ failure, no one can say for certain which system or organ was responsible for the final outcome.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">Lula's election symbolizes Brazil's multiple-organ failure.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">In order to fight an administration that didn't please many sectors of society – several of which were jettisoned from the considerable and immoral political patronage long ago – Brazil has gone through a reality subversion and a relativization of concepts that will certainly hit the country from different angles in the future. Those who let themselves be deluded by it are nothing short of foolish.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">There is no prognosis for the country.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">**<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">Moral failure.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">We are the first country in the world to elect a President that had previously been convicted and arrested on the grounds of corruption. Honesty is no longer a fundamental basis for handling affairs of public interest. This article could very well end here as this particular flaw has to do with a dysfunction that leads to the failure of other values. Those who are prone to vote for Lula would also be willing to vote for Sérgio Cabral and – given our new moral (dis)order – they will most likely have a chance to do so.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">Several generations grew up hearing the maxim that "only poor people are placed under arrest in Brazil" or "the only thing that puts someone behind bars is when a parent fails to pay alimony". We had the privilege of witnessing a turnover in this scenario: powerful big shots – both rich and influential –, being arrested, and immense fortunes that had been fraudulently appropriated from the government coffers being returned to the Treasury. The country was finally becoming a law-abiding nation.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">Now we're faced with the woeful feat of not only releasing corrupt people from jail but also electing the head of the gang that will most certainly appoint his particeps criminis to strategic governmental offices. Or does anyone out there truly believe that Lula has turned into a purehearted politician or that he's going to insist on qualified, nonpartisan nominations for his cabinet? Many ghosts from the past will show up during his term.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">Lula has never apologized for the corruption that marked the PT party era – apologies he indeed owes to the nation even if one believes the "I didn't know" excuse (remember that?). When those who voted for Lula are asked about corruption, invariably they reply "what about the 51 apartments bought by Bolsonaro's clan in cash?" or "what about the 'rachadinhas' (a portion of the salary of ghost employees embezzled by corrupt politicians)"? They shy away from talking about this topic by relativizing their wrongdoings. There's a difference though – Lula was the one convicted by twenty different judges, not Bolsonaro. Is the "</span>p<span style="font-size: 12pt;">resumption of innocence" still in force in Brazil?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">Brazilian society's moral compass is broken. Crime pays off here.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">**<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">Political Failure.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">Lula was elected based on alliances he made with people he himself hates (the same ones that hate him back), starting with Geraldo Alckmin, an eternal antagonist of the PT party and Lula.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">Lula made an alliance with Tebet – a cheeky opportunist – whose running mate just recently accused Lula of being the mastermind behind a murder. WHAT ARE WE COMING TO? Any association for the sake of power is worth it.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">Lula didn't present any proposal – he was elected based on his persona. History shows that personality cults end up in failure. Bolsonaro, on the other hand, lost the election due to his persona. Brazilian politics comes down to "I like the candidate" or "I don't like the candidate". What the candidate intends to do and the legacy he/she will leave at the end of their term has become irrelevant. People forget that personas can change but legacies are forever.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">Brazil elected an ex-con charged with corruption and handed him a blank check. What kind of legacy can we expect?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">**<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">Institutional Failure.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">"An election is not won, it's seized". These were the words said by of one of Brazil's STF (analogous to the U.S. Supreme Court) justices, which would be enough to wrap it all up – that is to say, the country's highest court understands that elections shouldn't necessarily be clean.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">Election authorities in turn disapprove of increased transparency and go on trying to sell the bizarre idea that, as far as an election system goes, we have the world's best technology that is definitive and inviolable. It's a wonder that we don't have big, powerful corporations like Apple, Samsung, and Google, right? In a country where everything takes forever and a day to be processed (in spite of the auspicious digitalization of the economy over the last few years), we're able to poll 120 million votes in three hours' time. Elections could very well be held on April 1 (April Fool's Day).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">The crusade against Jair Bolsonaro overthrew the separation of powers – we saw how the judiciary started to freely legislate without being questioned by the parliament. What kind of democracy is this? With a center-right parliament, do any of the readers really doubt that the Brazilian STF will go on interfering with the legislative process?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">Lula will nominate two STF justices during his term. Does anyone doubt that they'll be friends with whom he exchanges cheek taps every now and then? One should expect the scum of the Earth, people who place favors, persona, and political loyalty above institutional values.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">**<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">Failure of Social Order.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">Lula and his allies' agenda comprises topics such as the decriminalization of petty crimes and misdemeanors. No wonder his ballot was massively supported by criminal organizations.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">A few years ago, California, one of the richest U.S. states, decriminalized shoplifting. As a result, a number of companies closed down their business and laid off their employees. That's exactly what awaits us – the so-called "goodwill violence" (violence in the form of petty crimes, sometimes interpreted as politically-correct, to the dismay of many) overturning both the economy and jobs.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">Not to mention the "evil violence", violence that causes mayhem and destruction for its own sake, the type of violence that comes in bulk.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">**<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">Succession Failure.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">After spending 40 years of his life in politics, Lula hasn't so far prepared any leader to succeed him. Those who think that at the end of his four-year term he'll hand the baton over to Alckmin might as well be living in another galaxy. Should he be as fit as a fiddle, Lula will run again for president in 2026 and, most likely, without Alckmin on his slate.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">That being the case, no one will be able to get away from a deplorable campaign overwhelmed by personas and populism. For a population with little education like ours, there's no chance for a qualified candidate with a positive agenda (like Tarcísio de Freitas or Romeu Zema, both elected governors) to compete with the likes of Lula. Lula is capable of lying through his teeth during his campaign, promising rump steak, beer, bread, and circuses – the recipe with which an equally populist adversary will be drawn into the fray.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">To say the least, one has to admit that Bolsonaro would be the "electoral beacon", the fastest way for us to have any chance to stay clear of the polarization that has the effect of dumbing down the electorate. Charisma can't be simply passed on to someone else and the leaders Bolsonaro managed to prepare don't project the same charisma he's endowed with. Therefore, there's only one persona (Bolsonaro again?) that could stand up to Lula da Silva.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">To be on the safe side, Lula will see to it the "us against them" thinking is kept in full force, in addition to making the lives of opposing governors a hell on earth and trying to soil the political agenda with a witch hunting campaign. All in an attempt to avoid the emergence or consolidation of new leaderships.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">**<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">Judicial Failure<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">The Brazilian judicial system was dismantled so as to open up the way for Lula to run for president. The lawsuits, judgments, and decisions of countless judges were simply torn up. How on Earth can we expect from this point on a society in which all are equal before the law?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">A few years ago, Lula stated that José Sarney (ex-President of Brazil) wasn't a common man before the law. Lula doesn't believe in the rule of law – a concept that he's never been fond of –, after all, he's a self-centered person to whom everything should suit his convenience. Given that Lula is currently being "powered by the STF", he is and will go on being the personification of the Law.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">**<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">Administrative Failure<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">Lula's election will impose a costly burden upon Brazilian society. Lula owes many favors to a lot of people – the TSE, STF, political parties, politicians, bankers, and other "democrats". Those who think that Lula's administration will be marked by qualified appointments might as well have just arrived from another planet.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">The PT Party plans to nominate those "fallen comrades" who were defeated in the recent election to fill outstanding governmental positions. Hence, we'll have to put up with such figures as Fernando Haddad, Olívio Dutra, and so many others that make anyone's gorge rise – people who have been soundly rejected by the voters! An overstatement? Who served as the first president of Petrobrás during Lula's two terms? José Eduardo Dutra, who had just been defeated in the election for the governor of the State of Sergipe.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">There will be no chance of improving public services as only politicians will be appointed to occupy key positions. Also no one should expect an environment that favors private investments as a horde of second-raters will come rushing into government offices, people who are incapable of innovating and fostering growth drivers.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">**<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">Federative Failure<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">The Northeast was instrumental for Lula's election. It's an impoverished region exactly because, since the beginning of Brazil's redemocratization, it's been predominantly governed by leftist parties and, as result, could never harness its economic potential. This region is very limited in terms of production but has many voters, a perfect recipe for political patronage and servitude – a fertile ground to empirically prove Hayek's theories.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">With Lula or any other left-wing administration, the Northeast will never thrive as it is the region that can secure leftists in office by means of using public money in populist works, electioneering transfer of income, and other well-known moves. </span><span style="font-size: 12pt;">It so happens that the states that generate more wealth have a legitimate right to question this equation: after all, why work and produce if taxes are reverted to the benefit (short-term and populist, mostly) of others?</span><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">The European Union is being dismantled precisely because of the disparity of its member-countries. Germans don't want to finance Greece any longer, as much as the state of São Paulo will by no means agree to the funding of the Northeast's political patronage forever.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">Some would rather take the road to progress while others tread (or are forced to tread) the way to servitude. Two such opposing agendas are not at all compatible with a federative union like Brazil.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">**<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">Informational Failure<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">Lula believes in controlling the media – he himself spoke about it without being censured (oops) during his campaign. The mainstream old media can hardly wait to start</span> <span style="font-size: 12pt;">living off the government teat again and, of course, is ready to make up for it by broadcasting positive news about the government.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">And it will get even worse. During the election period, we witnessed the imposition of a shameless form of censorship, including an ex-ante privileged censorship that eventually turned into a minority report. The woefully disappointing vote of one of the STF's own justices was instrumental to that end when she said "I know it's wrong, I know it's illegal, but even so I'm going to approve it" – what a particularly tragic moment in our history.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">During the "fascist" administration of Bolsonaro, "entertainers" were allowed to post images of the President inside a coffin with flowers or a soccer game in which the ball was the head of the President. When Bolsonaro tested positive for COVID-19, a given journalist made a public statement in which he wished the President dead. Bolsonaro is the most incompetent fascist that ever lived because he allowed society at large to speak freely. And what's even worse, he approved of free elections, just think about that!<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">The "democrats" of the high courts, in turn, think differently. They take anyone into custody who criticizes or posts negative comments about them, they hack cell phone accounts, and so on. They abuse their power and the power that doesn't belong to them, and they don't censure themselves (oops) when they decide to legislate. Oh, and they do away with fair elections.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">This is going to be Lula's government keynote: say goodbye to reliable information, say goodbye to the adversarial principle, and say goodbye to free speech. Everything will be taken away little by little, so as to go unnoticed. When the time is up, the country will realize it's already in boiling water and its goose is cooked.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">**<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">International Failure<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">Roisterers like French President Macron, Leonardo Di Caprio, Mark Rufallo, and other hypocritical lunatics will celebrate Lula's victory. So will the senile President Biden in case he realizes what's going on. Nevertheless,</span><span style="font-size: 12pt;"> confusing confetti and streamers with international respect and relevance is outright </span><span style="font-size: 12pt;">childishness.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">Lula is out of his depth, the kind of person who could very well state that the Ukrainian war could be sorted out over a glass of beer (will rump steak be served as well?). That in itself would suffice to discredit him internationally – he shows no respect for players that sought peace before the outbreak of a war, he shows no respect for the young people that went off to battle, he shows no sympathy for the fallen and their kinfolk. It's an outrage.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">Lula is even worse than that: he's the export model of a "useful idiot". Lula has never acknowledged the error of supporting "Chavism", a dictatorial regime that destroyed the once richest country in South America. Lula has never ceased to bow down to Cuba, something that's not compatible with respecting democracy. In his earlier terms, Lula openly showed that he was sympathetic to Iran and the Islamic State, which used to decapitate Western journalists. Nicaragua seems to be his current favorite. Ring kissing and showing international respect are mutually exclusive situations.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">"Oh, but we'll have Meirelles" back. Irrelevant! It could be Dilma or Mantega as well, the fate is the same, and only the speed is different. International investors will capture the relief rally, if any, and then direct their capital toward jurisdictions where private property and the rule of law are respected.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">**</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;"></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">The list goes on and on as there are many other failures we
have lined up for Brazilian society with Lula da Silva's election. When the
country eventually comes to an end, we won't be able to recognize which "limb"
was responsible for its last gasp but we'll know which mollusk caused it all.
