Home oyster


(Por: Mariano Andrade)

Roberto Goizueta foi o executivo que comandou a Coca-Cola nas décadas de 80 e 90 até seu falecimento em 1997. Sua gestão foi extremamente vencedora e as ações da companhia tiveram uma valorização sensacional no período.

Goizueta foi um inovador. Durante sua liderança, a empresa adotou a medição de resultados pelo EVA (economic value-added), medida que deduzia do lucro contábil o valor do custo de capital. Mais tarde, diversas outras companhias passaram a adotar metodologias similares e, em pouco tempo, o conceito tornou-se o padrão entre as grandes corporações.

O maior erro de Goizueta enquanto esteve à frente da Coca-Cola foi o lançamento da New Coke em 1985. A Pepsico havia iniciado uma campanha publicitária agressiva mostrando blind tests reais realizados no meio da rua em diversas cidades americanas. Nesses blind tests, a pessoa era vendada, provava um gole de coca-cola e um gole de pepsi-cola e depois era instada a dizer qual sabor preferira. A esmagadora maioria dos testes indicava uma preferência pelo sabor da pepsi-cola.

Goizueta entendeu que estava havendo uma mudança de gosto no consumidor e colocou em curso um projeto para alterar a fórmula da coca-cola, deixando-a mais açucarada. Nascia a New Coke.





A New Coke foi um fracasso tanto nas métricas mercadológicas como em relação a outros stakeholders: houve uma onda de processos movidos por engarrafadoras independentes além de represálias na opinião popular e recordes de reclamação nos serviços de SAC. Apenas alguns meses após o lançamento da New Coke, a fórmula original foi reintroduzida no mercado com o nome de Coca-Cola Classic. A New Coke foi descontinuada em 1992, já após ter sido rebatizada Coke II.

O livro Blink de Malcolm Gladwell faz uma análise post-mortem interessante do fiasco. Afinal, por que o produto concebido com base em resultados estatisticamente significativos dos blind tests falhou tão espetacularmente? A explicação é que os blind tests não refletiam a experiência de consumo da vida real. Nos primeiros goles, os consumidores de fato preferem o sabor mais açucarado, mas ele se torna enjoativo rapidamente e piora substancialmente a experiência de beber uma latinha inteira.

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A pandemia do covid-19 e o confinamento em diversos países levou à necessidade de as empresas funcionarem com a maioria (ou a integralidade) de seus quadros em home office. O fato de boa parte das pessoas contar com plano de dados ou banda larga, além da disponibilidade de ferramentas de vídeo-call, possibilitou uma transição relativamente suave. Em geral, o home office funcionou bem.

Algumas empresas rapidamente anunciaram home office até o fim de 2020. Outras, mais vanguardistas, já decretaram que oferecerão a opção de home office indefinidamente aos seus funcionários. Algumas companhias já comunicaram a devolução de lajes comerciais, redimensionando seu espaço para um número menor de pessoas com postos permanentes no escritório.

Esse movimento tão apressado pode ser a New Coke de vários CEOs competentes e bem-sucedidos.

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Na biografia de Steve Jobs, o escritor Walter Isaacson conta que, quando a Apple decidiu construir sua nova sede, Jobs queria apenas um conjunto de banheiros, situado no centro do enorme complexo. Segundo Jobs, o encontro aleatório de pessoas de diferentes departamentos era algo desejável e a existência de apenas um conjunto de banheiros estimularia o tráfego de funcionários e aumentaria o número desses encontros. Jobs acreditava que essas interações eram fundamentais para a geração de ideias, insumo indispensável para uma companhia inovadora como a Apple. Depois de muito trabalho dos arquitetos, Jobs foi convencido a aceitar dois conjuntos de banheiros, dadas as enormes dimensões da sede.

Jobs tinha razão. Muitas invenções transformadoras aconteceram por acidente, como a borracha vulcanizada e a penicilina. O autor Nassim Taleb também toca nesse ponto em seu livro Fooled By Randomness, postulando que o indivíduo que pega sempre o mesmo trem, rigorosamente no mesmo horário, limita a aleatoriedade em sua vida e está perdendo oportunidades de fortuitamente encontrar velhos amigos, um novo romance ou um financiador para seu novo projeto que usem trens em outros horários.

