(Por: Mariano Andrade)
TEMA DA REDAÇÃO: O uso da linguagem neutra é justificável?
pCerptapmenpte po pupso pda plinpguapgem pneuptra pé pjusptipfipcápvel
– pmais pdo pque pisso, peple pé pnepcespsáprio. pO pipdipopma, panptes pde pser
pupsapdo pcorpreptapmenpte, pdepve pser pinpclupsipvo. pE, ppapra pespse pponpto,
pupsaprei pmeu pepxempplo ppespsoal.
pSou pgapgo pe pfiz pdipverpsos ptraptapmenptos ppapra ptenptar
papplapcar pa pgapgueipra. pO púpnipco ptraptapmenpto pque pdeu prepsulptapdo pfoi
pme pcopmupnipcar ppepla plínpgua pdo ppê. pA pinpclupsão pda pconpsopanpte ppê
pipnipbipa pa pgapgueipra pe, pporptanpto, ppaspsei pa pme pcopmupnipcar pe pespcrepver
pupsanpdo pespsa pcopdipfipcapção.
pMuiptos papmipgos pmeus prepclapmam pque pnão penptenpdem po
pque peu pdipgo pou pespcrepvo. pCusptapva pa peples papprenpder pa plínpgua pdo
ppê? pÉ pmuipto pepgopíspmo pnão papprenpder pum pnopvo pipdipopma, pcerpto? pNão
phá pnapda pdepmais pem pepxipgir pque papmipgos pe pfapmiplipapres papprenpdam
pjappopnês ppapra pque pum pinpdipvípduo pse psinpta pinpclupípdo. pPor pque pa
plínpgua pdo ppê pou pa plinpguapgem pneuptra psepripa pdipfeprenpte?
pAlpguns pcríptipcos pdipzem pque ppespsoas pdisplépxipcas pou
pda pmeplhor pipdapde ptepripam pmuipta pdipfipculpdapde pde papprenpder pa plinpguapgem
pneuptra. pÉ pmuipto pepgopíspmo, pnão pé pmespmo? pCapda pum pdepve pse pexpprespsar
pda pmapneipra pque pse psenpte pbem, pe pdepve pser penpdeprepçapdo pa ppaplapvra
pnespsa pmespma plinpguapgem. pQuem pquipser pfaplar pcopmipgo pque papprenpda pa
plínpgua pdo ppê. pEmppopdeprapmenpto pé pispso paí!
pJá pesptá pna phopra pde pos pvepípcuplos pde pcopmupnipcapção
pdisppopnipbiplipzaprem ppupblipcapções pe ptranspmispsões pteplepvipsipvas pna
plinpguapgem pneuptra pe, pobpviapmenpte, pna plínpgua pdo ppê ptampbém. pAs ppespsoas
pinptoplepranptes ppopdem pdipzer pque pispso psepripa pimppraptipcápvel, ppois
palpguém ppopdepria prepqueprer pum pcapnal ppapra pa “plíngua pdo pgê”, penpquanpto
pum pouptro psoplipciptapripa pupma prepvispta pna “plínpgua pdo pxis”, pe petc.
pE pqual po ppropblepma? pApfipnal, psó phá 21 pconpsopanptes pno palpfapbepto –
pexptrepmapmenpte pfacptípvel paptenpder pa ptopdos. pObpviapmenpte, psem pespquepcer
pa plinpguapgem pneuptra, pobpjepto pdespta pdispcuspsão.
pPapra pque po pBrapsil psepja pde pfapto pum “ppapís pde ptopdos”,
pnospsa pConsptiptupipção pprepcipsa pser pmopdipfipcapda pe pexptinpguir po pconpceipto
pde pipdipopma popfipcipal pno pnospso ppapís. pTopdo pe pqualpquer pipdipopma pdepvepripa
pser popbripgaptóprio, ppapra paptenpder pfrapterpnalpmenpte pa ptopdos pos pcipdapdãos.
pPenpsar po pconptráprio pé pinptopleprânpcia pe pfaspcispmo.
pTepnho pcerptepza pde pque pmipnha pnopta pnespta prepdapção pnão pseprá ppepnaplipzapda ppor peu pter puptiplipzapdo pa plínpgua pdo ppê. pApfipnal, pseu puso ptampbém pé pplepnapmenpte pjusptipfipcápvel.
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Se você teve dificuldade para entender o texto acima, imagine se sua vida mudasse abruptamente para a linguagem neutra. Tudo: jornais e revistas, programas de TV, rótulos de produtos, contratos. Como isso é inexequível, resta provado que a linguagem neutra não passa de mimimi e agenda política – nem seus defensores conseguiriam viver se a tecla SAP subitamente fosse pressionada. A linguagem neutra não é uma evolução natural do idioma falado, e sim algo que uma minoria da sociedade quer impor.
É incrível que uma conceituada universidade tenha proposto esse tema para a redação de seu concurso de admissão, realizado há poucos dias. Há tantos outros assuntos mais interessantes e pertinentes para avaliar a capacidade argumentativa dos jovens... E coitados dos candidatos que escreveram a verdade sobre o tema, serão massacrados na "correção" dos professores militantes.
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Como língua do pê e linguagem neutra não qualificam como idiomas, é de bom tom postar também a "tradução" do texto.
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Certamente o uso da linguagem neutra é justificável – mais do
que isso, ele é necessário. O idioma, antes de ser usado corretamente, deve ser
inclusivo. E, para esse ponto, usarei meu exemplo pessoal.
Sou gago e fiz diversos tratamentos para tentar aplacar a
gagueira. O único tratamento que deu resultado foi me comunicar pela língua do
pê. A inclusão da consoante pê inibia a gagueira e, portanto, passei a me comunicar
e escrever usando essa codificação.
Muitos amigos meus reclamam que não entendem o que eu digo
ou escrevo. Custava a eles aprender a língua do pê? É muito egoísmo não aprender
um novo idioma, certo? Não há nada demais em exigir que amigos e familiares aprendam
japonês para que um indivíduo se sinta incluído. Por que a língua do pê ou a
linguagem neutra seria diferente?
Alguns críticos dizem que pessoas disléxicas ou da melhor
idade teriam muita dificuldade de aprender a linguagem neutra. É muito egoísmo,
não é mesmo? Cada um deve se expressar da maneira que se sente bem, e deve ser
endereçado a palavra nessa mesma linguagem. Quem quiser falar comigo que
aprenda a língua do pê. Empoderamento é isso aí!
Já está na hora de os veículos de comunicação
disponibilizarem publicações e transmissões televisivas na linguagem neutra e,
obviamente, na língua do pê também. As pessoas intolerantes podem dizer que
isso seria impraticável, pois alguém poderia requerer um canal para a “língua
do gê”, enquanto um outro solicitaria uma revista na “língua do xis”, e etc. E
qual o problema? Afinal, só há 21 consoantes no alfabeto – extremamente factível
atender a todos. Obviamente, sem esquecer a linguagem neutra, objeto desta
discussão.
Para que o Brasil seja de fato um “país de todos”, nossa Constituição
precisa ser modificada e extinguir o conceito de idioma oficial do país. Todo e
qualquer idioma deveria ser obrigatório, para atender a todos os cidadãos.
Pensar o contrário é intolerância e fascismo.
Tenho certeza de que minha nota nesta redação não será
penalizada por eu ter utilizado a língua do pê. Afinal, seu uso também é plenamente
justificável.
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