Faith is all we have left.</span></p><p></p>Mariano Andradehttp://www.blogger.com/profile/11834326288965556253noreply@blogger.com131tag:blogger.com,1999:blog-9157658726984580615.post-36806800014251011292022-09-17T14:30:00.012-07:002022-09-17T17:13:30.964-07:00Esquecemos?<p> (Por: Mariano Andrade)</p><p><i style="color: #181818; font-family: Merriweather, Georgia, serif; font-size: 14px;">“Whenever we give up, leave behind, and forget too much, there is always the danger that the things we have neglected will return with added force.”</i><span style="background-color: white; color: #181818; font-family: Merriweather, Georgia, serif; font-size: 14px;"> (Carl Jung)</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">“Me
esqueçam” foi uma das frases que marcaram o ex-presidente João Figueiredo. Ao
final de seu mandato, já cansado do cargo e desgastado pela crise econômica que
há alguns anos assolava o Brasil, Figueiredo pediu ao povo que “o esquecesse”.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">“Me
esqueçam” também é o título do livro assinado por Bernardo Braga Pasqualette
que lança um olhar sobre o governo de Figueiredo, bem como relembra seus
antecedentes. Apesar de algumas passagens demasiadamente
maniqueístas (ou mesmo viesadas), a leitura do livro é interessante e
enriquecedora. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Não é
possível afirmar que o povo esqueceu Figueiredo, mas a leitura da obra evidencia que o Brasil esqueceu muitas coisas desde que o ciclo militar se encerrou. <o:p></o:p></span></p><p>
</p><p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEivnYix7WWTtxMCfhjHbCk3mv_jJBoicxOJUt3h9UYjlf6CKj0U3IPSJrtRnbCMuXoXv5_wu1Psf9S-IV6e9o4MQ1VQgCMMbENXraSddEz2JD1kYYZWc8H_MRDotTf0Y_CvhcciyCO9UcrGtadrt4uGeT5MedEdTIdrwcfsBvFEF-CtSpVxvTA4ELivUw" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="331" data-original-width="531" height="199" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEivnYix7WWTtxMCfhjHbCk3mv_jJBoicxOJUt3h9UYjlf6CKj0U3IPSJrtRnbCMuXoXv5_wu1Psf9S-IV6e9o4MQ1VQgCMMbENXraSddEz2JD1kYYZWc8H_MRDotTf0Y_CvhcciyCO9UcrGtadrt4uGeT5MedEdTIdrwcfsBvFEF-CtSpVxvTA4ELivUw" width="320" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">**<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">O livro
mostra que Jango, talvez a figura de maior antagonismo ao regime militar,
desejava voltar ao Brasil para aqui morrer. O presidente Geisel não lhe
concedeu o desejo e Jango veio a falecer na Argentina sem ter novamente pisado
em solo brasileiro. A despeito disso, a família o enterrou com a bandeira do Brasil...<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">... Quem
diria, um político de esquerda com a bandeira verde-amarela! Certamente nesses
quase 40 anos esquecemos que os símbolos nacionais não pertencem a um governo ou
a uma corrente política e sim, como o nome diz, à nação. Nenhum juiz impediu
que a família de Jango utilizasse a bandeira na cerimônia fúnebre ocorrida no
Rio Grande do Sul. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">**<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Esquecemos
também que oportunismo político e “virar casaca” são receita para gestões
desastrosas. Em 1984, José Sarney, então presidente do PDS (partido do
governo), percebendo que o PMDB (oposição) tinha mais força no colégio eleitoral
que elegeria o próximo presidente da República, renunciou ao cargo. Pior:
bandeou-se para o PMDB e foi apontado vice-presidente na chapa de Tancredo
Neves, candidatura oposicionista ao governo...<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">... Qualquer
semelhança com Geraldo Alckmin não é mera coincidência. Historicamente um feroz
crítico da moral, índole e ideias de Lula, Alckmin ora figura como candidato a
vice-presidente pela chapa de – exatamente – Lula. É precisamente um prelúdio a
um possível desastre (que Deus e nossas urnas invioláveis nos livrem!). Quando um
“vira casaca” se combina a um cabeça de chapa com saúde debilitada, tal qual a de Lula (ops, Tancredo), a História mostra que o estrago ao país pode ser ainda
pior. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">**<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">A bomba do
Riocentro foi um dos episódios marcantes do governo Figueiredo. Embora não haja
prova cabal, a versão mais aceita por pesquisadores é que militares da linha dura tenham plantado a
bomba para culpar os comunistas. Esquecemos que criar inimigos inexistentes
leva a mentira e repressão...<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">... Afinal,
hoje se investigam empresários “golpistas” por conta de figurinhas enviadas em grupos
de WhatsApp. Ou se colocam atiradores de elite no bicentenário da independência
para proteger a sociedade de manifestantes fascistas. Ou se classifica como Ku
Klux Klan uma aglomeração de pessoas de bem.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Hoje, tudo é
tachado de fascismo, todos que não concordam e não compartilham as mesmas
ideias são inimigos. As <i>fake news</i> são a nova ameaça, um crime terrível,
mesmo que não seja tipificado em nossas leis. Isso tudo, colocado em
perspectiva, soa tão ridículo quanto a “ameaça comunista” que plantou a bomba
no Riocentro há 40 anos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> **<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">O governo
Figueiredo era parceiro do Iraque de Saddam Hussein. Trocamos tecnologia e
fornecemos urânio (<i>yellow cake</i>) para o ainda nascente programa nuclear de
Saddam. Obviamente que deu ruim: o Brasil não auferiu qualquer benefício da
parceria, criou animosidades no cenário internacional e certamente perdeu
oportunidades comerciais com contrapartes mais interessantes e longevas. E
ainda amargou a crise Baumgarten, com o saldo de um jornalista morto em
condições inusuais, talvez por possuir um dossiê sobre a comercialização do
material radioativo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Esquecemos
que estar próximos de ditadores só traz mazelas. Nesses 40 anos, o Brasil se
aproximou de Cuba, Arábia Saudita, Angola, Coreia do Norte, Venezuela e outros.