No home office, nada disso acontece. Não há encontros aleatórios e nem acidentes fortuitos. Portanto, as empresas que adotarem home office para sempre, ou home office para certos times certamente perderão em criatividade coletiva. Podem estar economizando despesas de aluguel no curto prazo e tornando a vida dos funcionários mais fácil, mas criam brechas para concorrentes que melhor preservem sua capacidade inovadora. Isso pode custar muito caro no longo prazo.

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O home office funciona bem individualmente, a produtividade é muito grande, as pessoas se fecham em suas “ostras” domésticas e produzem como loucas de 8 da manhã às 8 da noite, engolindo um almoço em 15 minutos. Há a sensação de muita produção, mas a maior parte é cumprimento de processo.

Por outro lado, a produtividade coletiva é péssima. As reuniões virtuais são ineficientes, é mais difícil controlar os horários, há uma formalização desnecessária para todos os assuntos (“call” para tudo, mesmo para assuntos que demandariam um bate-papo de 2 minutos presencialmente). Isso tudo sem falar no quesito inovação.

Trabalhar em ambiente tipo “ostra” inibe a otimização do uso do cérebro. É normal terminar um vídeo-call de uma hora muito mais cansado do que após uma reunião presencial de duas horas. Num call de uma hora dentro um bunker de home office, o indivíduo está forçando seu cérebro a usar toda sua capacidade cognitiva em uma imagem e um som. Numa situação presencial, o cérebro despenderia energia em outras decodificações (Qual a expressão corporal de cada participante? Quem passou no corredor? Vale a pena pedir um café para acalmar os ânimos?) e operaria de forma mais equilibrada. O desequilíbrio causado pelo vídeo-call exaure o indivíduo de forma desproporcional, muito poderio cognitivo é empregado em uma situação pouco complexa. Ou seja, a produtividade coletiva à distância é fisiologicamente comprometida, mesmo que a tecnologia permita a interação.

Como a interação com outras pessoas é inevitável, no longo prazo o home office drenará energia de seus usuários e a sensação de alta produtividade evaporará. Exceto em equipes estritamente processuais onde a produção é majoritariamente individualizada (como por exemplo em programação computacional), os próprios funcionários que hoje dizem preferir o home office vão mudar de ideia com o tempo. Afinal de contas, somos seres sociais.

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A experiência de quatro meses em home office é pouco representativa. Tratou-se de um período onde havia muitas incertezas ocasionadas pela pandemia e, portanto, inovação não foi uma pauta premente nas companhias. As pessoas ocuparam-se majoritariamente de processos e percebeu-se uma produtividade elevada. Mas esse é o arquétipo da conclusão precoce baseada em premissa equivocada: assim como ninguém toma apenas um gole de refrigerante, nenhuma companhia prospera (nem mesmo se mantém) apenas cumprindo processos.

Sancionar home office em caráter permanente pode ser a nova New Coke.



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ENGLISH VERSION


HOME OYSTER
(Written by Mariano Andrade)

Roberto Goizueta was Coca-Cola’s top executive in the 80s and 90s until his passing in 1997. His tenure was extremely successful and led to an outstanding stock performance during that period. 

Goizueta was an innovator. Under his leadership, Coca-Cola adopted EVA (economic value-added), a metric that deducted the cost of capital from the accounting profit. Thereon, several companies adopted similar methodologies for evaluating performance and the concept introduced by Goizueta became a hallmark among large corporations.

As Coca-Cola’s CEO, Goizueta’s biggest mistake was the launch of the New Coke in 1985. At that point, Pepsico had aired an aggressive ad campaign which showed actual blind tests conducted in the main streets of various American cities. Test subjects were blindfolded and then would take a gulp of Coke followed by a shot of Pepsi, at which instance they were summoned to choose the best flavor. Pepsi won by a landslide with scaring consistency.

Goizueta concluded that taste had changed and promptly initiated a project to alter Coke’s formula towards a sweeter taste. New Coke was born.


