(Por: Mariano Andrade)
“Os 33” é um filme que mostra a história dos 33 mineiros que
ficaram soterrados depois do desabamento de uma mina de cobre no Chile. O
acidente ocorreu em 2010 e, graças a um trabalho coordenado e eficiente de
autoridades e técnicos, todos os 33 trabalhadores foram resgatados com vida
após incríveis 69 dias aprisionados a 700 metros de profundidade. Esta operação
de salvamento, merecidamente, é motivo de orgulho nacional no país.
No Brasil, também temos nossos “33” – os trinta e três
bárbaros que recentemente promoveram e filmaram o estupro coletivo de uma jovem
de 16 anos. Não há palavras para descrever esta monstruosidade. Ela é a
antítese do resgate chileno, pois soterra a sociedade ordeira sob o medo e a
desesperança.
Estupro é crime hediondo. Filmá-lo é requinte de crueldade.
Estupro coletivo com 33 homens, no
entanto, ganha status de tortura.
Os parlamentares e artistas de esquerda que – com razão – se
enojam quando Bolsonaro enaltece um ex-torturador, têm suas mãos manchadas de sangue.
São os mesmos defensores dos direitos humanos que esperneiam contra a redução da maioridade penal, criando espaço para que a barbárie-mirim tenha
salvo-conduto. Ou seja, de uma maneira tortuosa defendem bandidos e torturadores.
Segurança é uma aspiração básica do ser humano, como já postulou Maslow. Violar o estado de segurança significa afrontar um direito elementar da população e um dever primo do governo. Molon, Jean Wyllys, Chico e outros pseudo-intelectuais são lenientes com os marginais que estupram um direito básico das pessoas de bem. E ainda se proclamam "defensores dos direitos humanos". É lamentável.
(Parênteses: Resta absolutamente inaceitável que Marcelo
Freixo integre a comissão de direitos humanos da Alerj, pois ele faz parte da
trupe que defende as “vítimas da sociedade”).
Décadas de legislação frouxa e penas brandas, principalmente
para “menores”, aliadas ao desastre econômico do país, nos levam a uma situação
de segurança urbana caótica. Força militar em São Luís, estupro coletivo no
Rio... Onde vamos chegar?
Não é possível combater bárbaros com pombos da paz. É
imperativo que a sociedade se aglutine para reclamar o dever básico do Estado
de prover segurança e ordem. Para isso é necessário um arcabouço legal
poderoso, com redução da maioridade penal, tolerância zero a pequenos delitos e
uma discussão sobre pena de morte para crimes hediondos – sem ideologias partidárias
e sem tabus. Não há espaço para discurso “paz e amor” enquanto vidas e famílias
são destruídas. Se a CPMF é necessária transitoriamente para atravessarmos o
vale, talvez a pena de morte para certos crimes também seja?
Esses estupradores são piores do que os torturadores
militares. Não cumpriam ordens, agiam por total livre arbítrio. Sabiam
exatamente o que faziam e se gabaram disso nas redes sociais. Se a sociedade
sacrifica animais domésticos com distúrbios mentais – sabendo que os coitados
não têm consciência do perigo que representam – por que preservar torturadores
selvagens que mutilam vidas enquanto gozam de suas faculdades mentais? Bárbaros
desta estirpe têm que ser eliminados do convívio social logo na primeira
demonstração do que são capazes – não importa a idade. Cabe ao Legislativo, em
conjunto com a sociedade, discutir a melhor maneira de fazê-lo. Mas temos que
fazê-lo o quanto antes, ou então todos teremos as mãos manchadas de sangue
inocente.
Tomara que a jovem e sua família encontrem abrigo no Chile
ou em algum outro país sério, onde poderão viver uma vida digna e segura, e
onde a sensação de civilidade lhes permita enterrar o passado a 700 metros de
profundidade.
Comments
Post a Comment