Mandamos recursos para obras de infraestrutura em vários desses países enquanto
a nossa própria carece de melhorias que permitam ao Brasil crescer em todo nosso
potencial. Em troca, recebemos esquemas de corrupção, médicos desqualificados e
vergonha internacional.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">**<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Esquecemos
que a política corrompe e, acometidos por esse esquecimento, insistimos em
eleger e reeleger caciques políticos, bem como homens e mulheres já
irremediavelmente escravizados pela sede de poder. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">O livro
mostra que Lula, no início de sua ascensão como líder sindical, não tinha
ambições políticas. Inclusive dizia que não conhecia e nem queria conhecer os
princípios marxistas, que isso era coisa para políticos. Lula queria apenas
lutar para que a renda dos trabalhadores não fosse erodida pela inflação
galopante que massacrava o país. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Mas eis que
Lula se elege deputado federal, toma gosto pelo poder e o resto é História –
culminando com o maior esquema de corrupção já visto. Lula trocou a missão
sindical por um projeto de poder – e pior, nunca fez nada de útil pelo
trabalhador durante essa trajetória política, apenas limitou-se a defender a
CLT, um conjunto de regras estabelecido em 1943, ou seja, atualíssimo!<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">**<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Passados
menos de 40 anos da abertura e anistia políticas, é lamentável que caminhemos
para uma nova era de cerceamento de liberdades. Afinal, os “inimigos” precisam
ser combatidos a todo custo: as <i>fake news</i>, os golpistas, os fascistas –
mesmo que isso exija controlar a imprensa e o conteúdo que pode ser veiculado,
invadir conversas privadas, realizar prisões ilegais e inconstitucionais, colocar
atiradores de elite mirando civis desarmados e proibir o uso e o enaltecimento dos símbolos nacionais. Ah, e
tudo isso em nome da democracia.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Se seguirmos
esquecendo as lições históricas, podemos também “esquecer” um futuro próspero e
ordeiro. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal">
</p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> </span></p>Mariano Andradehttp://www.blogger.com/profile/11834326288965556253noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9157658726984580615.post-83050457011205282642022-08-25T18:43:00.004-07:002022-08-26T10:02:45.577-07:00Lula livre<p> </p><p>(Por: Mariano Andrade)</p><p>A entrevista de Lula no JN de 25 de agosto de 2022 foi uma
bênção. Constatou-se a olhos vistos que LULA ESTÁ LIVRE, sem amarras, sem rabo
preso, podendo falar as barbaridades que quiser e cair em todo tipo de contradição
possível e imaginável. Pelos motivos errados, foi bastante informativa.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Não que isso seja mérito de bom jornalismo da Rede Globo. O
papel de Bonner e Renata tem sido patético, verdadeiros "pastéis" num circo mambembe.
No convescote com Lula, não colocaram o dedo em nenhuma das suas inconsistências, não pressionaram as perguntas das quais o candidato se desviou e não souberam
extrair qualquer proposta concreta do programa de governo de Lula (se é que há
alguma).<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">A entrevista? Um festival de contradições para os mais atentos.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Lula: “Polarização é bom... todo lugar tem polarização, menos
no partido comunista de Cuba e da China”. Lula, então Cuba e China não são “bons”?
Seriam então ditaduras CQD?<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Lula: “Não gosto de amigos no meu governo”. Lula, aí você
ofendeu Dirceu, Genoíno, Genro, Dilma e até o falecido José Eduardo Dutra. Ficou
até a impressão de que pode indicar Sergio Moro e Bolsonaro para comporem seu
ministério.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Lula: “Eu gosto de deixar <eles> com a pulga atrás da
orelha sobre a indicação para a PGR”. “Quando a gente fala as coisas que vai
fazer antes, comete erros”. “Eu fui responsável pelo governo ser transparente,
prezo pela transparência”. Pois é, vai explicar.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Lula: “Quando alguém faz coisa errada, a gente investiga”.
Na verdade, a coisa errada é considerada errada de fato após o curso de uma
investigação. Tipo tríplex, mensalão, sítio, etc. Compreendeu?<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Bonner: “O senhor estimulou o <nós contra eles>”. Lula:
“Isso é que nem torcida de futebol”. Lula: “Eu sei conversar, eu vou dialogar
com o Congresso Nacional”. Será que Lula dialoga com a torcida palmeirense
quando vai ao jogo do Corinthians? É esse o benchmark de diálogo de Lula?<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Lula: "Tem que punir corrupção na empresa privada também, pune o empresário". Detalhe: o "empresário" no caso da Petrobrás é a União, cujo executivo-chefe era Lula. É impressão ou, de fato, Lula deu seu aval à lava-jato em cadeia nacional? Ato-falho, leia-se REDE nacional.</p><p class="MsoNormal">Bonner: “A Dilma errou na economia?”. Lula: “A Dilma é uma
das minhas pessoas mais queridas”. Ué, não é que não punha amigos no governo?</p><p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Além das contradições, Lula destilou tamanha raiva que seu rosto
permaneceu vermelho durante toda a conversa. Desse estado quase colérico,
brotaram alguns momentos que merecem atenção redobrada. <o:p></o:p><i>(Detalhe - a imagem é das "considerações finais", momento em que o candidato dirige-se ao eleitorado. Observa-se a raiva com que Lula o fez.)</i></p><p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgaYxm9Q4JpVDgtx0hI7oowmP5R1FxIa8sMZNtQHHdTBHfMlPh5m3ffxod3r_xuGTtfFV7PTafeSDRuZ2DAfItx12fLEbU4E9pGc1Zbg7ZwHfMvc5vweEfU9J6uaa6nS-Gc6_Gr19LXcYTcf7cAFyBzH1m2jy15gYhLHJcv2VWxnGMHqgNKGr7ZnwSW9A" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="498" data-original-width="886" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgaYxm9Q4JpVDgtx0hI7oowmP5R1FxIa8sMZNtQHHdTBHfMlPh5m3ffxod3r_xuGTtfFV7PTafeSDRuZ2DAfItx12fLEbU4E9pGc1Zbg7ZwHfMvc5vweEfU9J6uaa6nS-Gc6_Gr19LXcYTcf7cAFyBzH1m2jy15gYhLHJcv2VWxnGMHqgNKGr7ZnwSW9A" width="320" /></a></div><br />Militância – Lula menosprezou a militância quando indagado
sobre sua postura intolerante e comportamento violento. Só faltou usar a
expressão de Lênin, “idiotas úteis”. Quem cospe para cima...<p></p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Corrupção – Confrontado com o escândalo do mensalão, Lula
pergunta se mensalão “é mais corrupção do que orçamento secreto". Ou seja, ao relativizar seus malfeitos, Lula
mostra livremente que seu governo estará aberto a negociatas, esquemas e
arranjos. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Economia – “Brasileiro tem que voltar a comer churrasco e
beber cerveja”. Nossas ambições como nação foram reduzidas a isso, segundo o Lulopetismo. A opção
vegetariana é pão e circo.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Contas públicas – “Bolsonaro absurdamente limitou o auxílio emergencial a
31 de dezembro de 2022”. Claro, nada mais republicano do que não onerar o
próximo mandato, já que as eleições são livres e não há – pasmem – ditadura.
Fica a sutileza: Lula, para sair de um eventual 3º mandato mais popular do que
Cristo, quem sabe vai onerar um, dois, dez, cinquenta mandatos futuros com
programas tresloucados e impagáveis de transferência de renda. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Agronegócio - Lula deixou claro que apenas os "empresários fascistas" do agronegócio preferem Bolsonaro a ele. Prenúncio de sectarismo e uso de dinheiro público para fomentar as empresas de seus ungidos... os outros empresários que se virem para concorrer com os campeões nacionais.</p><p class="MsoNormal">Inveja – “Alckmin é muito esperto, fez um discurso tão bom
que foi aplaudido de pé, fiquei com inveja”. Sim, Lula é invejoso. Afinal, ele “é o
cara”, ele tem que ser o centro de tudo. “Nunca antes na História desse país...”, fez questão de dizer ao vivo.
Culto à personalidade leva a ditadura.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">É inacreditável que ainda haja brasileiros que fecham os
olhos para isso tudo. <o:p></o:p></p><p>
</p><p class="MsoNormal">Lula pode continuar livre e raivoso vagando por aí. O importante é que
fiquemos LIVRES DE LULA.</p><p><br /></p><p><i>(Nota do autor: As aspas não são literais, pois faltou estômago para assistir mais uma vez ao espetáculo grotesco).</i></p>Mariano Andradehttp://www.blogger.com/profile/11834326288965556253noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9157658726984580615.post-28538047773118175002022-08-06T12:58:00.011-07:002022-08-08T07:26:49.524-07:00Livro de Jô<p> </p><p>(Por: Mariano Andrade)</p><p><br /></p><p></p><p class="MsoNormal">Jó, personagem bíblico do antigo testamento, era um homem
com riquezas, saúde e família e que louvava a Deus por sua boa providência.
Deus resolveu testá-lo, tirando-lhe tudo. Ainda assim, Jó seguia louvando a Deus.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O Livro de Jó é um escrito sobre a aparente incongruência entre
a bondade de Deus e os sofrimentos e a provação aos quais os homens são submetidos, inclusive os homens de fé. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Que diferença um acento faz! Jô Soares, o grande humorista e
jornalista brasileiro, encheu nossos lares de informação, gargalhadas e
sorrisos. Jô nos ajudou a superar nossas provações.<o:p></o:p></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhhUjW4ViQlApzhotUZQgmi4JRJXFjWpDr4mpPIAqx9AXvPuXVDqH8g1ay9x9l1nczcT_noD3SDoUmW2ADeMb1OueIfeRV_3FIln2PgQS6B-H_afmnNXaGYW1onF70AIu8XEvy-VPpf9J7FOnj0kL-UMYdQTPaYCc8T1VTLOVWyKm9th3w4H_3jofNvKw" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="351" data-original-width="351" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhhUjW4ViQlApzhotUZQgmi4JRJXFjWpDr4mpPIAqx9AXvPuXVDqH8g1ay9x9l1nczcT_noD3SDoUmW2ADeMb1OueIfeRV_3FIln2PgQS6B-H_afmnNXaGYW1onF70AIu8XEvy-VPpf9J7FOnj0kL-UMYdQTPaYCc8T1VTLOVWyKm9th3w4H_3jofNvKw" width="240" /></a></div><p class="MsoNormal">Jô retratava hábitos, preconceitos e modismos através de
seus impagáveis personagens. A cada ano, o fim de suas férias era ansiosamente
aguardado para que pudéssemos ser apresentados aos novos quadros e tipos.