New Coke was a disastrous flop, not only in terms of sales figures but also in relation to other stakeholders: there was a wave of lawsuits initiated by bottlers, a serious public backlash and a record number of customer complaints placed with the company’s call centers. Just a few months after New Coke had been launched, Coke’s original formula was reintroduced to the marketplace as “Coca-Cola Classic”. New Coke was renamed “Coke II” but ended up being discontinued in 1992.

Malcolm Gladwell’s Blink provides a very interesting post-mortem analysis of the New Coke fiasco. How could a product aimed to benefit from a change in taste that was supported by loads of blind test data fail so spectacularly? The explanation is that the blind tests did not capture real life consumption experiences in the case of soft drinks. In the first few gulps, drinkers do tend to prefer the sweeter Pepsi flavor, but in larger quantities it becomes overly sweet, such that the experience of having an entire can is substantially less enjoyable. 

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The covid-19 pandemic and the confinement in several countries led companies to adopt home office permission and protocols for the majority (or the entirety, in some cases) of their white-collar workforce. It did help that broadband and unlimited internet plans are now the norm, as did the availability of videocall apps which rendered the transition seamless enough. In general, home office worked well.

On the back of this initial experience, some companies surely and quickly enough announced home office for everyone until the end of 2020. Others, more in the forefront, have already decided on “home office forever” for those members that so wish. In fact, several firms have already notified their landlords about their intention to not renewal (or even cancel) leases, scaling down their real estate footprint to smaller spaces with much fewer workstations. 

These all-in-a-rush decisions and announcements might prove to be the “New Coke” of many respected and successful CEOs.

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Walter Isaacson recounts in Steve Jobs’ biography that, when Apple decided to build new headquarters, Jobs insisted that the premises had one single set of restrooms, centrally located in the immense complex. According to Jobs, the random meetings of employees from different parts of the company was very much desirable and the single-restroom layout would ensure a heavy traffic in the hallways and increase the number of such meetings. Jobs believed that those unplanned interactions were crucial to idea generation and cross-product innovation, indispensable raw materials for a company as innovative as Apple. After much pushback from the architects, Jobs settled for two restroom lounges. 

Jobs was right. Many breakthroughs happened by accident, such as vulcanized rubber and penicillin. Nassim Taleb’s Fooled By Randomness touches on the very same issue and outlines the benefits of allowing some uncertainty into our lives – a commuter who invariably takes the same morning and night trains every single day may be missing the chance of bumping into old friends, meeting a new love or finding a seed investor for a new project, all of which are out there but may ride different trains.

At home office, none of that happens. There are no random encounters, there is no serendipity. Therefore, companies that go on and permanently adopt home office for certain teams and functions will certainly forego the benefits of collective creativity. They may be saving lease costs in the short-term and their employees might work longer shifts as they skip commuting, but the competitors who better preserve their innovation potential might gain an important edge. In the long run, this seemingly tiny competitive concession might cost an awful lot.


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On an individual basis, home office works fine, productivity is high as idle time is vastly reduced. People nest themselves in their domestic “oysters” and madly punch a computer from 8AM to 8PM, save for some 15 minutes devoted to quickly swallowing lunch. The feeling is one of high output and accomplishment, but for the most part people just fulfill processes while at home office.

On the other hand, collective productivity is terrible. Online meetings are inefficient, it is more difficult to manage one’s use of time, there is excessive and unnecessary formalization (every single detail spurs a videocall involving ten people, while in a real office it would be decided in a quick 5-minute assembly). No mention yet to innovation.

Working in an “oyster” environment inhibits good brain functioning. It is normal to finish a 1-hour videocall much more fatigued than after a 2-hour physical meeting. During a 1-hour call inside a home office bunker, a participant’s brain is forced to deploy its entire cognitive power into a small screen and a set of earphones. By contrast, in a physical rendezvous, the human brain would dispense energy in various other decodification efforts (What is the body language of each participant? Who is curiously observing the meeting through the glass wall? Should coffee be ordered in an effort to dispel the building tension?) and would operate in a more balanced fashion. A 1-hour videocall exhausts the participants because too much cognitive power is employed in a situation that is fairly uncomplex. Hence, collective productivity is physiologically compromised, even if the available technology allows for remote interaction.

In any enterprise, interacting with other people is inevitable. Thus, home office interation will have to happen, it will drain considerable energy from the workforce and the sensation of high productivity will evaporate. Save for teams and functions that are strictly process-based or whose production do not require much interaction (such as code writing), the workers who presently enjoy working from home will change their minds with time. After all, we are social beings. 


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The present 4-month home office experience is not representative. It was inserted in a period in which there was far too much uncertainty and hence innovation took a backseat in most companies’ agendas. Remote work was aimed primarily at maintaining operations and making sure that processes remained well-oiled, but it nonetheless created a sense of great productivity. Extrapolating this limited experiment is the archetype of precocious conclusions based on wrongfooted assumptions: just as sure as no drinker takes a single gulp of soda, no company prospers (or even survives) solely by running processes.

Adopting home office on a permanent basis may prove to be the new New Coke.


Comments

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    1. Obrigado. Fique à vontade para visitar as outras postagens no home do blog. Abs

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  2. Mariano, excelente artigo. Como faço para falar com você? Pode me passar um contato, por favor?

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  3. Obrigado, Jean. Fique à vontade para visitar os outros artigos do blog. Abs

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  4. Gostei muito, vc tem artigos que relatam experiência em pequena empresa de prestação de serviço, transporte, após a pandemia.

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    1. Obrigado. Sobre esse tema específico, não. Toco em alguns pontos nesse link aqui

      https://c-ponto.blogspot.com/2017/12/sunob-demografico.html

      Embora seja sobre as grandes operadoras de ônibus...

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    2. Falo sobre a pandemia neste aqui

      http://c-ponto.blogspot.com/2020/08/paodemia.html

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  5. Contraponto muito interessante e com bons argumentos. Parabéns!

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    1. Obrigado, Eduardo. Fique à vontade para visitar os demais artigos do blog.

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  6. Embora discorde totalmente do texto, reconheço a qualidade do mesmo.

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  7. Eu também acho reuniões virtuais estressantes, mas acho que é apenas falta de costume. Quando meu filho mudou para o exterior, cada chamada de vídeo era um acontecimento, mas agora, depois de 10 anos, é como se ele estivesse ao meu lado. Podemos falar por horas enquanto realizamos outras atividades.

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    1. Interessante seu relato, mas acho que o uso do cérebro é diferente de uma situação profissional. Outro dia saiu uma entrevista do Daniel Goleman no Valor falando com mais propriedade do que eu sobre o tema de reuniões virtuais. O ponto que ele coloca é que o cérebro não está programado (ou acostumado) para identificar em um mosaico de videocall quem está concordando ou discordando de você. O cérebro não é munido de informações que habitualmente temos nas interações presenciais. Vale a leitura!

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    2. "O corpo fala". Muito da interação foi perdida. Seu artigo é brilhante, parabéns!

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    3. Tentei encontrar a entrevista do Daniel Goleman no Valor mas não encontrei. Teria o link? Grato.

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    4. Acho que é esse aqui

      https://valor.globo.com/carreira/noticia/2020/08/31/aprender-sobre-as-emocoes-e-tarefa-essencial-na-crise.ghtml

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  8. Boa tarde Mariano, gostei muito do seu textão sobre esse home office enjoativo... Voce usa o linkedin ? não te achei por lá, e não consigo compartilhar diretamente por aqui. Mas, vou compartilhar com seus creditos e link desta pagina. Sucesso. abs Patricia Asseituno

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    1. Oi, Patricia. Obrigado pelo comentário

      Vc pode compartilhar esse link se quiser, ele funciona via whatsapp:

      http://c-ponto.blogspot.com/2020/07/home-oyster.html

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  9. Oi Mariano. Gostei da sua reflexão. Vc tem linkedin?