<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Os bordões criados por Jô Soares eram a síntese de sua
genialidade. “Muy amigo”, “Tem pai que é cego...”, “Bocaaaaaão”, “Bota ponta,
Telê!”, “Não vai ter mulher pelada?”, foram alguns de um acervo infindável.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Muitos quadros criados por Jô seguem extremamente atuais. O personagem Reizinho, por exemplo, cujo
refrão era “nesse solo que eu piso, desse povo que eu amo, quê que eu sou?”, às
vezes se confundia e bradava “nesse povo que eu piso”. Jô caracterizava, com
inteligência e humor, o quanto os governantes brasileiros massacram seu povo –
nada mudou.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A ida de Jô para o SBT criou um novo formato de
entretenimento na TV brasileira, o <i>talk-show</i>. O “Jô Onze e Meia”, porém,
nunca começava às 23h30. O chefe Sílvio Santos bagunçava o horário da grade sem
pena, lançando mão de desenhos do Pica-Pau, Tom & Jerry ou Pantera Cor-de-Rosa
até as novelas da Globo acabarem.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Mesmo assim, o sucesso do “Jô Onze e Meia” foi tanto que a
emissora acabou descontinuando o programa humorístico semanal para que Jô se
dedicasse integralmente ao novo formato, que vinha produzindo entrevistas memoráveis
com cidadãos incógnitos. Em um mundo que cada vez mais cultua personalidades, Jô
Soares mostrou aos brasileiros que cidadãos normais fazem coisas interessantes,
e que podem ser engraçados, inovadores, inspiradores e – sobretudo – incomuns.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Jô também sabia falar sério quando necessário. Batia forte
na censura e proferiu um discurso seminal na edição do Troféu Imprensa de 1987.
Mais recentemente, Jô Soares lamentou que o PT tenha enganado o eleitor
brasileiro com a propaganda de que ia “limpar a política no país”.<o:p></o:p></p>
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dwYzVlluv84SB9InXfpFpFc0iHTCqxtko0mcS1JbF96qv2cgxX5bejsT2JBDESESVUHPXmr6G0kEli3rfdPjQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe><br />
<p class="MsoNormal">No mesmo vídeo, Jô se mostra de uma nobreza bíblica,
afirmando que pela profissão de jornalista, entende inapropriado apoiar
políticos ou partidos, a ponto de sacrificar seu direito de votar. Jô ensina
que é mais importante preservar a isenção na coleta, interpretação e divulgação
das informações. A fala de Jô é como uma cajadada que divide as águas do bom e
mau jornalismos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">E, mesmo quando Deus testou sua fé e lhe tirou seu único filho
em 2014, Jô Soares enfrentou o luto com elegância e sobriedade. A perda não lhe
tirou a vontade de trabalhar e nem a alegria de exercer sua arte.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Jô, seria muito bacana poder te devolver o mundo que lhe foi
tirado. Uma sociedade que julgasse menos, que não “cancelasse” as pessoas por
não concordarem com elas, que não fosse tão maniqueísta. Jô, falta à opinião
pública hoje o discernimento para separar a obra do artista – seus personagens mulherengos
jamais lhe levaram a pecha de misógino – você teve sorte de fazer humor na
época certa, e nós – fãs – também.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Se houvesse um “Livro de Jô”, ele poderia ser assim: A obra de Jô trouxera riqueza de espírito, reunira famílias e dera a
todos mais saúde para enfrentar os inevitáveis percalços da vida. Porém, Jô
seria testado por uma sociedade implacável e vigilante, pela obrigatoriedade de
ser politicamente correto, por acusações de “apropriação de cultura”, homofobia,
misoginia, xenofobia, e outras mais. Mas, ao final, Jô venceria e a sociedade recuperaria
a leveza perdida, podendo usar o humor livremente e na medida certa, além de celebrar o cidadão (in)comum. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Afinal, o Gordo sempre estará no meio de nós.</p><p class="MsoNormal"><br /></p>Mariano Andradehttp://www.blogger.com/profile/11834326288965556253noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157658726984580615.post-16564543162797637952022-06-27T20:31:00.004-07:002022-06-28T04:49:21.726-07:00A invenção da democracia<p> </p><p>(Por: Mariano Andrade)</p><p><br /></p><p></p><p class="MsoNormal"><i>“Democracy is not an easy form of government, because it
is never final; it is a living, changing organism."</i>
(Ilka Chase)<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">O filme “O primeiro mentiroso” (The invention of lying) de
2009 é uma comédia ambientada num mundo onde os humanos não conhecem a
possibilidade de mentir. Por uma circunstância fortuita, Mark, o personagem que
protagoniza o filme, “inventa” a primeira mentira e ela dá certo: quando o
caixa do banco pergunta qual o saldo de sua conta (vez que o sistema havia
caído), Mark lhe diz um valor maior do que aquele que de fato possui e – bingo!
– o funcionário credita-lhe o dinheiro. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Como os demais seres humanos não conhecem o instituto da
mentira, o protagonista monopoliza o seu uso, conseguindo para si seguidas vantagens e se tornando rico e famoso.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Numa recente palestra no exterior, o ministro Luís Roberto Barroso
afirmou que durante sua gestão no TSE teve que <i>“oferecer resistência aos
ataques contra a democracia e impedir o abominável retrocesso que seria a volta
ao voto impresso com contagem pública manual”</i>. O ministro foi interpelado
por uma participante que contestou a sua afirmação, argumentando que não havia
pleito para contagem manual.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Um outro participante fez coro na réplica ao que Barroso
retomou a palavra e disse que o discurso oficial (seja lá o que for isso) era <i>“abre
aspas”</i>, disse ele, <i>“contagem pública manual”</i>, <i>“fecho aspas”</i>, <i>“ponto”</i>.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Ao que a primeira participante responde: <i>“abre aspas”, “mentira”,
“fecha aspas”</i>. O ministro Barroso classificou a interrupção como um déficit
de civilidade, algo que – segundo ele – acomete nosso país. Estranho que um
democrata não seja afeito ao contraditório e à liberdade de expressão... Mas, <i>“seguimos
viagem”</i>, parafraseando o ministro.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Antes de prosseguir, abro parênteses.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Ministro, vai aí uma dica de Língua Portuguesa: ao fim de
uma citação, o ponto final fica dentro das aspas. Então seria: “ponto”, “fecho
aspas”. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Fecho parênteses.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Embora a fala de Barroso não ligue explicitamente a eventual
contagem manual ou o voto impresso ao que chama de “ataques à democracia”, em
várias outras ocasiões o ministro já fez essa correspondência direta. Ou seja, entende-se
que classifica o voto impresso como antidemocrático.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Democracia significa, resumidamente, um sistema
onde o povo é soberano e, como tal, elege seus governantes. É um conceito bem
antigo, certamente o ministro o sabe, e que em muito precede qualquer tecnologia
computacional. Precede, inclusive, a própria invenção da imprensa. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Portanto, a maneira como o povo expressa sua vontade nada
tem a ver com a vigência ou não de democracia. A manifestação de voto pode ser gestual,
oral, escrita, secreta, aberta, ou em bits e bytes. Todas essas mecânicas, e
suas respectivas apurações, podem conviver com a vigência de um sistema
democrático. Não há nenhum antagonismo pré-definido.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Uma das grandes conquistas da sociedade brasileira foi a
volta das eleições diretas para cargos executivos após o fim do regime militar
(e, na verdade, houve uma eleição direta para governadores ainda durante o
mandato de João Figueiredo). Naquela época, o voto era proferido numa cédula
eleitoral que o votante depositava numa urna. Essas urnas eram recolhidas e
levadas para centros de apuração, onde os votos eram contados por ao menos duas
pessoas, sendo que os partidos podiam colocar fiscais nas mesas de apuração. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Ineficiente? Sim. Demorado? Sim. Sujeito a erros? Sim.