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    1. Obrigado. Pode me mandar email no macd.andrade@gmail.com

      Abs

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  10. Olá, desculpe vai vou discordar. Sua análise se limita ao ser social somente no trabalho. Sem ignorar a importância do trabalho na vida das pessoas, acredito que home office possibilita a potencializar outras relações, sobretudo as familiares. A troca de ideias com filhos, esposa e pessoas fora do ambiente do trabalho, na minha avaliação, tb pode estimular a criatividade. Da mesma maneira que vc citou exemplos de situações em que o ambiente presencial leva vantagem, há inúmeras outras que o virtual da conta sem prejuízos. Enfim, tudo depende de como cara indivíduo se relaciona e equilibra as bandejas trabalho-família-vida social. A discussão é boa e vale a reflexão equilibrada.

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    1. Olá. Nenhum problema discordar. O artigo fala mais sobre decisões precoces com informações limitadas ou que não reflitam o cenário real. E também sobre as limitações do home office, mas não discordo que o HO tem sua utilidade dentro de um mix balanceado. Saberemos melhor em alguns anos, talvez tenhamos amostras de empresas que tiveram decisões diferentes e poderemos avaliar suas respectivas performances.

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  11. Muito boa sua visão sobre o homeofice e acho que, se houver uma programação de um período home intercalado com o presencial seria perfeito !

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    1. Oi , Sonia. Sim, um balanceamento dos 2 formatos pode ser muito útil em alguns casos. O artigo fala sobre decisões precoces, que acho que foi o caso de alguns anúncios. Veremos em alguns anos...

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  12. Resumiu tudo. Há uma infinidade de interacoes que ocorrem num ambiente de trabalho que jamais se reproduzira no home office. O deslocamento, a solucao numa conversa de corredor, num encontro de vaga de garagem... jamais

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  13. Excelente reflexão, como você citou nosso cérebro não está preparado e outras doenças virão através do HO, esses encontros fazem muito bem, em um certo momento pensei até em adotar, mas tenho lido algumas reflexões assim como a sua que me fizeram parar para refletir, mas também gosto da ideia de HO intercalado, onde permitimos os encontros inusitados na vida profissional e potencializar as relações familiares, buscando um equilíbrio entre os dois.

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    1. Obrigado. Sim, um mix equilibrado pode ser útil. Veremos em alguns anos...

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  14. Parabéns! Cabe uma análise com olhar no passado da humanidade para verificar quando nós como espécie evoluímos coletivamente.

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  15. Excelente contraponto, sendo mesmo necessário avaliar os efeitos no longo prazo.
    Parabéns!

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  16. I agree , the balance is need always

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  17. I agree , the balance is need always

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  18. I agree , the balance is need always

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  19. Excelente reflexão. A confirmação de resultados requer tempo e é muito dependente das ações que estão sendo tomadas agora. Se não forem estabelecidos limites e disciplina, tanto individuais como coletivos, a "vida particular", incluindo pricipalmente saúde e família, serão fortemente comprometidas. O mundo corporativo passou a ser acessível e presente em 100% do tempo para muitas pessoas, de uma forma muito rápida. Isso foi e está sendo muito bom mas sem acompanhamento adequado, pode trazer conseqüências indesejadas.

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  20. Ola. Parabens pela reflexão. Para mim, faz sentido. Trabalho ha anos majoritariamente em home office e com 2 idas semanais ao escritorio. Mas nunca estive tão cansado como nesses meses. Posso compartilhar seu texto?

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    1. Oi, Luiz. Procure uma entrevista no Valor do Daniel Goleman. Fala sobre o uso do cérebro nos videocalls com bastante mais propriedade do que eu. Pode compartilhar o link sem problema. O texto viajou pela internet com algumas modificações "não-oficiais", rsrs. Abs

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  21. Caro Mariano
    Trabalhei em home office durante 12 anos, retornei para o trabalho presencial por cerca de 2 anos, e agora, com a pandemia voltei ao teletrabalho. Realmente as reuniões remotas são muito mais cansativas do que as presenciais, estão todos constatando isso... Mas estou achando ótimo agora que muitos (a maioria do meu relacionamento profissional) estão em trabalho remoto. Antes era comum eu participar de reuniões onde somente eu participava remotamente e os outros participantes estavam fisicamente em uma sala de reunião... daí o povo esquecia que tinha um participante remoto. E quando duas ou mais pessoas falavam junto, éra impossível entender a mistura de sons que chegava no fone. Agora não sou mais esquecido ;)
    Como tudo, o home office tem o lado bom e o ruim. Faço reuniões diariamente com participantes de vários estados... os projetos que participo não pararam com a pandemia, então, o fato de não ter o problema da distância é talvez, o principal ponto positivo.
    A falta do lado social é possível amenizar com encontros virtuais para simplesmente tomar um cafezinho ou fazer um happy hour virtual com os amigos... Substitui os encontros presenciais? Claro que não! Mas posso reencontrar os amigos distantes com mais frequência...
    Vencido o problema do espaço, vem o problema do tempo... não perdemos tempo no trânsito, poluímos menos o ar, etc. etc...
    E o lado negativo? Tem um livro do Pierre Lévy (O que é Virtual?) que fala bem de uma questão, que quando li, há mais de 20 anos, não tinha entendido bem o que ele queria dizer. Quando me tornei um teletrabalhador, entendi. Lévy fala que no virtual o público se mistura com o privado. Esse é, talvez, o lado mais perverso do home office.

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    1. Eloi, obrigado pelos comentários. Interessante sua observação, realmente a pandemia forçou a haver uma "etiqueta" para videocalls. Abs

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    2. Sim, é verdade. Mas creio ir além da etiqueta ou da netqueta... é um pedaço da sua casa virar "público", é a invasão do aconchego do lar, é a dificuldade em separar o seu espaço privado com o profissional, é o seu tempo privado ser invadido. A fronteira fica difusa...

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  22. Caro Mariano, muito interessante o artigo, excelente visão deste momento atípico que estamos passando. Eu não trabalhava em home office, trabalhava sim em casa as vezes depois o horário ou fim de semana, mas comecei devido a pandemia. Então para mim foi uma adaptação ao dia a dia. Realmente no "HO", você fica mais tempo em frente ao computador e precisa ter uma disciplina. Concordo em vários pontos, com o seu artigo, principalmente na parte da coletividade, realmente sinto falta do contato "face to face". Em relação a este ponto, uma coisa interessante, nas calls que tenho realizado, são poucas as pessoas que aparecem com vídeo, a grande maioria, fica somente na voz, sem imagem, a "desculpa" é que carrega a rede e fica ruim, com falhas de comunicação. Agora a minha intensão, é começar ir a no escritório uma vez por semana, assim começo a "quebrar" um pouco a rotina. Abs.

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    1. Obrigado pelos comentários e por compartilhar sua experiência sobre HO. Abs.

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  23. Texto muito bom e pertinente aos dias de hoje. Eu já trabalhava home-office antes mesmo da pandemia, pois a maioria dos meus trabalhos são de desenvolvimento de sistemas e qualidade de software, facilitando assim o trabalho remoto. Mas sempre fiz questão de 1 ou 2 reuniões semanais para "sentir" o contato, feedback e ideias do parceiro (e também do cliente) mais de perto e até ler um pouco da "linguagem corporal", coisa que é difícil de fazer remotamente. Parabéns pelo texto e pelo blog. de qualidade. Estou gostando do conteúdo.

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    1. Jonga, obrigado pelos comentários. Legal ver o pessoal que tem mais vivência com HO trocando experiências aqui e, por vezes, discordando. O debate está bem legal. Vamos ver em alguns anos como vai ficar esse "mix" em cada tipo de empresa. Acho que uma coisa é certa, viabilizará contratações remotas. Abs.

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  24. Concordo integralmente com seu texto no sentido que conclusões sobre as vantagens ou não do home office são muito precipitadas para um evento ainda recente. Até o ano passado trabalhei em uma organização educacional internacional onde as reuniões virtuais eram uma constante e muito se podia resolver. Entretanto as reuniões presenciais que por foram ficando raras por questões de custo, eram sem dúvida as que mais estimulavam as pessoas. Acredito que um balanceamento racional entre atividades presenciais e reuniões virtuais poderá chegar a um resultado melhor para as organizações. Oscar Hipólito

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    1. Oscar, obrigado pelos seus comentários. Vamos ver onde esse negócio vai parar e o tipo de mix que cada setor/cia vai adotar. Abs.