Antidemocrático? Claro que não.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">(Parênteses: As eleições diretas para presidente vieram mais tarde, mas o movimento das "Diretas já" ficou marcado na história recente do país. Por outro lado, não se tem notícia de manifestações "Diretas com urna eletrônica sem voto impresso e sem contagem manual".) </p>
<p class="MsoNormal">Ainda hoje, mesmo havendo tecnologia para votação e apuração
eletrônicas, diversos países preferem o sistema de voto impresso e/ou contagem manual. Muitos outros
usam um sistema híbrido, com a urna eletrônica imprimindo um voto que é
depositado fisicamente em uma outra urna, criando a possibilidade de uma auditoria ou
recontagem. Seriam esses países governados por tiranos autocratas? Não! Há
eleições livres normalmente, exatamente conforme prevê cada constituição. E, entende-se, a vontade do povo é acatada. <i>Voilà</i>. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Vejamos alguns países que Barroso, pela lógica que expôs, classificaria como não-democracias:
Suécia e Noruega (voto impresso e contagem manual), França e Reino Unido (voto
impresso), Bélgica e Índia (urna com impressão de voto), Holanda e Alemanha (proibiram
as urnas eletrônicas, considerando-as inconstitucionais).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Aliás, o Brasil é um dos pouquíssimos países (três, segundo várias fontes) que usa o sistema
“caixa preta” sem voto auditável em eleições gerais (alguns países usam o
sistema em eleições municipais, sempre com número bem menor de votantes). Assim
sendo, torna-se uma audácia do ministro Barroso bradar que qualquer sistema com
voto impresso e/ou contagem manual é um ataque à democracia. É um papel ridículo
e um desserviço no campo diplomático – muito mais grave do que se referir à
covid-19 como o “vírus chinês”.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Talvez seja só a mania do brasileiro de deitar em berço
esplêndido. A nossa urna “inviolável e de alta tecnologia” foi cancelada no
Paraguai e no Equador, suplantada por tecnologia mais segura e confiável. Mas,
por aqui, a gente sempre acha que faz o que há de melhor no mundo. Por isso que
não progredimos tecnologicamente, futebolisticamente ou como sociedade. Por
isso que nosso processo político não foi capaz de produzir nada melhor do que
Lula x Bolsonaro.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Tal qual o personagem do filme, o STF passou a se julgar o
monopolista da democracia. Tudo que questiona a opinião de seus integrantes é
automaticamente antidemocrático. É uma aberração que essa “democracia” tão
ferrenhamente defendida pelo STF não tenha espaço para discussão, vez que o
debate tornou-se antidemocrático. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Nessa realidade distópica (não a do filme, a brasileira),
qualquer proposta com o condão de robustecer o sistema de votação e apuração, aumentando
a garantia de que a vontade do povo prevaleça ao fim e ao cabo, é tachada de “ataque
à democracia”. Kafka está orgulhoso. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Ou, talvez, havia apenas um nada e o ministro Barroso inventou
a democracia tal como o personagem do filme. É a única explicação para que
nenhum órgão de imprensa ou formador de opinião tenha sublinhado o absurdo e a
deselegância de sua declaração.<o:p></o:p></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhCGB36f7aiDBvqqIoVrGsXg6apD0uX3ajYGGwgSPLXbwg7RdyYg_yygu9SfUfC1JKW7oOrxtxGY58R-3uaRgUy_o54SzS0PuvJdCMS4UQKuWZ65_o9R-8m0TsdeejCTa9WWYryk8dVxOgpRFm8Qo4SW9QrAn_N5smxUa5B3ZNcUSQ-DJRGsfHPbAQCpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="169" data-original-width="298" height="181" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhCGB36f7aiDBvqqIoVrGsXg6apD0uX3ajYGGwgSPLXbwg7RdyYg_yygu9SfUfC1JKW7oOrxtxGY58R-3uaRgUy_o54SzS0PuvJdCMS4UQKuWZ65_o9R-8m0TsdeejCTa9WWYryk8dVxOgpRFm8Qo4SW9QrAn_N5smxUa5B3ZNcUSQ-DJRGsfHPbAQCpg" width="320" /></a></div><br /><br /><br /><p></p>Mariano Andradehttp://www.blogger.com/profile/11834326288965556253noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157658726984580615.post-53154549686805919042022-06-03T15:25:00.000-07:002022-06-03T15:25:03.777-07:00Tempo de matutar<p><br /></p><p> (Por: Mariano Andrade)</p><p><br /></p><p><i>"Seguro morreu de velho" , "Quem não deve, não teme" (Sabedoria popular)</i></p><p><span style="font-size: 12pt;"><br /></span></p><p><span style="font-size: 12pt;">O filme
“Tempo de matar” (1996) é um petardo. Trata-se da saga de um pai negro,
representado por Samuel L. Jackson, que mata dois membros da Ku Klux Klan que
haviam violentado e tentado enforcar sua filha de apenas dez anos. Matthew
McConaughey interpreta o advogado branco que defende o réu e que sofre diversas
ameaças por fazê-lo.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">O ápice do
filme é, sem dúvida, o “<i>closing statement</i>” do personagem de McConaughey.
Ele pede aos jurados – a maioria deles brancos – para fecharem os olhos. Segue
pedindo que imaginem uma menina de dez anos, caminhando de volta para casa após
fazer compras para sua mãe. Pede que imaginem a menina sendo abordada por dois
homens que a amarram, a espancam, a estupram, destroem seu útero e a deixam
estéril, urinam sobre ela e depois a penduram pelo pescoço em um galho de
árvore para sufocar até a morte. O galho quebra e então os homens a jogam de
uma ponte e a abandonam O discurso é comovente e merece ser visto integralmente:
</span><a href="https://www.youtube.com/watch?v=cYn8keaxjs4"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">https://www.youtube.com/watch?v=cYn8keaxjs4</span></a><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">No fim da
declaração, o advogado pede que os jurados visualizem mentalmente essa menina,
coberta de urina, sêmen e sangue, com vários ossos quebrados e largada para morrer. E então
desfere o golpe de misericórdia: “Agora, imaginem que essa menina é branca”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">**<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Matutemos um
pouco...</span></p>
<p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgxZe3j4ZTtsBi7z38HhlifADK5yzln_fKuTB_OE-aingAIOsS7b9GI2yzyJD5dfNq88NH9FUN2r5vEWrrU6PStA7wVD1tzOs3VybEC1i5bm2WR7Y5k2K-pqed2fmZwf8zOob_ekUVeHbebCnE_JHB2BltK76ZxToj0PXpP4DLBbTvagJDeWpgg8AiXdA" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="417" data-original-width="256" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgxZe3j4ZTtsBi7z38HhlifADK5yzln_fKuTB_OE-aingAIOsS7b9GI2yzyJD5dfNq88NH9FUN2r5vEWrrU6PStA7wVD1tzOs3VybEC1i5bm2WR7Y5k2K-pqed2fmZwf8zOob_ekUVeHbebCnE_JHB2BltK76ZxToj0PXpP4DLBbTvagJDeWpgg8AiXdA" width="147" /></a></div><br /><span style="font-size: 12pt;">Imaginemos
uma cidade onde os motoristas só tenham direito a abastecer seus veículos em um
posto de combustível que lhes é designado pela prefeitura. Imaginemos ainda que só haja possibilidade de abastecer uma vez a cada dois anos.</span><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Em cada um desses postos fictícios há uma bomba que fornece etanol e gasolina, o motorista
pode escolher o combustível pressionando um botão e depois ratificando a escolha. Ele
recebe então 100 litros de gasolina ou 100 litros de etanol, e, ao final, paga
o combustível, gastando R$ 800 pela gasolina ou R$ 600 pelo etanol.</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">**</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Imaginemos um
novo morador da cidade na sua primeira ida ao posto, já achando o
processo um pouco estranho. Ao chegar lá, ele indaga o frentista sobre o
aferimento da bomba. “Chefia, a bomba vem lacrada na véspera do dia do
abastecimento. Tem umas 5 assinaturas no lacre, por segurança!”. O morador
retruca que, naturalmente, o frentista tem um “gabarito” para verificar se
aquelas assinaturas são as assinaturas legítimas. “Não”, responde o frentista,
“pode ser qualquer rabisco”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Um pouco
desconfiado, o morador escolhe o botão de gasolina, confirma a escolha, entrega
o dinheiro ao frentista e pergunta onde pode verificar que a bomba está zerada.
“Não pode”, informa o frentista. “Ela é calibrada para abastecer até o marcador
atingir 100 litros e parar”. O morador pondera que, se a bomba não estiver
zerada, ele corre o risco de receber menos combustível do que sua quota.
“Relaxa”, diz o funcionário do posto.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Imaginemos
que, ao final do processo, a bomba pare e o cliente peça o recibo da compra.
“Não tem recibo, chefia”, diz o frentista. Um pouco contrariado, o morador
aquiesce e caminha em direção ao seu carro, ao que sente cheiro de etanol. Ele
checa o tanque de combustível e conclui que a bomba forneceu etanol, e não
gasolina. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">“Eu escolhi
gasolina”, diz ao frentista, que lhe dá de ombros. “Chefia, não tem como saber,
foi você que apertou o botão, deve ter apertado errado”. “Mas tenho certeza de
que escolhi gasolina. É só entrar na bomba e verificar o histórico.”, argumenta
o cliente. “Não tem como, não dá.”, encerra o frentista.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Muito
chateado e já se preparando para ir embora, o cliente tem uma ideia. “Existe
possibilidade de abastecer de novo?”. “Olha, chefia – o combustível é
contadinho, mas nunca vem todo mundo abastecer, tem gente que não aparece. No
final do dia passa aqui, vai sobrar gasolina e eu coloco no seu carro antes de
lacrar a bomba. Ninguém vai dar falta disso. Aí, fica de boa.”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Já quase
saindo, o morador ouve o frentista gritando e retorna para verificar. “O senhor
esqueceu o canhoto!”. O morador ficou confuso: “Ué, tem recibo então?”. “Não” –
disse o frentista – “apenas um canhoto que comprova que o senhor abasteceu. É
obrigatório abastecer, mesmo que não queira ou não precise”. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">**<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Agora,
imaginem que a bomba de combustível é uma urna eletrônica.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">(Baseado em
relatos de pessoas que trabalharam em algumas eleições e apontam diversas
falhas no processo)<o:p></o:p></span></p><i></i><p></p>Mariano Andradehttp://www.blogger.com/profile/11834326288965556253noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157658726984580615.post-84316656997985440512022-04-06T19:07:00.006-07:002022-04-07T18:45:16.376-07:00Nessa mesa de bar<p> </p><p>(Por: Mariano Andrade)</p><p><br /></p><p></p><p class="MsoNormal">“<i>Garçom, eu sei que eu estou enchendo o saco... Mas
todo bebum fica chato...Valente e tem toda a razão.” </i>(Reginaldo
Rossi)<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial",sans-serif" style="background: white; color: #202124; font-size: 10.5pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal">Há quem pense que Lula é um homem inteligente. Afinal, não
se “chega lá” sem contar com inteligência muito acima da média. Há diversos contraexemplos
na História, e o Brasil engorda a lista com figuras como Dilma e Itamar.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Os observadores mais astutos notarão que o suposto superdote do ex-condenado nunca construiu patavinas. Como sindicalista, só
semeou a discórdia e não trouxe nenhum benefício de longo prazo para os trabalhadores. Como deputado, será que alguém é capaz de citar algum
legado deixado por Lula? Como presidente, perdeu uma oportunidade histórica de
fazer o Brasil mudar de patamar, afogando-se em sua “marolinha” e quase destruindo
a Petrobrás no processo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">As únicas coisas que Lula construiu foram "o mais ousado esquema de corrupção e desvio de dinheiro público já descoberto no Brasil", segundo o ex-procurador geral da república e, como consequência, o patrimônio de petistas e afins. Mais nada.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Mas muito daqueles que admiram o ex-condenado hão de
concordar que suas últimas colocações têm sido estapafúrdias. Estaria Lula senil?