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  25. Prezado Mariano, tentei procurar e não achei referências sobre seu perfil, sugiro que publique no seu blog para que saibamos de quem é a opinião que está sendo emitida. Com relação ao seu post sugiro também duas leituras a todos que estão aqui concordando com você:
    https://www.euax.com.br/2020/05/programa-de-inovacao-em-home-office/
    https://medium.com/innovation-machine/home-office-or-corporate-office-the-future-of-collaboration-9756b1fb6343

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    1. Oi, Gilberto. Obrigado pelos artigos , vou ler sim. Abs

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    2. Li os dois textos sugeridos e, apesar de escritos no calor do momento pandêmico, continuo concordar com o Mariano ao dizer que ainda é muito cedo para tirar conclusões definitivas sobre home office como a solução para as organizações. Como diz o velho ditado: prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém!

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    3. Também não vimos os efeitos na saúde das pessoas. Em regime de HO for all, nem todos teriam a mesma disciplina para manter rotinas e regras. Os corpos reagiriam de forma diferente a , por exemplo, o excesso de radiação azul da tela por mais horas. Etc etc etc. A produtividade individual média não será a mesma daquela observada nos primeiros meses de pandemia, creio.

      O ponto principal do artigo é realmente apontar a decisão precoce.com base em dados incompletos ou misleading. E , acessoriamente, mostrar o que se perde com a proposta de HO Forever.

      Mas o tempo dirá. Veremos. Algum dia , daqui a 20 anos, talvez haja um novo livro no estilo "built to last" comparando as cias que tomaram diferentes caminhos

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  26. Me inspirei e fiz adendos, espero que não se incomode: SUCESSO pra ti. https://www.linkedin.com/pulse/que-refrigerante-voc%25C3%25AA-quer-beber-libia-macedo-cem

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  27. Raciocínio muito bem estruturado e bases históricas consistentes, parabéns pelo trabalho ! Divulguei fortemente no segmento do turismo corporativo que foi fortemente afetado pelo Covid.

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  28. Muito Bom!!!! Parabéns Mariano !!!!

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    1. Se for o Mauro que eu estou achando.... Larga esse HO aí na terra da new coke e vem tomar uns chopes aqui com a galera
      Rsrsrs. Vcs faz muita falta, irmão. Abs

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    2. A melhor coisa é poder tomar um chopp com os amigos. HO não está com nada !!!

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  29. Olá Mariano! Será que não é uma resistência enorme a mudança, por ser mais fácil voltar a ser como era, do que desenvolver formar de fazer melhor? O homeoffice é o presente. Não há necessidade de associar crescimento e troca com presencial. O Inside Sales, é a forma de negociação que mais cresceu e se estabeleceu nos últimos anos, e ele consiste justamente em nem ver, nem tocar, mas vender com qualidade, escuta ativa e tudo que for necessário.
    MAs é ótimo levantar o tema pra reflexão.

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    1. Olá. O futuro ninguém sabe, mas o artigo fala principalmente de decisões precoces.

      Sobre gestão, não conheço modelos totalmente virtuais, mas podem existir.

      Sobre inovação, veremos. Mas acredito muito no poder do acaso, ele multiplica os cenários.

      Abs

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  30. Eu lembro Alvin Toffler. Falando disso, me parece que nem o presencial nem o home office, mas nós. Prontos a aprender, desaprender e reaprender.

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    1. Boa colocação. Vamos ver se conseguimos reaprender as relações humanas e profissionais pós 2020. Em todos os campos , teremos mudanças.

      Aqui no Brasil desaprendemos a debater, tudo virou binário, bem antes do covid, e não sei quando/se reaprenderemos.