Ou simplesmente bêbado? Ou só o velho hipócrita conhecido, o mensageiro de ideias decrépitas e
anacrônicas? Ou tudo isso misturado no drink da
casa?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Recentemente, Lula afirmou que as diferenças entre Putin e
Zelensky deveriam ser resolvidas numa mesa de bar, numa conversa regada a
cerveja, “até as garrafas terminarem” se fosse preciso. Declarou que não é
possível haver alguma diferença entre eles que não pudesse ser sanada desta
maneira.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Segundo a Wikipedia, a cerveja tem cerca de 4500 anos de
existência. Foram tantas guerras na História da humanidade que é uma pena que ninguém
tenha tido a brilhante ideia de Lula ao longo dos séculos. Seria Lula, na verdade, o homem
mais inteligente que já habitou o planeta?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Sarcasmos à parte, a fala de Lula é irresponsável e indecorosa.
Ela desrespeita os soldados que foram ordenados a lutar, os refugiados que estão
desalojados e desamparados, aqueles que perderam entes queridos e, claro, os
milhares de mortos no conflito. Lula também ofende todos os líderes mundiais
que tentaram mediar as conversas entre os dois países e que, infelizmente, não
conseguiram evitar a invasão. Lula descredita a ONU, os diplomatas de carreira
e um sem-número de instituições.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A colocação de Lula é um tanto mais temerária do que
Bolsonaro tachar a mulher de Macron de “baranga”. Mas como Lula é Lula, o filho
do Brasil, a imprensa cala-se a respeito.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Celso Amorim, o ex-ministro de Lula, tentou se aboletar na
mesa de bar com israelenses e palestinos, até levar um fora em 2010. Suas
insistentes tentativas de mediar um conflito sobre o qual o Brasil pouco
entende e para cuja solução nada poderia contribuir (especialmente após repetidos
afagos a ditadores mundo afora durante os anos de Lula) resultou em um rechaço público
de israelenses e palestinos: “Celso, você não foi convidado para essa cervejada”,
seria a tradução do hebraico para o lulês.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Aliás, Lula e Celso tentaram manobrar para que o Conselho de
Segurança da ONU fosse reformulado, de modo que o Brasil pudesse pleitear um
assento permanente. Qual seria a intenção por trás disso tudo? Levar o patrocínio
da Ambev para a Casa? Quem sabe com instalação de geladeiras e serpentinas no salão?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O mais inacreditável é que houve quem aplaudisse a fala
desclassificada de Lula.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Mantendo o embalo, Lula recentemente declarou que a classe
média ostenta “acima do necessário” e que deveria haver um limite para o
consumo. É incrível que esse infeliz queira imiscuir o estado na decisão de
alocação de recursos de cada lar brasileiro.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O ex-condenado convenientemente se esquece de que isso já foi tentado de certa maneira.
Aconteceu em 1990 e figuras como Fernando Collor e Zélia Cardoso de Mello protagonizaram o inédito experimento. O confisco da poupança retirou o acesso que
as famílias brasileiras tinham a seus recursos, limitando-o a uma cota mensal arbitrária de “cruzados novos”. O resultado foi crise, quebradeira, desabastecimento – uma
lamentável mostra daquilo que o comunismo costuma levar alguns anos para alcançar. Talvez a senil memória de Lula esteja falhando, mas não deve ser o caso – todo líder esquerdista hipócrita vive
de reciclar ideias carcomidas pelo tempo e pelo fracasso, ideias nas quais nem ele mesmo acredita. Onde se lê "senil", leia-se "vil".<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">E, para arrematar a saideira, Lula cravou esta semana: “às vezes eu fico
imaginando que Deus é petista”. Lula tem um problema sério com Deus – do alto
de sua vaidade, o ex-condenado não consegue admitir que Deus seja um conceito
mais pervasivo do que “Lula livre” ou boçalidades do tipo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Tal qual o bêbado de Reginaldo Rossi, Lula tem ficado mais valente.
Recentemente também declarou que “entre Deus e o diabo, nunca existiu terceira
via”. Certamente, nessa afirmação, ele se classifica como o “deus” do embate. Se
é assim, tomara que o Brasil fique um bom tempo no purgatório, pois nossa classe
política só tem produzido diabos, demônios e afins – muitos dos quais oriundos
da linhagem lulopetista.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Em diversas ocasiões, Lula já se comparou a Jesus Cristo. “Nesse país, só perco para Jesus Cristo”, gabou-se de sua popularidade em 2016. “Jesus
também foi perseguido”, afirmou em 2018. Se antes o cotejo era com Jesus, ultimamente Lula subiu de patamar na Santíssima Trindade – Jesus ficou para
trás e agora o papo é com Deus-Pai para ver quem é, de fato, o Todo Poderoso.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Também recentemente, Lula declarou que “Deus me ajudou a
mostrar que mentira tem perna curta”. Trata-se de colocação ambiguamente barroca.
Deus deve ter ajudado a mostrar a todos os brasileiros que o PT, outrora autointitulado
“o partido mais honesto”, era uma mentira de perninha bem curtinha: bastou
chegar ao poder para a máscara cair na cena seguinte. Mas, no caso da versão
lulista dos "fatos", Deus atende pelo nome de STF.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Do alto da <i>intelligentsia</i>, Lula se compromete ao
fazer afirmativas tão disparatadas. Demonstra que, ou entende que diplomacia se
equipara à tarefa de organizar um churrasco, ou pensa que o eleitorado é
composto majoritariamente de imbecis. Sua verborragia denota um entendimento de
que o estado deveria micro gerenciar cada lar de classe média, e que ostentação
é apenas para políticos, “artistas” e executivos de empresas estatais. Lula escancara
um narcisismo que transborda, a ponto de ele se autocanonizar. Lula perdeu a
pouca censura que tinha com um microfone na mão – ele concluiu que está definitivamente
acima de qualquer escrutínio da sociedade, da justiça e da imprensa.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Uma eventual vitória de Lula em 2022 não provará sua
inteligência. Mas sim a burrice do brasileiro, seja ela definida como ignorância,
complacência, descaso ou conivência. Costuma-se dizer que é possível enganar
muita gente por pouco tempo ou pouca gente por muito tempo. Mas que não se pode
enganar muita gente por muito tempo. Talvez o Brasil seja a exceção. Talvez
Lula seja mesmo Deus.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Garçom, tenha misericórdia do Brasil, esse bebum já ficou chato há tempos. Traga logo a conta e pode fechar o bar.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhi1Rl6aRoQ9RGU3CSDI3jru227pPXi6HzT5PgEuxIXkzggnz4tht0nf6L_NnPyVKJQhNp-Ea6HPu45yqCoGGGLsqFx1GJhuAjo4ZJ9bWAzbYTyDQTY4KvdBbiWN1axwqJhm4oL06Tp6IiqXXCLINOpLf-N0Awn4znXUvQTywqID9im5O392qK4ecdXFg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="194" data-original-width="259" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhi1Rl6aRoQ9RGU3CSDI3jru227pPXi6HzT5PgEuxIXkzggnz4tht0nf6L_NnPyVKJQhNp-Ea6HPu45yqCoGGGLsqFx1GJhuAjo4ZJ9bWAzbYTyDQTY4KvdBbiWN1axwqJhm4oL06Tp6IiqXXCLINOpLf-N0Awn4znXUvQTywqID9im5O392qK4ecdXFg" width="320" /></a></div><p></p>Mariano Andradehttp://www.blogger.com/profile/11834326288965556253noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157658726984580615.post-59720229631968191132022-02-26T03:12:00.019-08:002022-03-03T15:54:52.779-08:00Ocidente de percurso<p>(Por: Mariano Andrade , com a ajuda do meu amigo Max,
moscovita da gema)</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">O conflito entre Rússia e Ucrânia, deflagrado há poucos
dias, é um marco histórico do século XXI e que pode ter consequências por muitos
anos. Não cabe elucubrar como será a campanha e quais serão as condições da provável
rendição da Ucrânia, ou fazer projeções acerca de novos movimentos russos e possíveis
crises geopolíticas mundo afora.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Contudo, pouquíssimas pessoas pararam para refletir sobre o papel (leia-se
parcela de culpa) do ocidente na guerra que eclodiu esta semana – uma questão absolutamente central e que vem sendo perigosamente negligenciada.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Putin é sabidamente um autocrata, alguns diriam um
governante ditatorial. Ele toca a Rússia com mão forte e alterou a lei para se
manter no poder até 2036 (pelo menos). Putin persegue inimigos políticos,
inclusive com suspeitas de mortes ordenadas por ele. Ou seja, se Putin fosse um
cão, seria um dobermann bravo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O povo russo prefere governantes fortes e firmes. A
população entende como necessários para manter íntegro um país com vasta extensão territorial (são 11 fuso-horários), para unir diferentes etnias e
culturas, para prover segurança nacional, bem como para preservar o patriotismo.