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  31. Texto muto bom de verdade, concordo com ele entorno de 90%, mas como tudo na vida, não podemos ir aos extremos, tudo tem o seu lado bom e seu um lado ruim, temos que sempre achar um meio termo.
    Eu discordo quando ele fala que a produtividade aumentou com o Home office, acho que em sua maioria o Brasileiro não tem maturidade suficiente para o Home office, em grande parte as pessoas sempre pensam em levar vantagem, deixando suas atividade para depois ou para outros fazerem, poucas pessoas pensam no bem comum, em como posso fazer esta atividade mais rápido e melhor, trazendo um melhoria para ele e para empresa em que trabalha. Isso não é exclusividade do Home office, mas as pessoas acham que estão mais protegidas porque não tem ninguém olhando, em muitos casos não temos como mensurar as horas realmente trabalhadas de cada dos colaborador, e quando falo trabalhada e trabalhadas mesmo, não é conectar em uma VPN e largar o computador ligado ou preencher uma planilha com as mesma atividade do dia anterior.
    Eu concordo principalmente com a parte que ele fala que a empresa tem que ser um seleiro de inovações, por melhor que a pessoa seja tecnicamente ela nunca vai ter todas as repostas, as vezes uma pessoal que mesmo sendo inferior tecnicamente que outra ou até mesmo não sendo técnica, pode ter uma visão diferente da situação que você tem, levantado ao debate ou mesmo um pensamento diferente.
    Como fala o autor somos seres sociais, por mais que tenhamos dias que não queremos ver ninguém, é sempre bom o convívio social. Acho que a guerra da Coke como ficou conhecida trouce uma lição, mas temos varias outras que mostra que a inovação traz sempre bons frutos, é sempre uma linha tênue entre o fracasso.

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  32. Me surpreende esse comprometimento com o Home office , principlamente quando vindo de grandes empresas globais pois o conceito de Home Office e' antigo, ha' mais de 25 anos e se nao foi adotado ate' agora deve ter algum motivo. Trabalho numa grande empresa global de TI que foi uma das precursoras do HO e em 2018 começou a reverter o processo , pois entendeu que com a reciclagem da força de trabalho ao longo dos anos, era necessario concentrar novamente nos escritorios, dar um banho de cultura corporativa nos novatos, reenergizar, criar laços com a empresa , etc.... É claro que a Covid deu uma parada nesse processo mas será retomado oportunamente.

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  33. Muito bons seus argumentos e bastante interessante seu ponto de vista. Textos que nos fazem refletir sobre "certezas coletivas " sempre são fundamentais! E concordo plenamente: somos seres sociais e aquela parada para o cafezinho na cantina da empresa é um vetor para novas visões sobre um mesmo assunto, argumentações, soluções de problemas e até, uma boa gargalhada!

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  34. Excelente !
    Como faço para acompanhar os próximos?? Tem Twitter??
    Att
    LF

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    1. Oi, LF. Obrigado pelo elogio. Sou relativamente old school e não tenho twitter. Eu coloco sempre os textos aqui no blog. A home é
      C-ponto.blogspot.com

      Abs

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  35. Sugestão de leitura, contraponto do contraponto. Um livros escrito muito antes da pandemia.
    https://basecamp.com/books/remote

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  36. Excelente, extremo bom senso. A unica coisa que não podemos aceitar são os modismos em Liderança. Nunca deram certo. A cultura é forjada pela liderança com a proximidade humana no mais alto nível.

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    1. Barreiro, obrigado pelos comentários. É bem difícil liderar sem empatia, e empatia sem proximidade humana é muito difícil de alcançar. Há alguns líderes fora da curva que poderiam ficar em Marte e ainda assim conseguir aglutinar um time em busca de objetivos empresariais... mas, por definição, são poucos.

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  37. This comment has been removed by the author.

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  38. Uma forma diferente de pensar sobre o tema. Parabéns.

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  39. Eu penso um pouco diferente. Acredito que o trabalho em casa é uma tendência e praticamente qualquer empresa pode se beneficiar com ele. Me parece muito cedo pra afirmar que esta forma de trabalho pode trazer algum prejuízo à criatividade e à inovação. Conheço empresas de desenvolvimento que já nasceram com a cultura do trabalho remoto mesmo antes da pandemia. Mas é preciso avaliar caso a caso. Algumas empresas poderão ter dificuldades, outras conseguirão se adaptar e encontrarão meios de superar ou diminuir as dificuldades. O mundo está em constante mudança e hoje, mais do que nunca, as empresas precisam de resiliência para sobreviver. Mas parabéns pelo artigo.

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  40. Muito bom teu Texto. Reflexão muito pertinente e inovadora de enxergar o tema.

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