Com a ascensão chinesa e a uma fronteira de mais de 4 mil quilômetros separando
os dois países, um governo central sólido tornou-se ainda mais necessário para
os russos. A Rússia tem um problema crônico de natalidade e um território
gigantesco para preservar, enquanto do outro lado da fronteira não faltam pessoas,
poderio econômico e planos bem feitos. Ou seja, os russos gostam e entendem
precisar de dobermanns – não cabe discutir qual raça é melhor, alguns preferem
dobermanns, outros optam por shih-tzus. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Quando brincamos com um cão, a brincadeira depende da raça do
animal. Brincar com um shih-tzu é uma atividade sem risco: você pode fingir que
lançou a bolinha uma, duas, três, cem vezes que sua integridade física não será
ameaçada. Mas tente enganar um dobermann bravo duas vezes... na terceira vez,
ele pode arrancar a bolinha e a sua mão.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjdB3tbC-LkgQ731qxcW_URnJP3ov_87cI6RpPiQ2paBgp7zpMdsfAZSbkkvS7_YYuvAOzGFum-tbn-WA7i9t1oR7A0HOXGiggYq8jbmD7ziifOUNiMY-ETMuFcRXZEdafA8zgfWI7MfO_JmOewkHQG3z8HoEu1KTcK2s1yopUY7rOgdxZYbIWIoCtYGQ=s1200" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="1200" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjdB3tbC-LkgQ731qxcW_URnJP3ov_87cI6RpPiQ2paBgp7zpMdsfAZSbkkvS7_YYuvAOzGFum-tbn-WA7i9t1oR7A0HOXGiggYq8jbmD7ziifOUNiMY-ETMuFcRXZEdafA8zgfWI7MfO_JmOewkHQG3z8HoEu1KTcK2s1yopUY7rOgdxZYbIWIoCtYGQ=w200-h133" width="200" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiPhuyrMeJCg1RGeY-WbnjD5BRnhStuj41bEkZdZsvga4uoGW2QX9g-DVmRUizRQev2ejhGOURcqpNT8WiGsbxf2sLtFCWHqr7qw7Hx6fFQxlkfgsP91-SNjT5mWXNk8JrKKolUiT8J3aUT5Vv0bgPDKUH-GlxXOw-9loH6aGj28OsmiOnbO_DBp9l23A=s1200" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="1200" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiPhuyrMeJCg1RGeY-WbnjD5BRnhStuj41bEkZdZsvga4uoGW2QX9g-DVmRUizRQev2ejhGOURcqpNT8WiGsbxf2sLtFCWHqr7qw7Hx6fFQxlkfgsP91-SNjT5mWXNk8JrKKolUiT8J3aUT5Vv0bgPDKUH-GlxXOw-9loH6aGj28OsmiOnbO_DBp9l23A=w200-h133" width="200" /></a><br /><br /></div><br /><p class="MsoNormal">E o ponto central do conflito Rússia-Ucrânia é a
incompetência do ocidente – os “líderes” ocidentais sabiam que teriam que lidar
com um dobermann já em estado colérico, mas o trataram como um shih-tzu. Fingiram lançar a
bolinha três vezes e, agora, ficaram sem a mão.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Não se pode aplaudir um dobermann que ataque uma pessoa ou
outro animal, mas tampouco é razoável isentar o incauto que não respeita a
natureza da besta. Alguns séculos antes de Cristo, Esopo já ensinava sobre a essência
do escorpião, mas milênios se passaram e ainda há rãs desavisadas no “comando”
de vários países. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O ocidente ainda não aprendeu que há diferentes credos,
costumes, sistemas de governo, aspirações sociais e <i>ways of life</i>.
Sempre que o ocidente tenta emplacar em solo estrangeiro uma solução <i>one-size-fits-all</i>,
é um desastre. Vietnã, Coreia, <a href="http://c-ponto.blogspot.com/2021/08/joe-bidente.html"><b style="background-color: white;">Afeganistão</b></a>, Iraque, e por aí vai. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O ocidente não pode ser o defensor global da liberdade se
não consegue entender que liberdade é um conceito relativo. O uso da burca pode
parecer tirânico e misógino no ocidente, mas a mulher muçulmana que usa burca talvez não
entenda assim. Nem toda cultura é monogâmica. O homossexualismo é uma ofensa
para vários povos e credos.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Para alguns,
o voto obrigatório é sinônimo de democracia, para outros esse arranjo pode soar
insano. Que dizer então de juízes que, monocraticamente, podem encarcerar um parlamentar
ou impedir a publicação de um artigo de revista, ferindo frontalmente direitos
constitucionais, mas clamando-se defensores da democracia? Liberdade é, de
fato, um conceito relativo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A agenda ocidental que tanto prega diversidade e tolerância torna-se
absolutamente intolerante quando passa de uma certa longitude ao leste. O
paradoxo – ou, em português correto, a hipocrisia – é que só vale diversidade
dentro de um <i>menu</i> degustação ocidental. O <i>chef</i> não trabalha com
pedidos fora da carta.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">(Nota: A Inglaterra e outros não se opunham ao regime do apartheid que vigorou até 1994 na África do Sul. Nossos heróis já
morreram de overdose...)<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Essa incompetência crescente encontrou, do outro lado da
mesa, Putin – o dobermann que está salivando pela bolinha desde 2014 e que
agora perdeu a paciência com a dissimulação ocidental. Afinal, a OTAN pautar o
ingresso da Ucrânia, ferindo sua própria tradição de não considerar elegíveis países com disputa territorial, é uma provocação não-trivial. As promessas de cessar a expansão
dos aliados não foram cumpridas, bem como várias cláusulas celebradas em Minsk
há 8 anos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O <i>day-after</i> da Ucrânia como país-membro da OTAN poderia
muito bem ser uma base de mísseis equipados com ogivas nucleares a 500
quilômetros de Moscou. Uma crise dos mísseis cubanos de 1962 invertida. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Putin resolveu que não chegaria a esse ponto. Sob essa
lente, seria melhor ele aguardar o ingresso do vizinho na OTAN e ter que, futuramente,
agredir um país-membro? Isso seria um ato de guerra aos EUA, Reino Unido, França,
Alemanha, e por aí vai. O ocidente recuaria ou iniciaria uma nova guerra
mundial? Por essa lógica, Putin foi muito mais presciente do que os “líderes”
ocidentais... sempre há o reverso da medalha. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">No livro Antifrágil, Nassim Taleb argumenta que conflitos
menores de tempos em tempos são preferíveis a ciclos longos de paz
interrompidos por raros confrontos armados. Segundo ele, a paz prolongada gera um
acúmulo tal de tensões geopolíticas, religiosas e econômicas que tende a
produzir guerras devastadoras. Claro que não se desejam conflitos armados, mas
a situação Rússia-Ucrânia-OTAN poderia ser muito mais perigosa em alguns anos. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Há uma outra alternativa pior, mas não impossível. O
ocidente provocou, provocou, provocou porque desejava o ataque. Afinal, conseguiria
consubstanciar a demonização de Putin sem ter que sacrificar soldados
americanos, ingleses, franceses, alemães, etc. Ou seja, não estão nem aí para o
povo ucraniano, mas colocam as cores amarela e azul projetadas em seus
monumentos. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Teriam os patetas Macron, Biden e companhia calculado que
angariariam popularidade e suporte postando “eu te disse, eu te disse” no
Twitter? Tudo é possível no metaverso... <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O filme “<i>The fog of war</i>” de 2003 mostra uma
entrevista com Robert McNamara, o secretário de defesa dos EUA na ocasião da
crise de 1962. McNamara explica que os militares americanos defendiam bombardear
Cuba e que estavam a ponto de convencer JFK de que apenas a ação militar
resolveria o impasse. McNamara relata que a situação só caminhou para outro
desfecho quando foi proposto o seguinte exercício de reflexão: “o quê Nikita Khrushchov deseja
colocando os mísseis em Cuba?” e “Khrushchov realmente quer uma
guerra mundial?”. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Pelos ensinamentos de McNamara, uma pergunta crucial é “o
que quer o outro lado?”. Há dobermanns irascíveis, mas não é o caso de Putin – ele está
longe de ser um tosco atabalhoado, diferentemente de um certo capitão. Conhece História profundamente, tem
excelente oratória e exibe incontestável capacidade de liderança. Seus discursos
têm consistência e encadeamento lógico. Ele claramente tem planos e não esconde suas diretrizes. Ou seja: é possível e
salutar tentar compreendê-lo, e esse exercício poderia capacitar o ocidente a evitar
o conflito. Mas a prepotência ocidental só conhece a sua versão de liberdade...</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A ineptocracia reina no oeste. Cada vez mais pessoas
despreparadas alcançam postos de comando – Biden, Macron, Bolsonaro, Boris
Johnson, Trudeau. Cada vez menos o ocidente conta com a sabedoria necessária
para aplicar os ensinamentos de McNamara e tentar entender o problema sob a
lente alheia. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">As redes sociais potencializam o fenômeno da ineptocracia. O
Twitter é uma excelente ferramenta para vencer eleições, mas uma plataforma inútil
para governar. No passado, a havia enorme interseção entre os <i>skills</i> eleitorais
e os <i>skills</i> de governabilidade, mas hoje em dia esse paradigma foi
quebrado.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Governos disfuncionais vão continuar a aparecer nas “democracias”
ocidentais, com “gestão” powered by Apple ou Samsung. É provável que o ocidente
se torne cada vez mais intolerante a outros <i>“ways of life”</i> e que as
questões internacionais sejam tratadas por dementes que conseguirão a proeza de
fazer o mundo ter saudade do bobalhão Jimmy Carter. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Ao final do filme, McNamara relata que anos mais tarde
encontrou Fidel Castro. Na oportunidade, formulou três perguntas ao ditador cubano: “havia ogivas
nos mísseis? Em caso positivo, Cuba estava disposta a disparar? Em caso
positivo, o que Fidel achava que ocorreria em seguida?". De acordo com o
depoimento, Fidel teria respondido: “havia ogivas, eu dispararia sem pestanejar
se Khrushchov desse a ordem, e eu tenho certeza de que Cuba seria
varrida do mapa-múndi rapidamente”. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Dobermanns não blefam. <o:p></o:p></p>Mariano Andradehttp://www.blogger.com/profile/11834326288965556253noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-9157658726984580615.post-75782115293757501802022-01-11T18:18:00.012-08:002022-01-31T12:32:40.357-08:00O vírus chinês e a gripe espanhola<p> </p><p>(Por: Mariano Andrade)</p><p><br /></p><p></p><p class="MsoNormal"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><i>“When
the facts change, I change my mind. What do you do, Sir?” (John Maynard Keynes)</i></span><i> </i></p>
<p class="MsoNormal">A gripe espanhola, que vitimou dezenas de milhões de pessoas
entre 1918 e 1919, foi um surto de influenza. Os deslocamentos de pessoas
ocorridos ao fim da I Guerra Mundial ocasionaram condições para contágio
exponencial e o resultado foi uma tragédia sanitária internacional. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Ao contrário do nome, ela não surgiu na Espanha – os países
envolvidos na guerra censuravam as matérias sobre o tema para que isso não
afetasse o moral de suas tropas. A imprensa espanhola, vez que o país não
estava envolvido no conflito, publicava notícias sobre a doença e acabou por
alertar o mundo sobre o assunto – e o nome pegou: influenza espanhola, ou gripe espanhola.<o:p></o:p></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnLl5HrEXso-6UPZsTpCc0r6T8hLW8KOJmz0b1DsjGAaWgmJO0tueYSOpbbuXShcjVXyUUegMLUyF-5266xOgjM4AqgP_Pt4Ih3CyFKTN3BCe7pM2vSkT5KnAbC9rTdXhpcrDkLv6igz8H/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="166" data-original-width="304" height="175" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnLl5HrEXso-6UPZsTpCc0r6T8hLW8KOJmz0b1DsjGAaWgmJO0tueYSOpbbuXShcjVXyUUegMLUyF-5266xOgjM4AqgP_Pt4Ih3CyFKTN3BCe7pM2vSkT5KnAbC9rTdXhpcrDkLv6igz8H/" width="320" /></a></div><br />
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">No início da pandemia do Covid-19 (vírus originário da China,
embora isso doa em alguns), vários artigos interessantes contrapunham aspectos da
gripe espanhola a possíveis cenários do novo vírus. Alguns resultados eram bem
interessantes, por exemplo a comparação entre estados dos EUA que optaram por
lockdown em oposição aos que não optaram – na gripe espanhola, a adoção de lockdowns
em quase nada minorou o número de mortes por 1000 habitantes, mas causou uma
queda muito mais pronunciada no PIB (em comparação a estados que não
restringiram a circulação de pessoas).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Se não tivesse havido uma combinação de politização, pânico,
oportunismos jornalístico e econômico e idiotização da sociedade, claramente vários
países mundo afora poderiam ter se aproveitado melhor dos estudos sobre a gripe
espanhola para conduzir seu enfrentamento ao Covid-19.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Quase dois anos depois de o mundo entrar em “modo pandemia”,
cabe analisar a situação atual com a variante ômicron. Algumas perguntas são
perfeitamente cabíveis:</p><p class="MsoNormal">Faz sentido haver multidões em filas de 2h, 3h para testar
para o ômicron? Não era para evitar aglomerações? Se você tem sintomas, fique 5
dias em casa. Se não tem, para que testar? Não há como evitar contágio dessa
variante: você saber que é positivo assintomático e, altruisticamente, ficar em
casa, em nada vai contribuir para a sociedade – provavelmente ao ir se testar,
você já transmitiu para algumas outras pessoas. Se correr o bicho pega, se
ficar o bicho come.</p><p class="MsoNormal">
</p><p class="MsoNormal">Faz sentido companhias demitirem funcionários não-vacinados?
Ou o poder público tentar “esmerdear” a vida dos cidadãos não-vacinados, como
postula o medíocre Emmanuel Macron? Se Israel, com altíssima taxa de vacinação e
já indo para a 4ª dose está numa situação de contaminação superior à dos ciclos
anteriores e ascendente (bem como outros “n” países), isso mostra que a vacina
não serve de nada como meio de contenção de contágio. Ou seja, a vacina não protege
o próximo e a decisão de se vacinar ou não deveria ser – pasmem –
individual... igualzinha à decisão de tomar ou não um medicamento qualquer ou de
realizar uma cirurgia eletiva. Para a tristeza de todos, mas em especial dos hipócritas de plantão, Freixo, Dória, Maju Coutinho e afins.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAVaLxsaVhiGiR-YJPnUlJliK9EjaC8BdIaL9GrVyto2fuuWd8xwMldtGVrjC8uys2kivRgvOUE2cbvnLYLppJW1tz8cL7lBeZE5VA7aBX-EtwwjhKtkKiNHT_izDRrOYZsOcoNpjIGdYk/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="381" data-original-width="855" height="286" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAVaLxsaVhiGiR-YJPnUlJliK9EjaC8BdIaL9GrVyto2fuuWd8xwMldtGVrjC8uys2kivRgvOUE2cbvnLYLppJW1tz8cL7lBeZE5VA7aBX-EtwwjhKtkKiNHT_izDRrOYZsOcoNpjIGdYk/w640-h286/image.png" width="640" /></a></div><br />Fazem sentido as restrições de viagens internacionais? Se
somente passageiros com teste negativo podem embarcar, como a ômicron saiu da África
do Sul e conquistou o mundo? Como as tripulações se infectaram tanto, a ponto
de haver um sem-número de voos cancelados por falta de pessoal? Lembrando que
Israel até há poucos dias estava com fronteiras fechadas – de nada adiantou.<p></p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoListParagraph">Da mesma forma, faz sentido haver um “passaporte covid” para
que o cidadão entre em estabelecimentos como clubes, restaurantes, teatros,
etc? Isso não protege absolutamente ninguém.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoListParagraph">Faz sentido vacinar crianças de 5 a 11 anos, faixa etária
onde a letalidade foi baixíssima nas outras variantes e provavelmente ainda
menor na ômicron? Sabe-se que as vacinas têm efeitos colaterais, por exemplo
miocardite. A maioria das crianças dessa idade nunca realizou exame coronariano
e, portanto, os pais não sabem se têm patologia ou não.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoListParagraph">Faz sentido uma vacina específica para a ômicron prevista
para chegar ao mercado em março? Uma variante de sintomas brandos e baixa
letalidade... Uma vacina cujos efeitos colaterais ainda não conhecemos... </p><p class="MsoListParagraph"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgA6lQnp6djH_W0dAsCGaEx9uBE_du7VSvNP5HWl5JmfxfIwWa6eTZZKyKwnltkc8go7snNj6sxoHcF3Npb73FvtGrC-Zl8o3C5G09Dmi-oEST5I8QaP0NY0SRtu5LXok0LHRa9fbJVmGXQ/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="413" data-original-width="916" height="288" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgA6lQnp6djH_W0dAsCGaEx9uBE_du7VSvNP5HWl5JmfxfIwWa6eTZZKyKwnltkc8go7snNj6sxoHcF3Npb73FvtGrC-Zl8o3C5G09Dmi-oEST5I8QaP0NY0SRtu5LXok0LHRa9fbJVmGXQ/w640-h288/image.png" width="640" /></a></div><br />Está na hora de a sociedade e o poder público tratarem a
ômicron como uma gripe e não como a nova varíola. Existe um <i>moral
hazard</i> grande em fazê-lo, mas o custo de continuar essa histeria é enorme –
o impacto social e econômico é nefasto.<p></p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Cabe perguntar à “Ciência”, ente frequentemente evocado e
torturado ao longo dos últimos dois anos? Vejamos: os médicos relatam sintomas
leves, poucas internações (sendo a maioria delas com condições pré-existentes).
Os cientistas e médicos suspeitam que o ômicron tenha dificuldades de descer
para o pulmão, vivendo nas vias aéreas superiores do indivíduo acometido (daí
os sintomas leves), o que torna a variante mais contagiosa, porém relativamente
inofensiva. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A exemplo da gripe espanhola, a mídia segue filtrando
opiniões e quase censurando quem tentar lançar uma luz nas questões em tela e
olhar o problema de forma cartesiana...<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">**<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Os lockdowns de 2020 foram uma reação legítima à taxa de
letalidade naquele momento, à situação de esgotamento da capacidade hospitalar,
ao desconhecimento da doença, etc. Talvez tenham sido inócuos, talvez seu custo
tenha em muito superado os benefícios, mas talvez tenham sido a única reação
possível. Passados quase dois anos, temos muito mais dados e evidência
empírica, e algumas conclusões são óbvias. O mundo vai repetir o erro de
ignorar os dados?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Felizmente a Espanha parece novamente querer alertar o
mundo. Na primeira demonstração de coragem do poder público em discutir o
assunto com serenidade, as autoridades espanholas declararam que estão
preparando o país para tratar o ômicron (e quem sabe futuras variantes de baixa
letalidade) como uma gripe. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://sol.sapo.pt/artigo/758870/espanha-pretende-avancar-com-plano-para-tratar-a-covid-19-como-se-fosse-gripe">https://sol.sapo.pt/artigo/758870/espanha-pretende-avancar-com-plano-para-tratar-a-covid-19-como-se-fosse-gripe</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A ver qual o pacote e as modificações que virão. Mas a ideia
do governo espanhol é bem diferente da tosquice midiática da “gripezinha” que
nos envergonhou mundo afora em 2020 – aqui, trata-se de uma reação à maciça evidência empírica de que os fatos mudaram. <i><span face=""Arial",sans-serif" style="background: white; color: #4d5156; font-size: 10.5pt; line-height: 107%;">¿</span>Qué
haría usted, señor?<o:p></o:p></i></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><p></p>Mariano Andradehttp://www.blogger.com/profile/11834326288965556253noreply@blogger.com10